terça-feira, 27 de outubro de 2009

Por Favor Me Ame


Nem sei quantas vezes pensei em cursar psicologia. No início eu deduzia que, talvez fosse por eu ter muito jeito para conversar, para dar “pitaco” na vida alheia e pela experiência filosófica aprendida nas “tantas e quantas” que a vida já me pregou e nos inúmeros livros e almanaques de banca de revista que já li. Mas hoje eu tenho uma nova resposta para essa necessidade de engendrar pelas áreas analíticas do comportamento humano. Na verdade, minha busca é de conhecimento interior, acho que gostaria de ser a minha própria analista, conversar sozinha deitada num divã bem confortável, olhando nos meus olhos em frente a um grande espelho e dizer, com um bloquinho nas mãos: Me fale tudo. Não esconda nada! Gostaria de falar e ouvir tantas coisas, que eu marcaria várias horas de sessão somente para mim. Tenho visto que preciso mais de ajuda do que sonha a minha vã filosofia. Tenho me sentido triste... Tristinha! Lembrei da música do Zeca Baleiro: “Ando tão a flor da pele que qualquer beijo de novela me faz chorar”. Mando sinais de fumaça, emito sons, faço ruídos, envio mensagens através de gestos que as pessoas parece que fazem questão absoluta e completa de ignorar. Minha infância, emocionalmente foi complicada. Sempre me senti “rejeitadadinha” e preterida aos meus irmãos que são filhos do segundo casamento da minha mãe. Fomos criados juntos, mas eu sempre sentia a predileção deles em relação a mim. E pra piorar, eu sempre dava motivos para que eles me “detestassem” ainda mais. Eu era teimosa, curiosa, geniosa, rebelde e desafiadora. Aliás, conservo esse jeito “meigo” de ser até hoje. Mas eu juro que eu tentava ser melhor. Eu fazia, servia, agradava. Eu queria ser amada do jeito que eu era. Não queria mudar. Hoje eu vejo que eu não podia mudar. E não mudei. Eu sou assim. A mesma estratégia que eu usava, eu continuo usando até hoje: Me dou muito mais do que o necessário para que as pessoas assim me amem. Verdade! Falei sobre isso com alguém na semana passada. Quando eu faço o bem, nem sempre é uma bondade exacerbada vinda de um coração extremamente generoso, às vezes, é simplesmente uma maneira de dizer: Por favor me ame! Não sou hipócrita. Não sou do tipo que se “ilude”. Sou realista. Então... aceite o que eu te faço. Aceite o meu carinho. Aceite os meus presentes. Mas por favor: ME AME. Estou gritando. Quem tiver ouvidos que ouça! E tem mais: Não me importo de ser um amor “comprado”, “mendigado”, “suplicado”. Só não me fale que seu amor não é verdadeiro, que você está me amando por “pena”, quero preferir a doce mentira à amarga realidade. Me importa é que seja amor. Até porque o amor é tão ou mais relativo que a própria relatividade. Só quero estar inserida dentro de uma das várias modalidades de amar, ou melhor... de ser amada. Porque estou cansada de jogar a modalidade “amar sozinha”. Que jogo chato. Sem graça.Que jogo exaustivo. Um jogo que eu tenho que jogar a bola, correr pra pegar, marcar os pontos, torcer pra “mim” mesma e ainda por cima, fazer a massagem e colocar gelo quando eu me machuco. Não quero mais brincar disso. Quer jogar comigo? Estou montando um time novo. Mas esse é um time de voluntários. Os jogadores não serão remunerados. O pagamento será na base da permuta, do “escambo”. Quer? Beijos da F,P&B

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

A Paixão Mortal de Maria Alice




Maria Alice estava um dia sem nada para fazer. Sua vida estava tranqüila e sem preocupações. Maria Alice trabalhava, estudava, ria, brincava. Tinha amigos. Tinha família. Tinha um urso de pelúcia e uma bicicleta. Maria Alice saía. Maria Alice ia à praia.

Um dia, ela pensou: Ah... que vida monótona, “perfeitinha”, “chatinha”!

Quero emoção.

Quero chorar.

Quero sentir meu coração “quase” sair do peito.

Quero sentir que estou viva.

E Maria Alice teve uma grande idéia:

Ah! Já sei: Vou me apaixonar!

E assim ela o fez! Apaixonou-se perdidamente.

Viveu a paixão intensamente. Uma estranha paixão.

Mas a moça apaixonou-se sozinha.

O moço a esnobou. Zombou do seu querer.

E nunca mais ela teve paz.

Perdeu o viço.

Perdeu a cor.

Conheceu a dor.

