terça-feira, 16 de outubro de 2012

Falar e calar na hora certa!


Finalmente a maturidade está me trazendo bons frutos. Antigamente a rainha da explosão era eu mesma! Não engolia desaforos, não me “humilhava”, não calava. Hoje não. Falo. Continuo quase a mesma, mas com uma diferença: procuro falar e calar na hora certa. Se acontece alguma coisa que me deixa chateada, na hora procuro manter a calma e sobretudo a boca fechada, mas depois, quando os ânimos serenam...aguente! Falo mesmo! Mas falo com “classe”, com uma calma surpreendente! Isso prova que a idade “avançada” traz mais do que reumatismo, artrose, artrite e tantos outros “ites””. Provei isso hoje. Meu “coleguinha” amanheceu estressadinho. Acho que a namorada dormiu de calça jeans ou ele está entrando na andropausa e gritou comigo. É aquilo que sempre falo: Não adianta querer descontar nossos problemas nos outros...irremediavelmente vamos atingir alguém que não tem nada a ver com nossas mal fadadas histórias. Quando o colega gritou, sem motivo aliás, calada estava, calada fiquei. Não achei que valesse a pena me estressar. A semana começando...estamos apenas na segunda. O dia inteiro pela frente e porque eu deveria me apoquentar com um energúmeno que acordou azedo? Nesse dia estou tranquila e relevei... Mas nunca se sabe o dia de amanhã... ah o dia de amanhã. Me aguarde “bonitinho”... Quem viver verá! R.R.A .
*Rolando de Rir Aqui

terça-feira, 2 de outubro de 2012

The Voice Brasil Não pode ter “tribufú”

Lulu Santos: O LINDO!
Assisti pela primeira o programa The Voice Brasil da Globo, segundo domingo de apresentação e gostei. Gostei muito mesmo. Produção perfeita. Cenário divino. Músicos impecáveis! Infelizmente não posso deixar de comentar... Admiro o Lulu Santos e confesso que sou, ou era, fã dele há “séculos”. Sei todas ou quase todas as músicas dele e a minha adolescência tem muitas histórias ligadas a discografia dele. Ouvir a frase que ele soltou no The Voice Brasil me surpreendeu. Primeiro porque acho que saiu do objetivo do programa... Qual o problema em ter uma pessoa que canta maravilhosamente bem apesar de ser desprovida da “beleza” conceitual? Talvez tenha até sido esse comentário que fez a candidata escolher o Carlinhos Brown. Achei a fala do Lulu fora de lugar, e tempo e espaço. Acredito que muitas pessoas devem ter feito algum tipo de comentário com ele sobre a frase. Ou será que não? Será que as pessoas que cercam as celebridades não falam o que pensam? Será que o fato da pessoa ser um artista famoso e conceituado a libera de críticas? Pois bem, não sou uma mulher bonita aos conceitos do Sr. Lulu Santos e se eu tivesse uma voz poderosa e quisesse participar do programa, depois do comentário infeliz dele, já me sentiria desmotivada. Talvez o Lulu não tenha entendido a ideia do programa que é escolher a voz independente da beleza...Fica mais uma vez claro que, ou a Globo inventou um programa que só existe na formatação, ou o Lulu falou sem pensar. Supomos que o Lulu tivesse gostado da voz e a garota realmente fosse um “tribufú”: Ele a deixaria de lado? Outro jurado que ficasse com a “feiosa”? Oh Lulu... escolhe as feias também. Nós também podemos ser grandes cantoras, atrizes, musicistas, esposas, amantes... MULHERES! Acredito que na família do Lulu não tem mulher feia... A esposa é linda, as filhas, irmãs, primas, tias... e olhe lá se todas as amigas dele não forem lindas também. Ele deve fazer uma seleção automática em seu círculo de convivência: Essa é linda: DENTRO! Essa é “tribufú”: FORA! Bom...como sou uma feia assumida e defensora de todas as feias do mundo, fiquei triste. Mas triste, não por ele não gostar de nós “feinhas”... Fiquei triste de ver uma pessoa tão inteligente e politizada abrindo a boca pra falar uma besteira tão grande e tão sem conserto. Pensem e repensem. Beijos da Feia.

