terça-feira, 19 de abril de 2011

Exercício da Compaixão. Experimente! *em construção*

Estava dentro do avião, trecho Curitiba/Macapá e eram 20h34min, do dia 18/04 quando comecei a analisar e refletir sobre uma cena que havia presenciado no aeroporto Tom Jobim: Um rapaz tratou muito mal e humilhou um atendente de um daqueles cafés que funcionam nas salas de embarque. Era minha vez de ser atendida e ao olhar o rosto triste do jovem, tentei animá-lo dizendo: “Não esquenta. Sinta pena... ele não merece mais que isso. Imagine que o fato de você não ter revidado te faz muito melhor do ele.” Ele sorriu e agradeceu. Após pensar... e pensar sobre o ocorrido, consegui entender ou "nomear"  algo que há muito estava sentindo. Eu sabia que o que eu sentia tinha nome, só não havia encontrado uma palavra que o definisse. Um dia, expus o que pensava sobre o assunto para uma amiga, expliquei que quando alguém fazia algo que me desagradava, antes de eu ter acessos de fúria e revidar, eu analisava o perfil da pessoa e os motivos para que ela agisse assim. Hoje é diferente, faço-me algumas perguntas do tipo: Quanto essa pessoa ganha? Quais os problemas que ela enfrenta no seu cotidiano? Será que ela está com muitos problemas e por isso está tão estressada? Muitas vezes cheguei mesmo a comparar a minha vida com a da pessoa na intenção de, talvez, justificar os seus atos. Inúmeras vezes consegui me conter e olhar para a pessoa com certa misericórdia, tendo inclusive contornado a situação de maneira satisfatória, recobrando minha estabilidade emocional. Hoje finalmente entendo que o que sinto chama-se COMPAIXÃO.  Isso mesmo, o sentimento de compaixão pode nos ajudar a olhar com carinho para os seres “toscos” e às vezes “brutos” que eventualmente aparecem no nosso caminho, dando-nos, inclusive, a oportunidade de lançar para essas pessoas um olhar de piedade e ao mesmo tempo de agradecimento por eles nos possibilitarem um crescimento, um amadurecimento e um entendimento melhor de tudo que ocorre ao nosso redor. Ainda estou aprendendo, “treinando” e sei que não é fácil, mas acredito que a compaixão possa ser exercitada e posteriormente virar um hábito salutar. Se colocarmos isso como uma atitude extremamente necessária para vivermos melhor, iremos conseguir com mais facilidade. Que tal começar o exercício da compaixão hoje mesmo? Pense nisso. Beijos da Feia.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Curitiba já foi melhor!


Cheguei em Curitiba na segunda-feira, dia 11/04, a noite. Curitiba continua linda, porém, com problemas tão grandes quanto as suas belezas. Já no taxi, o motorista teceu comentários sobre a violência, disse que fora assaltado mais de 4 vezes e que estava assustado com o crescimento dos ataques aos colegas de profissão. Deus graças à Deus por estar quase se aposentando e poder deixar de ser taxista, o que ele considera hoje uma profissão de alto risco. Saí na terça  para aquele passeio tradicional na Rua XV e claro, visitas às lojas. Não vi nada de aterrador no centro, para mim, aparentemente tudo estava normal. Aqueles tipos “estranhos”  de tribos “estranhas” de sempre, os vendedores de bilhete de loteria gritando a plenos pulmões como de costume, as lojas com promoções irresistíveis e pra variar... “abarrotadas” de mulheres “histéricas” e afoitas por consumir ótimos produtos com preços melhores ainda, e eu  inclusa no meio delas. Na terça-feira de manhã, ainda em casa, eu estava assistindo o jornal local e fiquei estarrecida com duas notícias: A primeira falava de uma família, cujo filho de apenas 17 anos, morrera em Curitiba, e ao receber o corpo constatara que, recebera o corpo errado. Isso mesmo! O IML havia trocado os corpos numa total falta de respeito. No mesmo noticiário, o repórter mostrava uma mulher de 34 anos que passou mal em um ponto de ônibus, os transeuntes acionaram o SAMU, várias pessoas ligaram inclusive uma viatura da PM, mas o SAMU só atendeu ao chamado 40 minutos depois, quando já não se podia fazer mais nada e a mulher veio a óbito. Após a chegada do SAMU e constatado o falecimento da jovem senhora, o IML foi chamado para recolher o cadáver e só atendeu a ocorrência após 04 horas... Pasmem! Por quatro longas horas o corpo da mulher ficou no ponto do ônibus jogado no chão. De novo a incompetência do IML. Aliás, o IML já estampou as capas de jornais, pois acumulava dezenas de corpos empilhados, em um único freezer, e o pior... em péssimo estado de conservação. É... parece que a coisa vai mal mesmo por aqui. Sem contar que o governador, ao invés de se preocupar com esse tipo de problema, perde tempo exonerando o chefe regional do Instituto Ambiental do Paraná, que no passado fizera um filme erótico. Quanto falso moralismo. Quanta hipocrisia. Se o rapaz é competente e capacitado para o cargo que desempenha, ele falou em entrevista na TV que é formado em gestão ambiental, qual o mal em ser ator e ter feito um filme de gosto duvidoso? O senador Roberto Requião, criticou a indicação de Valter Pagliosa, indicado para o cargo. Nossa senador... que falta do que fazer, heim? Será que o senhor ainda não percebeu que está no meio de algo muito mais “pecaminoso”? Será que seu ambiente de trabalho é mais digno que o set de gravação de um filme pornô? Pior que o governado Richa, demitiu o ex-ator... engraçado... Roubar, ser desonesto e ter ficha mais do que suja pode, desde que a roubalheira não agrida a moral e os bons costumes nem afronte a “sagrada família”. Curitiba está uma bagunça... Se os políticos estivessem cuidando dos seus afazeres, não teriam nem tempo de se prestarem a papel tão ridículo. Fiquei decepcionada com o que encontrei em Curitiba dessa vez. Confira abaixo as notícias na íntegra. Beijos da Feia.

