quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Ingratidão e filhos. Sinônimos?


Não vou fazer rodeios para entrar no assunto propriamente dito... A ingratidão dos filhos. A ingratidão é a irmã em primeiro grau do egoísmo. Eles, os filhos, estão, de maneira quase que em geral, sempre nos cobrando alguma coisa. Fazemos... fazemos... e parece que a conta nunca fecha. A mpressão que dá é que sempre estamos DEVENDO. Algumas amigas minhas passam por isso. EU também passo por isso. Me sinto sempre em "dívida". Por mais que eu faça, sempre sou "acusada" de ter deixado de fazer algo ou piuor: de ter feito a coisa ERRADA. A impressão que tenho é que, sou a "culpada" e única responsável por tudo que dá errado na vida dos meus filhos. Se eles ficam doentes, a culpada sou eu que não cuidei. Se vão mal na escola a culpa é minha que não ajudei ou não participei... se estão infelizes profissionalmente a culpa é minha que não os ensinei a trabalhar, se estão "mal humorados" e "azedos" a culpada sou eu também, que "passei" TMP para eles. Tenho me perguntado muito ultimamente até onde tenho realmente culpa dos atuais acontecimentos. Tenho inclusive me "cobrado" por ter realmente errado em alguma coisa, só que ainda não consegui identificar como e em que fase errei com cada um. Talvez eu, como  a maioria das mães, cometemos um erro fatal: AMAMOS DEMAIS. Estamos sempre nos doando demais, renunciando nossas vidas, nos esforçando para que eles tenham tudo aquilo que não tivemos, abrindo mão, muitas vezes, até da própria felicidade para que os nossos rebentos sejam felizes. Tá vendo? Soa como cobrança, né? Quando falamos que perdemos noites e noites velando seus sonos, que passamos horas e horas cuidando deles quando "doentinhos", que choramos incessantemente quando, por algum motivo, algum deles teve que ficar no hospital, parece que fizemos esperando um "pagamento"... Não é? E é exatamente isso! Queremos um pagamento sim! Queremos ser recompensadas. Queremos ser tratadas com respeito, com amor, com carinho, com afagos e porque não, com beijinhos. É pedir demais? Não sei... enquanto os grandes pagamentos não chegam... vamos sobrevivendo de "migalhas". Tá... você já vai dizer que estou fazendo drama! Mas agora falando sério... Vivemos em um mundo onde os valores estão completamente distorcidos e podemos ver no cotidiano cenas estarrecedoras envolvendo pais e filhos. Tenho conversado muito com Deus sobre isso e Ele tem me mostrado que para atravessar essa fase, tenho que usar de: Paciência. Tolerância. Esperança. Submissão. Humildade e, sobretudo, AMOR. Tenho feito a minha parte, eu sei disso. Recebi uma missão e tenho procurado cumprí-la da melhor maneira possível. Tenho buscado ser reta, íntegra, honesta e acima de tudo exemplar. Tenho certeza que meus filhos, os filhos que Deus me meu não podem fazer algo errado e dizer que foram ensinados por mim ou pior, que se inspiraram no meu modo de ser. Sempre faço uma checagem no "padrão de qualidade" do meu carater e sempre o encontro dentro do requerido por mim mesma. Isso me faz feliz. Me faz ver que, se não sou a MELHOR mãe do mundo, também não sou a PIOR. Se meus filhos não me amam como eu gostaria que fosse, também não lhes dou motivos suficientes para que me ODEIEM e... vamos levando... um dia sorrindo noutro chorando e como sempre: PERDOANDO. O coração materno é assim... não consegue guardar mágoa ou rancor. A impressão que dá é que Deus nos beneficiou com "remedinhos curativos" que curam nossos corações enquanto dormimos. Bom né? Aliás... assim deve ser o coração de DEUS, quer filhos mais ingratos que nós mesmos? Tenho certeza que ainda voltaremos a falar sobre esse assunto. Beijos da Feia.

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