Confira o comentário na íntegra: 
"Você tem aura de estrela. A gente pode virar e ter um tribufu aqui na frente, o que não é seu caso", disse ele, emocionando Mira. Todos os jurados viraram a cadeira para ela. "Eu vim para cá pensando em um cara, mas agora vou escolher o Carlinhos Brown", finalizou a cantora.

O acidente feio da Feia

O Fiat Strada com cinco ocupantes

Um close do Fiat Strada... observe o condutor preso nas ferragen
Veículo Causador do acidente
Olhe o tamanho do estrago do Strada
Uma das rodas atingiu o veículo que eu vinha e ele chocou-se com o Strada
Dia 30/09, domingo, eu voltava para Laranjal do Jari depois de um final de semana maravilhoso em Macapá. Eu vinha com um trasporte alternativo, os conhecidos “piratas”, quando fomos envolvidos em um horrível acidente. Um corsa com cinco pessoas, todas aparentemente alcoolizadas vinha no sentido Macapá quando chocou-se com um veículo Fiat Strada, também com cinco passageiros. Nós vinhamos a uns 50 metros de distância da Strada e quando os dois carros chocaram-se, fomos atingidos pela roda e acabamos envolvidos diretamente no acidente. Nossa! Acontece tudo muito rápido. Não dá tempo de pensar em nada. Pior é ver a coisa acontecendo e não poder fazer nada. Quando os carros finalmente pararam, vi que não tinha me machucado, apenas uma batida pequena na perna esquerda e alguns hematomas no braço, verifiquei que os outros 4 passageiros também estavam bem. Imediatamente desci do carro e corri para ver e tentar socorrer os passageiros dos outros carros. Na Strada tinha uma senhora de aproximadamente 70 anos, uma criança de nove anos, uma mulher e dois senhores na faixa dos 50 anos. A criança chorava assustada e a mãe, aparentemente tinha alguma fratura na bacia pois não conseguia andar e sentia fortes dores. O motorista da Strada ficou preso nas ferragens e nós o aconselhávamos o tempo todo a manter-se imóvel. No carro que provocou o acidente, apesar das pessoas não estarem tão machucadas, elas permaneciam imóveis, parecia que não conseguiam raciocinar direito ou atentar para o que tinha acontecido. O condutor, visivelmente embriagado sangrava, porém não se movia. Alguns carros que passavam no local prestaram socorro e os feridos foram encaminhados para Macapá. O senhor da Strada continuava preso nas ferragens e Deus mandou que naquele exato momento passasse um médico naquele lugar. O médico desceu, examinou o homem e sentenciou: __ Temos que retirá-lo imediatamente das ferragens pois ele está com hemorragia interna. A partir daí, começou-se uma “luta” para vencer a dureza do ferro e libertar o pobre. Ele gritava de dor e o médico pedia calma. Arrancaram o banco do passageiro e finalmente conseguiram retirá-lo. Ele foi encaminhado imediatamente para Macapá e eu espero, sinceramente que ele esteja bem. Peguei carona para Laranjal do Jari com o gerente do Banco do Brasil de Monte Dourado. Vocês acreditam que o pneu furou? Vocês acreditam ainda que a bateria descarregou e nós ficamos no “prego”. Mas apareceu uma alma caridosa e nos ajudou. Aliás... Deus sempre coloca anjos nos nossos caminhos para nos abençoar, não é? Com tudo isso, você deve estar se perguntando se eu não estou com “azar”. Primeiro... não acredito em azar... segundo: Fui abençoada por não ter me machucado, tendo em vista a gravidade do acidente. Sou sim uma abençoada, uma protegida e amada do Senhor. Agradeço as orações constantes dos familiares e amigos, tenho certeza que elas são as responsáveis pela minha proteção divina. Beijos da Feia.