Corpos trocados em Curitiba

Corpos acumulados em freezer

Comissão dos Direitos Humanos confere situação do IML de Curitiba

Beto Richa, governador do PR demite ator de filme erótico

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Essa tem dedo podre!!!

         
          Ontem, (domingo, 3/4/ 2011), eu conversava com a Zeneida, pessoa que conheci através de uma amiga em comum. Papo vai... papo vem... e ela me contava que veio para nossa cidade para “espairecer”. Falou que seu relacionamento está passando por uma crise e narrou as suas 03 histórias de amor, ou melhor, de desamor. Seu primeiro casamento foi um fracasso, seu segundo relacionamento uma "tragédia" e o terceiro, caminha para o abismo. 
          Quando conheceu Clóvis, Zeneida estava saindo do segundo relacionamento. Quando visitava seu irmão que estava no presídio estadual, apaixonara-se perdidamente por um rapaz bem mais jovem, e o relacionamento durara 4 anos. Ao separar-se após uma terrível desilusão, Zeneida viu em Clóvis uma “tábua de salvação”. Clóvis também é mais novo e igualmente era presidiário. Zeneida amparou e ajudou os companheiros como pode, tendo sido, inclusive,  a principal responsável pela saída dos dois da prisão. Três relacionamentos com homens complicados e problemáticos. Parece que tem mulher que procura "sarna pra se coçar". A famosa "dedo podre".
          Clóvis e Zeneida se casaram há mais ou menos um ano e o relacionamento já dura 10 anos. Ela tem sofrido desde que ele está em liberdade, pois como ficou mais de uma década enclausurado, quer recuperar no tempo perdido, se envolvendo com muitas mulheres, num desrespeito acintoso à esposa.
          Sei que você deve estar se perguntando: Como é a Zeneida? Ela é bonita, inteligente, simpática, falante, culta (tem 2 faculdades) e independente, tendo um salário muito bom, diga-se de passagem. Aí outras perguntas surgem? O que leva uma mulher com tantas qualidades a procurar relacionamentos tão confusos e descompensatórios? O que a impulsiona a procurar homens em situação de extrema necessidade, os “adotar” e contentar-se com um retorno tão ínfimo? Será que ela tem buscado um relacionamento parecido com o que tem com os filhos? Aquela relação de ser a provedora? Será que quer ser a protetora dos parceiros ou gosta mesmo de sofrer? Passei a tarde me fazendo essas e tantas outras perguntas e não consegui chegar a nenhuma resposta plausível para o comportamento tão, digamos “destrutivo” da Zeneida, que ao meu ver, não se ama. Se ela não se ama, como pode querer o amor de outras pessoas?
          Na minha opinião, essa mulher poderia estar bem feliz sozinha, antes só... Vejo Zeneida como mais um daqueles casos clássicos de falta de amor próprio. Pessoas que se sujeitam a dar muito e receber pouco, ou quase nada. Fiquei penalizada com a situação da moça e a aconselhei a procurar um apoio terapêutico. Tenho certeza que um bom profissional irá ajudá-la a se conhecer melhor, entender e lidar com suas emoções e principalmente, aumentar sua auto estima e quem sabe assim, só assim, Zeneida consiga olhar para dentro de si e ver a mulher maravilhosa que é. Espero que um dia ela consiga enxergar que pode ser a melhor companhia para ela própria.

          Beijos da Lu e não esqueçam de deixar seus comentários.



* Zeneida e Clóvis são nomes fictícios usados para preservar a verdadeira identidade dos envolvidos.