sábado, 24 de setembro de 2011

*Carta ao Meu Médico*


Sempre tive muita dificuldade com consultas médicas. Na hora "H" me dá um “branco”, fico tímida e não sei porque, mas me sinto desprotegida e vulnerável. às vezes sinto pavor mesmo. Então pensei: E se ao invés da consulta tradicional meu médico me “consultasse” de maneira diferente? Pensei que poderia ser no MSN, Facebook ou até mesmo no Skype. Mas será que meu médico aceitaria ficar de “bate papo” comigo em um chat qualquer? Pensei então que poderia escrever-lhe uma carta, e que seria mais ou menos assim:

Prezado Doutor,

Estou lhe escrevendo para dizer o que estou sentindo. Me ajude por favor! Estou deprimida e quando estou assim, sinto dificuldade para respirar, sinto dificuldade para comer ou parar de comer. Me locomovo com dificuldade. Sinto que meus músculos se contraem e relutam em obedecerem as ordens do meu cérebro. Sinto muitas dores. Sinto dificuldade em viver! Fazer coisas aparentemente normais torna-se um suplício. Falta-me vontade para o banho. Vejo o mundo cinza, literalmente falando. Olho para as coisas e elas me parecem menos coloridas que o normal, é como se tudo tivesse passado por um desbotamento. Quando estou deprimida, não quero olhar para as pessoas com “olhos de amor”. Simplesmente não quero vê-las. Meu pensamento mais constante é que, as pessoas, todas as pessoas do mundo não gostam de mim. Quando estou deprimida, buscar ajuda é difícil, quero um remédio, felicidade em pílulas? Um flit paralisante qualquer, mas como, se o senhor quer que eu lhe abra a minha “caixa de Pandora”? Quer ouvir da minha boca que estou mal, que estou “doente” e que quero sua ajuda. O senhor não está vendo que estou pedindo socorro? O senhor já me conhece. Quero pouco doutor... Quero apenas dormir. Aliás, quando durmo e quando os pesadelos não me assombram, que alívio. Quando fico nesse estado, queria que o senhor apenas me receitasse um “deitaedorme”. Me prescrevesse algo que me fizesse esquecer do mundo. Doutor... doutor... cure as minhas feridas sem olhá-las tanto, sem tocá-las, afinal, elas estão escondidas. Deixe-as quietas. Não as faça sangrar, apenas coloque um unguento, um cataplasma, curativo ou algo assim. Quando estiver com uma “casquinha” talvez eu lhe deixe examinar. Não olhe nos meus olhos com profundidade e peço mais: não me faça chorar. Não me faça perguntas com ar "inquisidor".

Posso me apresentar no seu consultório e apenas pegar minha receita? Sem palavras. Sem "porquês"?
Por favor responda que sim.
No aguardo.

Eu

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

E os "malas"? Precisamos deles?


Tirando o fabricante dos ditos cujos objetos, literalmente falando, e os vendedores que sempre ganham com isso, difícil responder a essa pergunta, porque na verdade, sempre tem um "mala" por perto e  todos os relacionamentos com  eles são difíceis. A convivência com esse tipo de pessoa geralmente é complicada e desgastante. Não importa se a relação é de amizade, de amor (acredite, tem gente que ama um "mala"), de trabalho ou simplesmente de “vizinhos”. Todos nós, sem exceção, em determinado momento precisaremos manter algum tipo de contato com alguém que se enquadre no perfil “malesco” e aí é que começam os problemas. Você há de convir comigo que não é fácil ter que aturar aquele colega que é “insuportavelmente” chato ou aquela solteirona mal amada e infeliz que vive reclamando de tudo e fazendo questão de espalhar sua amargura nos quatro cantos do ambiente de trabalho. Imagine o que é ter que aturar um filho que é “ignorante”, "bruto" e que fica o tempo todo querendo “medir forças” com você, ou aquela sogra que vive tentando minar seu casamento, se opondo a tudo que você faz como se estivesse o tempo todo querendo mostrar que faz tudo melhor. Existe aquela situação em que o parceiro vive querendo competir com a "sua cara metade", seja profissionalmente, dentro de casa com os filhos ou com os amigos. Não podemos esquecer-nos da vizinha que ao invés de procurar o bom e velho tanque cheio de roupas para lavar, fica na janela cuidando da nossa vida enquanto a dela fica esquecida. A verdade é que sempre seremos testados na nossa paciência e nesse momento, o que falará mais alto é a necessidade e a perseverança em mantermos ou não os laços que nos unem ao outro, no caso, ao "mala". Claro que às vezes somos obrigados a manter os “grilhões”, como no trabalho, por exemplo, afinal, você não vai pedir demissão ou exoneração por não tolerar determinada pessoa, nem vai ficar vivendo o inferno na terra, por não poder se livrar dela, não é? É nesse momento que surge o bom senso, a serenidade e a franqueza para colocar cada coisa no seu devido lugar. Já falei com uma pessoa que trabalhava comigo, por exemplo, que era obrigada a conviver com ela, mas que não era obrigada a aguentar o seu mau humor e a sua estupidez. Na conversa franca, combinamos em mantermos um nível de tolerância onde, nenhuma as partes faria nada para provocar a outra, ficando o profissionalismo acima de tudo. Trocávamos o mínimo de palavras, somente o necessário ao bom andamento do trabalho. Não ficamos amigas. Não ficamos inimigas. Não ficamos nada. Nas especificações, tem uns "malas" que são até "leves", possuem rodinhas e alças maleáveis e acolchoadas em compensação, tem aqueles que além de não terem rodinhas, a alça é arrebentada e são cheios de concreto, chumbo, pedra, ferro e afins. Analisando os inúmeros seres humanos “malas” que já passaram pela minha vida, cheguei à conclusão de que precisamos das ditas criaturas no mundo, afinal, como saberemos se uma pessoa é legal se não tivermos um parâmetro de comparação? Como saberemos se não estamos sendo “malas” também se não nos lembrarmos do comportamento dos “malas” que já conhecemos? *risos*. Pois é, já me peguei várias vezes me questionando quantas vezes dei uma de “mala” na vida e me assustei ao descobrir que: Simplesmente foi impossível contar!!! *mais risos ainda*

