terça-feira, 9 de novembro de 2010

Mente que nem sente!! *Síndrome de Pinóquio*


No dia das eleições em conversava com a Bianca, uma pessoa bem legal que conheci e que mora em Belém. Falávamos sobre pessoas que cultivam o hábito, muito feio por sinal, de mentir. Citei alguns exemplos e ela outros. Fiquei pensando no assunto por alguns minutos e depois, ocupada com a eleição, acabei esquecendo. Hoje, a conversa me voltou à memória e relembrei mentirosos habituais que conheci e que conheço. Quando eu tinha uns 14 anos, tive uma amiga, a Fátima, que vivia num mundo que ela mesma criou. No “mundinho” dela tudo era maravilhoso. Ela tinha tudo ou quase tudo que eu e a maioria das meninas só víamos pela TV, mas ela nunca levava as novidades para a escola, alegava que sua mãe a impedia de usar suas roupas e calçados maravilhosos para não “humilhar” as coleguinhas. Quanto aos objetos maravilhosos e jóias, a desculpa era o medo de perder ou ser roubada. Sua família, segundo ela, era sócia do Clube de Praia Santa Mônica, quem mora no Paraná sabe que esse clube é freqüentado apenas pela “nata” da sociedade paranaense. Perguntei a ela uma vez, porque se era tão bem relacionada e tinha tanto dinheiro, tinha que estudar em escola pública com um monte de gente “pobre” como eu. A resposta veio fácil: Ela dizia que seus pais conversavam sobre isso com ela e que explicavam que ela precisava estudar em um colégio de gente humilde para dar valor aos estudos. Nossa! Achei aquilo fantástico. A minha amiguinha além de ser de uma família rica, ainda era “nobre” de caráter e de sentimentos. Nunca íamos à sua casa, ela não convidava e sempre que eu ou as outras meninas perguntávamos onde morava, ela sempre saía pela “tangente” inventando sempre lugares diferentes e colocando inúmeras dificuldades para informar o endereço. Esse ponto foi o que mais nos chamou a atenção e então bolamos um plano: Íamos seguir a “danadinha” e descobrir onde era seu “esconderijo”. E assim foi. Descobrimos onde ela morava: uma casinha pequena, humilde, sem cor, em um bairro de pessoas carentes, ou seja, uma casa bem mais simples que a minha, que apesar de ser uma casa modesta, era grande, bonita, bem cuidada e muito bem localizada em Paranaguá. Então, fizemos mais... Numa manhã de sábado, eu e mais duas coleguinhas, “matamos” à aula de educação física e enquanto a Fátima estava na escola, fomos à sua casa com a desculpa de procurá-la e pedir um caderno emprestado. Adolescentes podem ser más e eu reconheço que nós agimos com uma maldade disfarçada de bondade. Na realidade, achávamos que a ajudaríamos de certa maneira e então, conversamos com sua mãe e contamos como ela mentia na escola. A mãe da Fátima não demonstrou surpresa, disse que já sabia que a filha tinha esse “mal costume”, que conversava com ela, que já tinha inclusive batido em sua boca mas que não tinha jeito.Hoje entendo que ela era uma pessoa doente, não suportava a vida que levava e sonhava. E mentia. E inventava. Falava com tanta propriedade, que eu tenho certeza que ela mesma não sabia mais discernir o que era mentira e o que era verdade. Aliás, esse é o diagnóstico de uma pessoa que tem Mitomania, ou Síndrome de Pinóquio. Ela Mentia tanto que já acreditava naquilo que sua mente “doente” criava. Nós a desmascaramos na escola, ela chorou e ficou muito triste por alguns dias. Mas a vergonha durou pouco e logo estava ela mentindo de novo. Hoje passados tantos anos, me deparo às vezes com pessoas com o comportamento idêntico ao da Fátima. Não estou falando de todos nós, que quer queira, quer não... mentimos de vez em quando. Você não mente nunca? Já mentiu!! Estou falando daquelas pessoas que mentem para se livrar de uma situação, para ajudar alguém, para resolver algum problema... acho que nada justifica a mentira, falo dos doentes mesmo. Hoje, que nada mais me surpreende, vejo com muita “piedade” pessoas assim. Sei que precisam de ajuda profissional, até porque, uma pessoa que mente com a cara “mais deslavada”, com mentiras homéricas, com fatos absurdos e exagerados e imagina que você é ingênuo a ponto de acreditar em tudo que ela fala, só pode ser “doente ” mesmo. Já sei... Agora quando ouvir uma pessoa mentir dessa forma e desde que eu tenha certeza absoluta que a “criatura” está mentindo... Vou dizer apenas uma coisa: Vai te tratar, owww....!!! Beijocas da Feia.



