sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Eu Só Sei Gostar Muito!

Vivo tendo problemas com essa minha intensidade. Para minha sorte ou azar, não sei gostar pouco. Não aprendi a dosar sentimentos. Acho que a culpa é da minha mãe. Ela nunca chegou pra mim e disse: Filha, você tem que gostar só um pouquinho das pessoas ou você pode sofrer, “se machucar”. Desculpe-me mãe, mas como tenho que jogar a culpa em alguém e como sei também que a senhora não vai ler meu blog, a culpa é sua...*risos* Aliás... os filhos sempre culpam os pais pelo que lhes acontece de ruim, então, não quero ser exceção à regra. A Zete, minha amiga me disse um dia desses: “Seu coração é vagabundo!”. Zetinha, não diga isso do “probrezinho”...ele não é assim... eu o conheço bem. Juro! Ele só não aprendeu a gostar pouco, é meio destemperado e não tem critérios de seleção, vai logo gostando de qualquer um. Esse coraçãozinho ingênuo é receptivo a todo mundo e o pior: Gosta muito, muito... e muito. Sou do tipo que se “apaixona” pelas pessoas com facilidade. Me apego fácil. Constantemente sofro com isso. Nem sempre a pessoa me gosta com a mesma intensidade e o pior, nem sempre a pessoa quer “ser gostada” tanto assim. Às vezes, ela só quer uma amizade descompromissada e desinteressada e daí venho eu, com toda essa minha impulsividade e “amor” desmedido e estrago tudo. Quero ser gentil, amável, quero agradar, quero ficar perto, quero conversar, quero acarinhar, ou seja: eu quero “gostar muito” e não raro, afugento os pobres seres que acham que eu tenho “segundas” ou “terceiras” e até “quartas” intenções. Isso acontece porque hoje em dia as pessoas se previnem deste tipo de “comportamento”. Buscam isolamento e quando aparece um novo amigo, elas ficam “de orelhas em pé”. Ficam atentas, precavidas, de sobre aviso. Mas eu não sei fazer issooooooo... Alguém pode me ajudar? Indique-me um “remedinho”, pode ser uma poção, injeção, ungüento, pílulas, qualquer coisa! Se você me disser que tem uma escola que ensina a “gostar menos”, ela pode focar na Sibéria, Groelândia, Noruega e até na Patagônia, eu irei e serei a aluna mais aplicada e dedicada da turma. Será que tenho futuro como uma pessoa que não gosta tanto? Você conhece algum caso semelhante ao meu e que teve tratamento bem sucedido? Sabe, eu sou do tipo que chora de saudade da família, dos velhos e novos amigos, dos que já partiram, dos que viajaram, dos que nos esquecem, daqueles que muitas vezes nem lembram que existimos, daqueles que nunca vi. Viu? Gostar muito parece uma doença e enquanto a cura não chega, vou continuar assim: Gostando exageradamente. E naturalmente sofrendo até a exaustão. Beijos carregados de “bem querer”.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Zona de Conforto

Nos últimos dias tenho tido um comportamento que parece um pouco estranho à minha pessoa. Tenho feito uma transferência de responsabilidades, não sei se seria bem essa palavra... Exemplo: Se deixo de ir a uma festa, coloco culpa na “coleguinha” que não me ligou 300 vezes e nem veio me buscar pessoalmente me carregando no colo. Se não vou pra casa, coloco a culpa no apego dos meninos ao computador, então me faço de vítima, de abandonada, de rejeitada e tudo mais, quem me conhece bem, sabe desse meu lado melodramática de ser. Então... tenho pensado muito nisso. Incrível não é? Logo eu que sempre tenho uma boa palavra pra dar, agora me vejo um tanto “perdida”. Quero colo!!!! Não... isso não é anormal, afinal, não diz o velho ditado: Casa de ferreiro, espeto de pau? Pois é. Tenho tentado aplicar à minha vida as coisas que escrevo, os conselhos que dou, mas vejo que é bem mais fácil dar “palpite” quando o problema não é nosso. É mais fácil olhar a coisa de uma perspectiva mais crítica. Olhar o “furacão” do lado de fora sempre é mais seguro e sempre a nossa primeira opção. Tenho me sentido um pouco confortável demais. Tenho me sentido meio apática e desligada de coisas que antes eu achava serem cruciais para a minha sobrevivência. Não tenho pensado nos meus projetos sociais. Não tenho pensado nos meus projetos pessoais. Acho que todo mundo tem essa fase de “estagnação”. Deve ser o cansaço. Cansaço físico. Cansaço mental. Cansaço emocional, que considero o pior. Às vezes acho que isso é bom... sabe aquela historinha do passarinho que caiu no coco da vaca e é aconselhado a ficar lá quietinho, quentinho, sem se mexer? Pois é...estou me sentindo assim. Acho que estou preferindo ficar imóvel, estática, aproveitando o calorzinho das fétidas fezes a me estressar e correr o risco de ser devorada por algum predador que me espreita. Às vezes olho ao redor e vejo tantas pessoas “estranhas” que me entristeço só de pensar. Pessoas egoístas, egocêntricas, maldosas e venenosas... isso me deixa estafada. Às vezes sou mesmo imatura para lidar com sentimentos tão pérfidos. Daí fico assim... como estou hoje: Me sentindo acuada e na eminência de a qualquer momento ser atacada e devorada por esses seres detestáveis. Talvez não devesse colocar a culpa nelas pela minha tristeza. Viu? Já estou transferindo a culpa da minha tristeza para as “pobres pessoas” horrendas.*rindo muito aqui* Aliás... Ninguém tem culpa por eu estar triste, ou será que alguém tem? Será que você tem? Mas como já disse outras vezes: A tristeza é necessária e sempre que me sinto assim, eu agradeço, porque sei que da tristeza virá alguma grande reflexão e até uma grande idéia, mas enquanto elas não vêem... deixa eu ficar "paradinha" na minha zona de conforto. Beijos.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