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Mais uma sobre "amigos da onça"


Se você me ligar e na hora eu não puder atender por algum motivo, eu retorno a ligação. Juro! Graças a Deus tenho essa consideração com as pessoas. Ontem, 20/09, eu precisava muito falar com uma pessoa, o assunto era importante e versava sobre algo que poderia me prejudicar profissionalmente. Liguei umas quatro vezes e a pessoa não atendeu, pensei: Deve estar na academia ou no banho. Já sei: Vou mandar mensagem de texto. Mandei duas vezes a seguinte mensagem: Preciso de você! Pensei que com uma mensagem assim ele se tocaria que a coisa poderia ser realmente séria, até porque não tenho o hábito de ficar ligando a toa para as pessoas. Conversas e bate papo no telefone ficaram para trás na minha adolescência. Agora sou prática e rápida. Falo o necessário e indispensável e pronto. Como a pessoa ignorou minhas ligações e meu pedido de ajuda, pensei num plano B... Liguei para outra pessoa que não só me atendeu como resolveu o meu problema e com isso me ajudou imensamente. Isso tudo me levou a uma reflexão profunda sobre o ocorrido. Hoje joguei uma indireta bem direta para a pessoa: Falei:__ Poxa, tentei te ligar, mandei mensagem e você, nada. Se fosse um caso de vida ou morte eu estava morta!! Não sei se é porque estou sempre disponível para as pessoas, espero que a recíproca seja verdadeira. Coitada de mim, querer que as pessoas sejam iguais. Mas confesso que fiquei extremamente chateada com o “colega”, que aliás... nem sei mais se o termo “colega” se aplica. Ele se intitulava meu amigo... Quem sabe o termo “amigo da onça” soe melhor. Mas como diz o “velho deitado”: Um dia da caça outro do caçador. É só uma questão de tempo. Quem viver verá! Sempre digo que não sei fingir ou ser falsa. Vou ficar com a cara fechada com ele sim! Até esquecer. Quem me conhece sabe da minha dificuldade de perdoar, ainda mais se a pessoa nem pede. *risos

Não poderia deixar de agradecer ao Gleidson Abud, que mesmo ocupado se dispôs a me ajudar em algo que, se ele quisesse, poderia alegar ou impor inúmeras dificuldades.
Cara, você é DEZ. Conte comigo sempre.

Vivendo e aprendendo:

De onde vem o termo “Amigo da Onça”???
O Amigo da Onça é um personagem criado por Péricles de Andrade Maranhão (14 de agosto de 1924 - 31 de dezembro de 1961) e publicado pela primeira vez na revista O Cruzeiro em 23 de outubro de 1943.
Satírico, irônico e crítico de costumes, o Amigo da Onça aparece em diversas ocasiões desmascarando seus interlocutores ou colocando-os nas mais embaraçosas situações.
O famoso personagem foi criado pelo cartunista pernambucano Péricles de Andrade Maranhão, em 1943, e publicado de 23 de outubro de 1943 a 3 de fevereiro de 1962. Os diretores da revista O Cruzeiro queriam criar um personagem fixo e já tinham até o nome, adaptado de uma famosa anedota.

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Coquetel de Natal * Coisas de Lú