Ótima semana povo. Beijos da Feia.


segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Coisas de Lú: A psicopata do ônibus!

Ontem, 03/09, eu viajei de Macapá para Laranjal no ônibus das 19h. A viagem foi ótima, mas como sempre vejo “história” em tudo... vou detalhar o que aconteceu de extraordinário nessa viagem. Eu comprei a última passagem, a de número 45. Esperei todos embarcarem e constatei que as poltronas 3 e 4 estavam vazias, sentei na primeira e me fiz de morta. COLOU. Ninguém, nenhum ser humano na terra merece viajar na última poltrona! Ao lado, nas poltronas 1 e 2, iam um rapaz e uma moça. A moça, jovem, alta, bonita, cabelos pretos e de um gosto um tanto duvidoso. Ela estava vestindo um shortinho bem curto e um top bem apertado, o que fazia com que seus seios quase “saltassem” para fora, tudo arrematado por salto altíssimo. Convenhamos que a “roupitcha” era um pouco “desconfortável” para a viagem, mas... gosto é gosto, não é?  Tudo ia muito bem até que a moçoila resolveu ouvir música em seu celular. Seria normal se ela usasse o fone, como a maioria das pessoas educadas faz, mas não... a “bonitona”, sentada quase ao meu lado, coloca na sua mini caixa de som ambulante, no último volume, o “melhor” do estilo tecnobrega. Pergunta: É TECNOBREGA, TECNO-BREGA ou TECNO BREGA? Para mim não importa a escrita... considero tudo a mesma porcaria! E lá estava eu, hiper cansada querendo dormir e a “princesinha do brega” ouvido seus “hits” preferidos. Tentei de tudo: Tapei os ouvidos com as mãos,  com os indicadores e até peguei um fone de ouvidos e tentei abafar o som... NADA funcionava, a música estava ali, irritante, estridente e perturbadora. Minha cabeça a essas alturas já começava a doer. Se música boa já é complicado, imagine um pato Donald cantando sem parar! Contei até 1000, conversei com o Criador pedindo paciência, mas em um dado momento não agüentei: Dirigi-me com educação para a jovem senhorita e pedi: Dá pra abaixar o volume por favor? Ela não falou nada porém me FUZILOU com o olhar. DIO SANTO... se ela pudesse, jogava o celular nas minhas fuças, eu senti isso. Na hora eu pensei e claro, me fazendo perguntas absurdas, fantasiei: Putz... e se essa garota for uma psicopata? Vai que eu durmo e ela pega uma faca e TÃ..TÃ..TÃ..TÃ.. TÃ..TÃ..TÃ..TÃ... Sabe aquela “musiquinha” célebre do filme Psicose do Alfred Hitchcok? Pois é... Com essa criatividade “medonha”, me programei para não dormir a viagem toda! Só que você que me lê há de convir que, passar 9 horas ou mais dentro de um ônibus com ar condicionado, escurinho e balançando suavemente pra lá e pra cá, dá um sono danado em qualquer um e eu acabei caindo nos braços de Morfeu! APAGUEI. Até esqueci da criatura e do seu mal gosto. Em determinado momento da viagem, me senti como que “apertada” contra a janela, sentia um “corpo estranho” encostado ao meu e acordei assustada. Genteeee... Pasmem com o que vi: Isso mesmo que você está pensando: A “dita cuja” estava sentada e porque não dizer, quase deitada ao meu lado! Caraca! Que susto aquela “pequena” me deu. Movi-me vigorosamente, respirei com mais energia e me “ajeitei” no assento deixando claro que não estava gostando da aproximação física tão... “colada”. Confesso que na hora me deu vontade de rir MUITO da situação e pensei de novo na tal “musiquinha” diabólica! O rapaz que estava ao lado ficava só olhando para a morena e imaginei logo o que a fez “migrar” para perto de mim. A verdade é que, a coitada da moça, de gosto “estranho”, era uma psicopata apenas na minha imaginação fértil, graças a Deus! Então você já sabe... quer viajar ao meu lado? Não esqueça seu fone de ouvidos e por favor, nada de psicopatias, pelo menos comigo *rindo muito aqui*. Beijos da Feiaaaa!