Mesmo viva Maria Alice morreu. Feliz.

Reviveu e aprendeu: Paixões: Nunca Mais!

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

A face da Ingratidão.

Vou te mostrar uma das faces da ingratidão: No mês passado ocorreu um crime bárbaro aqui no Amapá. Um senhor de uns 78 anos aproximadamente, foi morto com várias facadas. Motivo: Latrocínio, roubo seguido de morte. O homem havia ido ao banco retirar dinheiro para efetuar o pagamento dos funcionários da sua empresa. Após uma semana de investigações, descobriram que o autor do assassinato era um “amigo” e funcionário da vítima. Preso, confessou ter cometido o delito. O que me chamou a atenção nesse caso, foi que, ao ser entrevistado por uma emissora local, ele confessou o crime e pediu “desculpas” ao morto. Disse que o homem era boníssimo, generoso e que o ajudou desde que aqui chegou, já que passava pelo momento mais difícil da sua vida, tendo sido o único que lhe estendera a mão. Pasmem, esse monstro teve coragem de ir ao velório, acompanhar o enterro e pior: chorar na cova do bom homem. Quando vi essa matéria, chorei copiosamente, fiquei chocada e muito triste. Pensei: Como pode? Você estende a mão a uma "criatura" e quando menos se espera, essa pessoa, se é que “isso” pode ser chamado de pessoa, te "enfia a faca", pelas costas e pelo corpo todo. E por quê? Por dinheiro. Por cobiça. Por inveja! Olha só a ironia da situação: O idoso, temendo ser assaltado, chamou o “conhecido” para acompanhá-lo, ele imaginou, inocentemente que, estando acompanhado por alguém de sua "confiança" estaria protegido. Acabou trucidado. Alimentou um monstro. Quantas pessoas ingratas não estão à nossa volta? Quantas vezes ajudamos alguém e somos “apunhalados” pela pessoa. Não sabemos que tipo de "mosntro" se esconde dentro de cada um, afinal, coração de gente é terra que ninguém vai. Já fui vítima de ingratidão algumas vezes e por isso considero a ingratidão um dos maiores defeitos ou um dos mais horrendos pecados que uma pessoa possa ter. Até mesmo Cristo foi vítima e abominou a ingratidão no episódio dos leprosos, onde 10 foram curados e somente um voltou para agradecer. Não estou querendo dizer com isso que faço o bem esperando retribuição ou agradecimento, mas já aconteceu de eu fazer o bem e receber o mal em troca. Acho que essa é a pior ingratidão: você é generoso, acolhe, dá amor, carinho e a “pessoinha pequena” ainda consegue sentir inveja e ficar até com raiva, por você estar em condições de ajudá-la. Martinho Lutero sabiamente disse: “Existem três cachorros perigosos: a ingratidão, a soberba e a inveja e quando mordem sempre deixam uma ferida profunda”, acho que na verdade, as três são irmãs e filhas do mesmo pai. Miguel de Cervantes, dizia que a ingratidão é filha da soberba. Não quero me eximir de fazer o bem, nem de usar a ingratidão como desculpa para me omitir de ser solidária e caridosa com quem quer que seja, estou apenas num momento de desabafo, já que até hoje meu coração sangra e meus olhos marejam quando me lembro das palavras do cruel matador e pior... Quando penso no sofrimento do homem nas mãos do seu algoz. Ele deve ter sentido o coração transpassado. Penso que a dor da decepção deve ter sido maior que a própria dor física. É difícil encontrar um homem de valor que seja ingrato, porque a ingratidão é também uma forma de fraqueza. Não sei onde o ser humano vai parar com tanta ganância, inveja, maldade e claro: ingratidão. Dá para se desfiar um rosário de virtudes do ser humano, mas não caberiam contas se fosse preciso acrescentar no mesmo colar os defeitos, tamanha a lista de males a que o homem está predisposto. Essa triste história, do gentil homem morto pela ingratidão, nos ensina uma lição muito importante: Devemos estar atentos, confiar desconfiando, analisar sempre quem nós acolhemos e colocamos no convívio da nossa família e principalmente ter um olhar mais criterioso quando se tratar de segurança. A estatística comprova que em inúmeros casos, os malfeitores são pessoas que comem na mesa das suas vítimas e muitas vezes praticam seus atos por vingança, inveja e ingratidão. Infelizmente convivemos com a falta de gratidão dos filhos, que só sabem cobrar e nunca levam em conta qualquer coisa que se faça por eles, acreditam que nós pais, não fazemos mais que nossa obrigação. Convivemos com a ingratidão dos maridos, que mesmo a mulher tendo uma dupla jornada, pensa que ela não faz mais do que cumprir com seu dever quando se mata para conciliar casa, trabalho e filhos. Tem os patrões, que não reconhecem o esforço dos seus empregados e por mais que eles façam, o empregador sempre visa o lucro. Tem o empregado que por mais que o patrão seja generoso, ele acha que tudo que ele faz é em nome do capitalismo selvagem, e por aí vai... ingratidão dos amigos, dos colegas de trabalho, dos vizinhos. Vivemos em um mundo cheio de ingratos, inclusive nós mesmos que certamente, em determinado momento, apresentamos sintomas de ingratidão também. Diante de tudo que foi dito, só posso pedir que Deus nos defenda dos ingratos malignos, psicopatas e vingativos que andam por aí. Deus nos defenda das inúmeras faces da ingratidão. Lindos beijos da Feia.