No Natal do ano passado eu quis fazer uma “festinha” em casa para os colaboradores e amigos da Comape (nossa empresa). Como moro na maior parte do tempo em Laranjal do Jari indo somente aos finais de semana para Macapá, tive que me programar para organizar tudo ou quase tudo por telefone. Como parte da “festinha” comprei alguns presentes anteriormente para serem sorteados. Encomendei os salgados e as tortas.Preparei pastinhas e comprei paezinhos diversos. Fiz questão de que fosse tudo da melhor qualidade e era. Cheguei em Macapá sábado de manhã e às 19h, depois de muito trabalho, estava tudo pronto. Decorei a área, arrumei as mesas, todas com toalhas, ficou tudo muito bonito. Selecionei boas músicas. De tudo tinha muito. Quem bebia, bebia. Tudo estava bem farto. Quanto já eram quase dez da noite, a esposa de um dos mecânicos vira pra mim e pergunta: __Vai demorar muito pra servir o jantar? Acho que fiquei pálida nessa hora. Não sabia onde enfiar a cara! Falei baixinho: __ Não fiz jantar, só preparei o coquetel mesmo. Queria que o assunto terminasse ali, quietinho, pianinho, mas ela não... Em voz um pouco mais alta falou: __ É que é costume daqui servir os salgadinhos e depois servir o jantar. Me desculpei com todos, explicando que tinha chegado no sábado mesmo e que o tempo para preparar um bom jantar seria curto. Falei pra ela que tinha ainda muito salgado e torta, ao que ela me respondeu que estava “cheia” que não tardaria em ir embora.
Ainda não entendi... Se ela estava satisfeita ou “cheia”, como disse, pra que ela queria jantar??? *Rindo aqui

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Bipolar *coragem de assumir


Pelo menos foi esse o diagnóstico que meu médico me apresentou. Tomando goles de coragem, quero dizer para vocês como é mais ou menos ser bipolar e o que sinto quando estou "doente": Sinto aflição e embora tudo pareça tranquilo, dentro de mim geram-se turbilhões, centenas de pequenos abalos sísmicos que mexem com a minha estrutura e me incomodam, me sufocam e me corroem. Não tenho ânimo para nada, tenho vontade de me ferir e o que ainda me “sustenta” é minha família e meu trabalho. Minha psicoterapeuta olha para mim e me pergunta: __ E agora? Volto-me para ela e repito a pergunta. E agora? Como vou saber? Tudo por fora parece perfeito, mas o meu interior teima em desmentir o que foi dito antes. Minha concentração fica baixíssima após os medicamentos, que não são poucos, tenho que fazer as coisas importantes antes dos remédios, porque depois... já era! Sinto dores terríveis por causa da fibromialgia, perco coisas, esqueço rapidamente, me disperso e pareço sempre “dopada”. Meu maior medo hoje é perder de vez a lucidez. Juro! Às vezes me pego pensando como seria se isso acontecesse. Já vi pessoas que andam nuas na rua e são vítimas de maldosos, pessoas sem escrúpulos que se divertem com a insanidade alheia. Sei que minha família não permitiria que eu chegasse a esse ponto. Talvez me internassem em uma boa clínica, o que não me tiraria o status de “louca”. A mim a loucura e a lucidez nesse momento me parecem tão próximas que nem sei onde começa uma e termina outra. Vejo bichos de manhã... eles não se mechem. São grandes. Ficam ali... paradinhos até desaparecerem lentamente. Não tenho medo. Eles nem me assustam nem me incomodam. Vou falar com minha médica, deve ser efeito de um dos medicamentos que tomo. O que mais me incomoda não são os “bichos” que vejo toda manhã, mas sim as pessoas que me rodeiam... imagine como elas reagiriam ou como irão reagir quando lerem algo tão profundo e verdadeiro como o que estou escrevendo...Na verdade... Acho que é um desabafo! Acho que o primeiro impulso é o afastamento, talvez por medo, por desconhecerem a doença e seus vários níveis. Por favor não se afastem, não sumam, só estou passando por uma “chuva” ou pequena tempestade. Vai passar. Eu sei.... Não vou matar ninguém. Juro! O único risco que corro é de fazer mal a mim mesma.Vou sair dessa crise assim como saí de outras antes e tudo voltará ao normal. Normal? E quem disse que o NORMAL existe? * risos * Beijos da Feia.