*Fátima é um nome Fictício.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Meu candidato perdeu. E agora? (em fase de correções)

E agora nada. A eleição no Brasil acabou. Felizmente, porque estava causando um prejuízo enorme ao erário público, afinal,  as coisas ficam “meio” suspensas durante pleito. O Congresso fica estagnado,  os estados “engessam” seus projetos essenciais, já que seus governantes se lançam de cabeça nas campanhas. A desesperada tentativa de eleger um sucessor é algo surpreendente, o presidente Lula que o diga. Nessa campanha pudemos observar que, mais do que presidente, Lula é um verdadeiro e nato cabo eleitoral. Deixou de ser governante para trabalhar duro em prol da campanha da sua sucessora, pedindo voto "de porta em porta". É lastimável que uma pessoa se “agarre ao osso” dessa maneira. Mas enfim, sabemos que é assim mesmo, quem tem o poder não quer deixá-lo em hipótese alguma. Seu intento deu certo, a sujeira vai ficar "embaixo do tapete" por um bom tempo. A candidata Dilma ganhou e fez um discurso digno de uma grande administradora, de uma pessoa que não guarda rancores e que tem um coração maior que ela. Ao ouvir as "doces" palavras da presidenta, quase traí minhas convicções e me rendi às suas “meigas” palavras. Mas minhas “restrições” ao governo vigente não podem ser tão pequenas a ponto de se renderem à meia dúzia de palavras escritas por pessoas especialistas em discursos. Infelizmente, só há lugar para um vencedor. Imagine como seria se um dia, em uma eleição igual a essa, aquele que estivesse a frente nas pesquisas chamasse o segundo colocado e dissesse: “Olha... venha! Vamos governar juntos. Vou ser presidente e você, sendo uma pessoa com tanto preparo quanto eu, será meu braço direito. Vamos fazer um governo livre de amarras partidárias, um governo cujo único objetivo é sanar os problemas da população. Meu Deus! Como eu sou inocente em ter pensamentos como esse! É só uma idéia, mas imagine se todos os homens pudesses ter esse tipo de entendimento político. Impossível, os homens brigam até mesmo dentro dos seus próprios partidos pelo “cetro” do poder. Não é que a Dilma já queria dar o “chapéu” no Michel Temer? O PT tentou “limar” o vice da organização do governo, mas acabou “dançando”. É queridos... Quem deve tem que pagar! Política é isso aí: Uma troca  de “gentilezas” e “favorzinhos meigos”, se é que vocês me entendem. Mas isso são coisas dos correligionários do PT, que querem centralizar as ações governamentais. Mas... eu enquanto povo, tenho uma visão totalmente democrática quanto aos escolhidos: penso que se eles foram eleitos, foi respeitada a vontade do povo e essa escolha é sagrada! Apesar da Dilma ser atéia, acredito que Deus permitiu que ela chegasse onde chegou. E se Deus a escolheu, quem sou eu para discutir a vontade divina? Ela foi escolhida também por uma nação, não podemos lutar contra toda uma maioria, então, acho que a melhor maneira de ajudar o país, é colaborar com os vencedores. Nada de ficar criticando antes de ver resultados, nada de fazer oposição cerrada àquilo que ainda não conseguiu mostrar a que veio. Eu espero, de coração que tanto a Dilma quanto o Camilo, que foi eleito nosso governador, possam governar com a sabedoria dos grandes. Que sejam honestos e que pensem sempre no bem da coletividade. As eleições acabaram, chega de programas que “interferem” na nossa programação, que invadem nossas casas com um festival de baixarias, que ensinam nossas crianças que “disputar um pleito” é sinônimo de troca de insultos e acusações, chega de políticos abandonando o Congresso e o Senado e até o Palácio do Planalto para servirem de cabos eleitorais. Chega de projetos “empacados” e de descaso com os problemas mais proeminentes do nosso povo. Chega de “politiqueiros”, de pessoas que só entendem política como meio para enriquecimento ilícito. Vamos aguardar o decorrer dos dias para ver o que acontece. Até lá, o jeito é pedir para Deus, o que é o meu caso, e se por acaso você acredita em outros santos, rogar a todos para que intercedam por nós dando discernimento e “honestidade” aos políticos. Amém. Detalhe importante: No segundo item, tem que pedir pra “santarada” um milagre e dos bem grandes, diga-se de passagem. *rindo sarcasticamente aqui* Beijos honestíssimos da Feia pra você. Ah...ia esquecendo: FICHA LIMPA JÁ!!!