quinta-feira, 24 de novembro de 2011

As Três Coroas de Juliana

Olha que coisa mais linda mais cheia de graça... !!!!

Minha linda amiga Juliana, Ju ou “Jujuba”, como gosto de chamá-la, após muita vontade e perseverança, engravidou. Minha mãe sempre fala que cada filho representa uma coroa no céu, mas precisava ser três de uma vez?!? Você só tem uma cabeça!!! (risos). Sei que com três bebês, às vezes, vai parecer que te falta “cabeça”, mas te conhecendo bem, sobrará paciência, carinho e dedicação. Você é meiga, paciente, determinada e inteligente, qualidades que juntadas às do Alexandre, farão de seus filhos pessoas dignas, queridas, obstinadas e bem sucedidas. Você, minha querida, está literalmente cheia de vida e luz! Não importa se seus “babies” terão nomes de anjos, santas, guerreiros, reis ou rainhas... eles já são seres iluminados e de muita sorte por poderem contar com pais que venceram obstáculos para trazê-los ao mundo e que certamente, não medirão esforços para os fazerem felizes. Ju e Alexandre, desejo, do fundo do coração, que vocês tenham sabedoria, discernimento e muita saúde para criarem e educarem seus filhos. Desejo ainda que eles lhes tragam muitas alegrias e que, um dia, ao olharem para trás, juntos possam refletir e chegarem à seguinte conclusão: fizemos a nossa parte e fizemos bem feito! Vocês, assim como eu e como a maioria dos pais, vão olhar o que passou e dizer que tudo, absolutamente tudo valeu a pena, que a missão fora cumprida e que podem, finalmente contar com as “tais” coroas no céu.

Vida longa para vocês e para o TPD (Trio Parada Dura).

Beijos carinhosos da Feia.

domingo, 6 de novembro de 2011

Parar de fumar é difícil mas não é impossível. Eu parei!

Comecei a fumar aos dezesseis anos. Eu achava isso lindo. Encarava o vício como um sinal de independência, maturidade um charme a mais. Essa é uma das coisas do meu passado da qual eu me arrependo profundamente. Fui fumante inveterada até os 38 anos. Fumei muito na minha primeira gravidez e o Thiago nasceu muito doente. Era um bebê pequeno e teve muitos problemas respiratórios. Na gravidez do Paulo eu reduzi bastante, fumava dois ou três cigarros por dia. Eu sei que meus bebês sofriam de abstinência quando nasciam, pois eles choravam muito. Minha cunhada Regina morreu prematuramente e uma das causas foi o vício, ela teve um aneurisma e não foi possível realizar a cirurgia para retirar o coágulo já que ela não respirava sem a ajuda de aparelho. Seu pulmão estava fraco e ela muito debilitada. Teve parada respiratória. Confesso que tentei várias vezes durante minha vida de fumante. Comprei remédios pelos Correios, fiz simpatia e comprei fórmulas “mágicas” em farmácias. Fiquei dias, semanas e consegui me abster por dois meses, mas não resisti e lá estava eu de novo nos braços do meu algoz. Eu tinha uma relação de amor e ódio com o cigarro, ao mesmo tempo em que o odiava por saber que ele estava me fazendo mal, eu o amava por seu meu companheiro nos momentos de solidão, de tristeza e de alegria. Eu consumia dois maços por dia, nem imagino o quanto gastei com o vício, comprava pacotes e pacotes de cigarros e sempre que pude fumei dos melhores. Eu fumava o dia inteiro e creiam: acordava de madrugada para “pitar” meu cigarrinho. Quando engravidei do Marcos, o caçula, decidi abandonar de vez o fumo. Comecei contando para todos que eu encontrava na rua que estava parando de fumar. Eu pensava que se eu fizesse isso, não teria coragem de “quebrar” minha palavra. Mais do que vontade eu tinha um desejo real de parar de fumar porque não queria que meu filho nascesse doente. Não tomava café e nem chá. Quando encontrava amigos já ia pedindo: Estou parando de fumar, por favor, ore por mim. Para mim não importava se a pessoa era evangélica, espírita, católica ou de qualquer outra religião, eu queria ter uma corrente positiva para parar e deu certo. Eu parei de fumar com uma carteira de cigarros dentro de casa, não quis me livrar dela, queria vencer o vício enfrentando ele de frente. Estou me sentindo muito bem, estou feliz por ter parado, meu filho vai completar 12 anos em novembro, faz então doze anos e nove meses que me livrei da prisão do vício. Meu marido fumava pouco e o fez por pouco tempo, parou há quase 24 anos. Tenho resquícios do mal hábito de fumar: meus dentes são horríveis e acho que minha pele seria melhor e meus cabelos também se não fossem os malefícios da nicotina. Agradeço a Deus por meus filhos estarem saudáveis e não sofrerem mais os danos causados pela minha irresponsabilidade, e agradeço mais ainda por não terem vícios. Sempre que posso  aconselho os fumantes que conheço a pararem, conto minha história, dou meu testemunho e sempre digo que, parar não é fácil, mas não é impossível. Estou liberta! Antes tarde do que nunca.