Saiba mais:



terça-feira, 26 de junho de 2012

Cada um de nós tem uma área da vida mal resolvida

Dicas para seu desenvolvimento humano. Essa frase me chamou a atenção no site da UOL, no endereço http://www2.uol.com.br/vyaestelar/autoconhecimento_rs.htm  Amei o texto do Roberto Shinyashiki. Acho que tem tudo a ver com minhas crônicas e com o que penso da vida. Algumas coisas preciso aperfeiçoar em mim, mas quem não precisa? Estou em uma busca incessante e incansável pelo viver bem. Espero que vocês tenham gostado da minha escolha, não tenho o hábito de  textos alheios, mas esse achei que vale a pena compartilhar. Beijos da Feia.


 Cada um de nós tem uma área da vida que necessita ser cuidada com mais atenção.Se alguma parte de sua vida anda aborrecida e sem sal, é sinal de que precisa ser mais bem cuidada. Fique atento ao sinal de alerta da mudança: ele toca sempre que substituímos a alegria de viver pela preocupação. E a fluidez pela tensão. Nesses momentos, você tem de tirar o barco do porto e colocá-lo no mar, rumo a um novo mundo. É claro que ninguém pode comprar a alegria de viver na padaria da esquina. Temos de aprender a conquistá-la. As lições estão dentro de nós. Precisamos ser professores e alunos de nós mesmos. Na Índia, os mestres dizem que a diferença entre alguém que está com câncer e alguém com dor de cabeça depende da intensidade da aula de que a pessoa está precisando. Na vida, quanto mais teimoso for o aluno, mais as aulas serão dolorosas. Quanto menos o aluno aprender, mais a vida vai bater pesado para que acorde e aprenda. A escola da vida funciona assim. Se a pessoa está insatisfeita e fica em casa reclamando da sina em vez de tentar mudá-la, vai se tornar cada vez mais angustiada, arrumar uma úlcera ou uma depressão. Ela tem a ilusão de se acostumar com a dor, mas o pior é que a dor não para de aumentar. A alegria de viver fica tão inacessível quanto o pico do Everest.
Negar uma necessidade nunca foi boa solução. O problema vai continuar até a pessoa se convencer de que precisa sair daquela situação e começar algo novo. Essa é a lição que está fazendo falta. Quando nos recusamos a aprendê-la, o problema se agrava. Muitas vezes, as pessoas insistem em comportamentos que dão resultados negativos e depois reclamam. Não percebem que reclamar é inútil e que a única saída é analisar a situação e buscar solucioná-la. Fazer as mesmas coisas e esperar que os resultados mudem é acumular sofrimento. Isso nos deixa amargos. Na vida, nós somos problema ou solução. Se formos parte do problema, ninguém vai gostar de ficar ao nosso lado. Se formos solução, conseguiremos fazer com que os outros tenham vontade de estar conosco e nos ajudar. O psicanalista americano Erick Ericsson disse que por volta dos 50 anos as pessoas se encontram numa encruzilhada existencial, entre a amargura e a sabedoria. Aquelas que aprenderam a viver conquistam a maturidade. Quem aprendeu a simplificar a vida desfruta cada dia com alegria. Quem só aprendeu a reclamar de tudo, terá de aguentar o peso da vida por mais algum tempo. Roberto Shinyashiki.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