0rgasmo? Não. Simplesmente... Prazer


Ouvi numa discussão em um programa de tv, um homem, talvez de 40 anos, não mais que isso, falando sobre as formas de prazer. Ele dizia que “ter orgasmo” e “ter prazer” são coisas absolutamente distintas. Na opinião dele, o homem não precisa necessariamente ejacular para ter prazer. Pensei muito sobre tudo isso, concordei. Juntei pensamentos meus e traduzi as palavras dele assim: “ Prazer quer dizer: Gostar de estar junto. Pode ser simplesmente tocar as mãos, afagar os cabelos, olhar meigamente nos olhos, trocar um ou vários abraços apertados.
Prazer é mais que "trocar fluídos”. Prazer é cuidado, preocupação. Prazer é atenção. Se prazer fosse simplesmente “gozar”, qualquer ato solitário seria suficiente. Sendo assim, todos os atos poderiam ser solitários. Uma “moça de matéria plástica” ou os “heróis” de todos os tamanhos e medidas, encontrados nas lojas de “brinquedinhos” seriam a realização plena e a solução ideal para a noites vazias, fossem quentes ou frias. Mas eles são gélidos. Eles não respiram. Não falam e nem ouvem. Podem atenuar, mas não resolvem. São paliativos. Prazer é muito mais: É trocar beijinhos antes, durante e depois. É perguntar se foi bom. É pedir desculpas se não foi tão bom. É perguntar: Posso tentar de novo? Quer tentar comigo? Prazer é dormir abraçado, mesmo sem fazer nada. É acordar e dar bom dia. É perguntar se você dormiu bem. É mandar uma mensagem no celular, no email ou nos sinais de fumaça apenas dizendo: Estou com saudade! Prazer é conversar. Falar de coisas úteis, fúteis e inúteis. Isso tudo dá prazer. Você deve dizer: Mas isso é carinho. E carinho não dá prazer? Seria um sexo tântrico? Não compliquemos. A vida pode ser bem mais simples com simples explicações. Sem tantas teorias. Sem tantas elucubrações cerebrinas.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Vou Te Tirar Pra Dançar


Para que duas pessoas possam dançar é necessário mais que desejo. É necessária uma vontade de estar junto. De ser par. Parceiro. É necessário um entrosamento. Um combinar de passos. Para se dançar de qualquer jeito, tudo é válido. Mas para dançar bem... Ah.. daí a coisa é diferente. O homem tem que conduzir a mulher, mas conduzi-la com doçura. Não impondo, apenas “guiando”. A mulher tem que fazer-se submissa. Terna. Receptiva ao comando. Os movimentos devem ser cadenciados. Ritmados. Se houver uma penumbra, melhor. Mas nada que enegreça demais o ambiente. Nada que torne o ato pesado. Devem existir cheiros agradáveis nos ar. Quem sabe prenuncio de mistura de odores. De líquidos. Não muito apressado. Não muito lento. Na cabeça: Nada. No coração: Tudo. Como na canção do Roberto: “braços que se abraçam. Bocas que murmuram. Palavras de amor. Enquanto se procuram”. Não se pode dançar com qualquer um. Não se pode eleger qualquer “partner”. O par tem que ser escolhido a dedo. Detalhe: Não pode ser o “dedo podre”. Não me diga que não sei dançar. Não me diga que não sabe dançar. Não me deixe sozinha no salão. Não me deixe dançar com qualquer um. Não pise no meu pé. Não pise em mim. E principalmente: Não diga que não quer dançar comigo!