Meus mortos estão vivos!!


Esperei passar o dia de finados para escrever sobre os meus mortos. Nunca liguei a lembrança deles ao dia convencionado para isso. Acho meio estranho que as pessoas visitem e cuidem do cemitério apenas uma vez no ano, mais estranho ainda que algumas pessoas se lembrem dos seus antepassados apenas um dia. Meus mortos estão vivos. Não consigo me lembrar, ou pensar neles mortos, deitados em um caixão e enterrados para sempre. Minha cunhada e amiga Regina partiu cedo, com 38 anos. Até hoje lembro do sorriso dela, do seu jeito delicado, da sua maneira carinhosa de tratar meus filhos e da maneira como ela me protegia quando eu era menina. Sua amizade deixou uma lacuna que nunca foi preenchida por ninguém! A Dione, que era minha vizinha e amiga, pessoa generosa, doce, sincera, excelente mãe, dona de casa exemplar e um ser humano digno de ser chamada de especial. Distribuía bens materiais e espirituais na mesma proporção. Sua missão era fazer o bem e ela cumpria muito bem sua jornada. Jhony, meu amigo de adolescência e juventude, era  um músico feliz, encantador e pacificador. Espalhava alegria e amor por onde passava. A Jerônima, Jê, como era conhecida era espontânea, feliz, vivia todos os momentos intensamente, como se a morte não existisse. Ainda tenho na lembrança o sorriso doce da minha tia Clara, segunda mulher do meu avô, ela não gostava que a chamasse de “vó”, ela nunca tivera filhos e às vezes parecia ranzinza, mas eu sei, no fundo do meu coração que ela gostava de mim. Meu avô, partiu sem que eu pudesse dizer que o amava, infelizmente, não convivi muito com ele, mas o pouco foi marcante e inesquecível. É assim que me lembro dos meus mortos, vivos. Cada um com suas qualidades e defeitos mas que certamente foram importantes para mim, deixaram saudades e momentos especiais, únicos. Luciana, D. Zulmira, “seu” Ivo, Tãozinho, Vivi, Conceição e tantos outros que já nos deixaram... obrigada por terem existido e terem deixado suas marcas indeléveis na minha vida. Sempre que lembro de todos vocês, os relaciono com momentos felizes da minha existência e sei que, se não lhes fiz bem, também não lhes causei mal. Isso me conforta. Pior que a saudade, é o remorso. Então... no dia dos “mortos”, não fiz nada... Não fui ao cemitério, não fiz iluminação nem acendi velas. Não comprei flores e nem chorei. Lembro-me dos meus queridos sempre. Consigo recordar como eles eram, seus sorrisos, seus gestos e os carinho que tinham por mim. Eles estão para sempre vivos na minha cabeça e no meu coração. Deus sabe o quanto eu os amo! Beijos da Feia.