A Motocicleta Indiscreta * Coisas de Lu


De vez em quando gosto de contar causos curiosos e/ou engraçados que acontecem comigo. Sempre que conto essa história para alguém, além das risadas, as pessoas me perguntam: tá no blog? Não estava. Atendendo a pedidos, a partir de agora está. Em setembro de 2008 fui a um passeio à Cachoeira de Santo Antônio, sofri um pequeno acidente e quase rompi o ligamento do joelho. Ao todo, foram 40 dias no “estaleiro” fazendo fisioterapia e com a perna imobilizada. Para não “incomodar” o Nilson, decidi que iria para a clínica fisioterápica de mototáxi. Pegar uma moto para mim não era tão simples... Para não chamar a atenção eu escolhia uma moto grande e um piloto pequeno. Imagine a cena: uma moto pequena e um mototaxista gordo e eu grandona com a perna tesa... Seria cômico se não fosse trágico e chamaria muito a atenção. Certo dia eu estava esperando que um abençoado mototaxista com as qualificações necessárias aparecesse, e depois de passarem vários pretensos candidatos que eu achei inadequados, lá vinha a moto “ideal”: Ela grande e o piloto magro. Fiz sinal, não sem antes observar que a moto tinha um objeto estranho na frente. Conversei com o “moço”, falei o endereço e acertei o preço, coloquei o capacete e subi “bem faceira”. Quando entramos em movimento foi que fiz a “triste” constatação de que, o que eu considerava um objeto estranho, era na verdade uma mini caixa de som. Isso mesmo que você está lendo: UMA CAIXA DE SOM. Imediatamente o “gentil” homem colocou uma música para, quem sabe, querer me agradar. A música pra mais específica era um bolero. Meus Deus! A tal engenhoca ecoava em alto e bom som um bolero, daqueles que se ouvem nos barezinhos de beira de estrada. A essas alturas, eu que queria ser discreta e passar despercebida, passei a ser o centro das atenções. Quem estava no ônibus olhava e ria. Quem passava de carro, ria. Os pedestres igualmente e os outros mototaxistas, obviamente, riam mais ainda. E eu? Eu gargalhava de nervoso diante da situação. Abaixava a cabeça como se só o capacete não fosse suficiente para esconder meu rosto. Abençoado seja quem inventou o capacete! Após alguns minutos, sem que pudesse fazer nada, pois o moço sequer poderia me ouvir, me acostumei com a ideia e relaxei. Dei graças a Deus quando chegamos ao meu destino e ele desligou a “maldita” música. Paguei e agradeci educadamente. Após esse dia, mesmo sentindo dores horríveis, voltei a dirigir. Prejudiquei um pouco o tratamento, mas me senti mais a vontade ouvindo boa música, no meu carro e vamos e venhamos... com mais discrição. Nesse dia decidi: Não ando de mototáxi nunca mais. Quer dizer... Espero não precisar. Melhor não cuspir pra cima...*risos* Beijos da Feia.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

O amor por Fernando Pessoa


O Amor

O amor, quando se revela,
Não se sabe revelar.
Sabe bem olhar p'ra ela,
Mas não lhe sabe falar.

Quem quer dizer o que sente
Não sabe o que há de *dizer.
Fala: parece que mente
Cala: parece esquecer

Ah, mas se ela adivinhasse,
Se pudesse ouvir o olhar,
E se um olhar lhe bastasse
Pr'a saber que a estão a amar!

Mas quem sente muito, cala;
Quem quer dizer quanto sente
Fica sem alma nem fala,
Fica só, inteiramente!

Mas se isto puder contar-lhe
O que não lhe ouso contar,
Já não terei que falar-lhe
Porque lhe estou a falar.


quarta-feira, 16 de maio de 2012

Coragem de dizer não.