sábado, 10 de outubro de 2009

Amo o Amapá e sou bairrista sim, e daí?

Vista aérea da Fortaleza de São José de Macapá
Por do Sol no Monumento Marco Zero do Equador
Quando cheguei a Macapá e visitei pela primeira vez o trapiche da Beira Rio, nessa noite eu disse a mim mesma: É aqui que eu quero “fincar minhas raízes”. Sempre digo que fui "enfeitiçada" pelo Rio Amazonas! Quando fiz amizades e passei a conhecer as coisas daqui, me apaixonei definitivamente pelo Amapá. As cores, os sabores, a música, a cultura... tudo... TUDO me fascinou! Aqui, meu filho que era menino virou homem. Os outros cresceram e se conheceram por gente aqui, em meio a vatapás, camarões, “açaís” e aos sons das músicas regionais. Eu aprendi a fazer algumas delicias do norte, aprendi a dançar o brega, “mal”, e até a arriscar alguns passinhos do marabaixo. Não posso me esquecer que me encantei pelo Museu Sacaca e pelas noites na UNA, (União dos Negros do Amapá), com o melhor da música amapaense, na companhia de amigos e do sabor da gengibirra. Os pratos regionais me instigam a memória olfativa. A maniçoba, o tacacá, o pato no tucupi, o risoto... São sabores e aromas que sempre me remetem às lembranças de situações e posso facilmente aliar uma delícia a momentos felizes ou não.
E as pessoas então? Amo as pessoas daqui! Gente humilde. Gente simples. Gente guerreira. Gente!
Hoje me sinto mais amapaense que muitos nativos daqui. Conheço inúmeras pessoas, inclusives amapaenses que criticam, blasfemam e só sabem reclamar desse lugar. Ver um amapaense falar mal da sua terra é uma coisa que me irrita profundamente, assim como me revolta pessoas que, assim como eu vieram de fora, ganham seus salários aqui e falam aos quatro ventos que odeiam esse lugar. Oras... Porque não vão embora então? Vão procurar os horizontes da sua terra natal, no seu habitat natural. Vão para Curitiba deliciarem-se com aquela terra fria de pessoas geladas, ou andar de terno e gravata no infernal metrô lotado de Sampa ou quem sabe, desviarem-se de bala “perdida” nos morros do Rio, ou ainda, perder-se em meio a arranha céus nas grandes cidades completamente poluídas. Nota-se que quem mais fala mal daqui são pessoas que vieram para cá "com uma mão na frente e outra atrás", e que nas suas cidades, não puderam desfrutar do melhor que ela tem a oferecer. Sim porque Curitiba é linda, limpa, tem parques maravilhosos e lugares incríveis para se passear, São Paulo com seus arranha céus, tem concentrada no seu território a cultura do mundo todo e o Rio... Ah o Rio, que espetáculo de tudo, uma das maravilhas do mundo com aquele Cristo o abraçando! Mas muitas pessoas que aqui estão, não conseguiram seu espaço por lá e chegaram aqui, fizeram a vida, ganharam dinheiro e hoje, fazem questão de levarem essas “divisas” para seus estados de origem, se negando na maioria das vezes, a pagar até o IPTU que serve para melhorar o lugar onde vivem. Pessoas que não conseguem e nem querem apreciar os lugares lindos que temos, não enxergam que moramos em um dos lugares mais preservados do planeta e que somos ricos daquilo que o resto do mundo sente falta. Pessoas que nunca foram à Cachoeira de Santo Antonio, nunca pescaram nos nossos rios, nunca pisaram em nenhuma cidade do interior, porque estão muito ocupadas em trabalhar para poderem viajar para os “seus” lugares, seus estados, suas terras tão “gentis” que sequer lhes pode oferecer um emprego vantajoso e condições de vida digna. Não defendo só o Amapá, morei em vários estados e sempre defendi com "unhas e dentes" o lugar onde estava morando e de onde era tirado o nosso sustento. Acredito que esse é o nosso dever, enquanto pessoas moradoras de qualquer lugar. Temos que cuidar proteger e zelar pelo pedaço de chão que estamos pisando. Penso também, que temos a obrigação de nos envolvermos em projetos sociais, na vida da comunidade, ser parte de um todo. Voto no estado em que vivo e na cidade em que moro porque quero ter o direito de reclamar e reivindicar quando os políticos não fizerem aquilo a que se dispuseram. Pago meus impostos. Posso cobrar direitos, porque sou uma cumpridora dos meus deveres. Não importa o lugar onde estamos, somos residentes do planeta Terra e onde quer que coloquemos a planta do nosso pé, devemos considerar um lugar sagrado. Se você conseguir pensar dessa maneira, irá agradecer ao Grande Criador pela oportunidade de estar onde você está e certamente vai poder dizer como eu: Sou bairrista sim e daí?
Se você tiver interesse em saber mais sobre o Amapá, nossas belezas e nossa tranquilidade, deixe seu comentário com suas perguntas, bem como seu email e terei o maior prazer em te falar sobre as coisas daqui.
Conheça mais sobre o Amapá e conheça nossas belezas:

sábado, 3 de outubro de 2009

Eu Por Mim: Decifra-me ou Devoro-te!

Tenho me perguntado com muita freqüência quem sou eu. E com a mesma freqüência tenho respondido que não sei. Não consigo me definir e sempre fico babélica quando reflito sobre o assunto. Não consigo encontrar um paralelo que me ajude a desvendar esse enigma apelidado de Lu, só sei que sou uma mixórdia de sentimentos. Sou Alegre e Triste. Nem tão triste. Nada triste. Às vezes preciso ficar triste e não consigo. ORGANIZADA, não: desorganizada. Minha vida às vezes é uma desordem. Uma bagunça que só eu sei arrumar. Choro sem motivo. GARGALHO de coisas sem graça. Faço-me de centrada. Faço-me de PERDIDA. Alimento-me se fico saciada: Arrependo-me. Não o faço. Arrependo-me da mesma maneira. Quero dormir sem roupa. Sinto FRIO. Coloco roupa. Sinto CALOR. Se estou em casa, sinto-me entediada. Se estou fora, sinto SAUDADE. Quando sozinha, quero ver gente. Quando acompanhada, grito pela solidão. Tomo remédios que não preciso. Tenho sapatos que só olho. Tenho roupas que nunca usei. Desperdício. Não. NECESSIDADE. Sou cafona. Sou eclética. Gabola. Quando santa. SANTA. Quando pecadora sou uma santa também. MENTIROSA. Sincera. Sou um vácuo. Sou REPLETA. Sou inquieta. RUIDOSA. Silenciosa. Um silêncio que grita. Que geme. Silêncio que não IGNORO. Quando ignoro: Mato! Quero chuva quando está fazendo sol. Sou um ser da chuva. Quero a noite. Sou noturna. NOTÍVAGA. Taciturna. HIPERATIVA. Solitária na multidão. Acompanhada na solidão. Insatisfeita. Verdadeira. Falsa. Hipócrita. SUTIL. Gentil. Generosa. Egoísta. DOCE. Azeda. Amarga, isso não. Melancólica. Esperançosa. JOCOSA. Desdenhosa. Rancorosa, um pouco. Orgulhosa. HUMILDE. Servil. Cordial. EXPLOSIVA. Sou condescendente, às vezes. Afetuosa, quase sempre. CARINHOSA. Rude. BRUTA.
Simples assim... Assim sou eu.
Até que não foi difícil de me definir, de me "especificar".
Quase consegui esclarecer finalmente como eu sou, ou como acho que sou.
Foi mais fácil do que eu imaginava... Ou não.
Ainda faltam coisas, ainda tenho defeitos e qualidades que não listei ou por pudor ou por querer preservar algum mistério ainda a respeito da minha pessoa. O lado devasso e sórdido que me permito esconder, talvez seja o que realmente as pessoas mais gostariam de conhecer. Dizem que nunca podemos nos desvendar por inteiro, então, deixemos esse meu lado “pervertido” de fora. Não coloquei os sentimentos em ordem porque não somos seres ordeiros quando se fala de emoções e não podemos viver em “listas” de prioridades quando se deixa de lado o ser racional e evidencia-se o ser emocional..
E você que está me lendo, que pôde assim me conhecer um pouco mais, não me critique, não me julgue mal.
Não sou a única a ser assim, olhe bem para dentro você...
Quem sabe você se descobre igual a mim!