Ana comprou uma blusa nova. Azul com rendas, no estilo romântico, com lacinhos e tudo mais. Realmente linda. Peça única de uma grife conceituada a blusa custou “os olhos da cara”, segundo Ana. No mesmo dia Suzana, sua amiga, foi visitá-la e encantada com a aquisição, não resistiu e soltou aquela tão temida frase: _Me empresta? Uso uma vez e te devolvo. Ana ficou até constrangida com a surpresa do pedido mas não conseguiu dizer não. __ Empresto né.... disse meio sem graça. Suzana levou a blusa e no dia seguinte usou-a num almoço com o namorado. Como prometera devolução após uma única usada, providenciou que a sua empregada lavasse a blusa para devolver. A moça, desacostumada com tecidos finos, ao passá-la abriu um enorme buraco na peça. Na hora da devolução, eis que Ana ouve um simples e meigo pedido de desculpas acompanhado de um “sinto muito”. _Quanto custou? Compro outra. Como comprar outra se a peça era única? Como remediar a tristeza de Ana que sequer chegou a estrear a blusa? A amizade a essas alturas ficou estremecida. Pudera! Tudo isso poderia facilmente ser evitado se Ana tivesse apenas dito NÃO.   A verdade é que temos dificuldade em aceitar o não, mas temos mais dificuldade ainda em pronunciá-lo. Nem sei quantas vezes já sofri por não ter coragem de negar um pedido. Horas de trabalho a mais, mentirinhas contadas para acobertar pequenos deslizes, empréstimos que me custaram mais que dinheiro, me custaram amizades inteiras, como no caso de Ana. Mas passou... ainda tenho um pouco de receio de negar coisas, mas felizmente a idade traz sabedoria e hoje, consigo dizer não e explicar o porque da negativa. Acho que quando você é sincero, até a outra pessoa sente-se menos mal. Foi-se o tempo em que eu até chorava depois de dizer um sim, isso porque meu coração gritava em alto e bom som dentro de mim a palavra não. Se alguém se magoar hoje, a primeira coisa que penso é que, a pessoa não merece minha amizade e minha sinceridade. Não piso mais em ovos. Tento ser delicada, mas se não for compreendida, não me martirizo... toco em frente e pronto. Acho que essa postagem funciona muito bem para as pessoas jovens que ainda têm muito a aprender, sei que quando somos "tenros" temos medo de ferir, perder amigos, magoar e muitas vezes nos ferimos e nos “violentamos” por isso.
Fica o conselho: Aprenda a dizer não. Não se machuque para querer agradar. Não se iluda com pedidos doces e "meigos".
Não é NÃO e ponto.
Beijos da Feia.

* Os nomes são fictícios.

terça-feira, 8 de maio de 2012

Quem entende???


Quanto mais me esforço, menos entendo as pessoas. Quem dera que isso acontecesse só comigo, né? Eita coisinha complicada esse tal de “ser humano”! Quando pensamos que estamos agradando alguém, a pessoa vem e demonstra que além de você não estar agradando, ainda por cima pode estar “enchendo o saco”. Isso nunca aconteceu com você? Ta bom... vou até fingir que acredito. Comigo já e inúmeras vezes. Eu falo mesmo! Não tenho vergonha de assumir minhas fraquezas, falar dos meus “micos”, reconhecer meus erros e por aí vai. Nem imagino quantas vezes já me senti ridícula, sem chão mesmo, por estar fazendo alguma coisa achando que estava “abafando” e depois... quando eu parava para refletir, estava na verdade, pagando o maior King Kong. Esse é o preço da espontaneidade. Eu estava pensando que às vezes, chego a ser até meio “inconveniente” com meu exacerbado senso de humor. Sabe aquele lance de “perco o amigo mas não perco a piada?” Pois é... o problema é que nem sempre os amigos estão a fim de aguentarem uma pessoa que, milagrosamente, está quase sempre de bom humor. Às vezes, eu chego a ficar com raiva de mim. Falo bem dentro do meu pensamento: Lu: TRISTE! Lembrei até daquela postagem: os benefícios da tristeza, se você ainda não leu, eu recomendo. Quando vejo alguém muito triste ou mal humorado, chego a sentir um pouquinho de 
culpa por estar esbanjando alegria e claro, tento me conter ao máximo. Isso quer dizer que não tenho problemas? Absolutamente NÃO. Tenho problemas e das mais diversas naturezas, mas não vejo porque deixá-los aflorar e transbordar. Não existe necessidade de contaminar as pessoas com coisas que são só minhas. Odeio quando percebo que alguém quer descontar “no mundo” 
as suas frustrações. Incrível, mas seres assim fazem questão de pisar, humilhar e mostrar,inconscientemente o quanto invejam as pessoas “normalmente” felizes. Não sei nem quantas vezes já falei desse “tipinho”, né? Mas fazer o que se essas pessoas se multiplicam tal qual ratos? O que eu posso fazer se “quanto mais a gente reza, mais assombração aparece?” *risos* Sobre o que eu falava mesmo? Ah lembrei... sobre meu jeito de ser “expansiva” demais! Juro que não é maldade... tem “danadices” que quando percebo, já fiz! Vivo dando “foras”... Olha esse: Uma noite quando cheguei em casa de viagem, minha vizinha estava dando uma festa e fui recebida com gritos esfuziantes pelos convidados dela... Quando avistei seu filho, fui logo perguntando, e aí “fulano”... tudo bem? Cade a namorada bonitona? Se deu bem, heim??? Nesse momento todo mundo ficou calado... ele com um “sorriso amarelo” falou baixinho: Não sei, a “cicrana” tá lá dentro. A “cicrana” era a ex-mulher com quem ele havia reatado. Além de tudo... ainda sou desinformada...*rindo muito aqui* O amigo dele ainda falou... a gente que bebe e ela que fica “porre”... Me senti com “cara de tacho”, mas sem perder o rebolado retruquei: “Fazer o que se ele separa na segunda, arruma namorada na terça e na quarta já volta com a ex? A culpa não é minha... ele que distribui a senha rápido demais. Todos concordaram e tudo acabou em uma grande gargalhada. Ainda bem que a "falecida" estava na cozinha e lá permaneceu, senão o tempo ia fechar no “pedaço”. Fechei o assunto com um: “Eu e minha boca grande!!!!” Beijos da Feia.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Mal entendido que dói.


Não adianta prometer... Escrevi várias crônicas mas postar mesmo que é bom... só quando dá vontade e só sobre o que me dá vontade. Irreverente para postar assim como para viver! Hoje vi no face algo que achei interessante e digno de virar tema: Uma frase sobre mal entendidos... Nem sei quantas vezes fui mal interpretada na minha vida. Às vezes queria dizer uma coisa que acabava virando outra que me comprometia e não raro me trazia problemas. Hoje entendo que nem sempre a culpa era minha... penso que muitas vezes a pessoa que estava do outro lado queria exatamente isso mesmo: Distorcer as minhas palavras e me complicar e como sempre, colocar outras pessoas contra mim. Por isso que hoje tenho muito cuidado ao interpretar determinadas situações, principalmente se as palavras saem da boca de alguém com quem eu não tenha muita afeição ou tenha tido algum desentendimento justamente para não cometer o erro que muitas vezes cometeram comigo. Falo demais... ou melhor...muito e às vezes falo até sem pensar, como diz minha mãe: falo até pelos cotovelos e esse meu "falar muito" já me causou inúmeros transtornos. Portanto, você que me lê....seu eu falar algo que você não entendeu, por favor pergunte de novo... esclareça, tire as dúvidas, não me interprete mal e nem queira fazer de uma palavrinha uma "tempestade num copo d'água". Nunca esqueça que meu coração é bom. Ah... Estou tentando mudar e falar menos... Se é que isso é possível...Huahuahuahuahauuhauauha....  Beijos da Feia.

terça-feira, 13 de março de 2012

Voltei. Me aguardem!

Perdão pela "sumidinha". Resumindo... Meu Natal foi bom. Meu Ano Novo começou muito bem. Estou hiper, super, mega, tander feliz. Pintando, cultivando minha hortinha orgânica, escrevendo, isso mesmo, não estava postando mas estava escrevendo constantemente. Li bastante nesse período de ausência da net. Preciso desse ar de realidade de vez em quando. Viajo na próxima quarta-feira para Curitiba... FÉRIASSSS!!! Vou postar algumas fotos das férias e claro... voltar a postar minhas crônicas. Acho que elas podem trazer um pouquinho mais de pimenta e "temperinhos" especiais. To sentindo que minha língua está mais afiada do que nunca.... Quem viver verá! Ahahahahahahahahaaaa.... Beijocas da Feia e até já!