segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

COMEÇANDO O "FIM DE ANO"

Quando o ano vai chegando ao fim, começa tudo de novo... reuniões, festinhas e aquelas confraternizações “chatérrimas” onde a falsidade impera. Talvez eu esteja até sendo muito radical, pode ser que no fundo, algumas pessoas queiram realmente mudar, sabe aquele lance de fim de ano, de renovação interior, de novas idéias, blá..blá...blá...Sei bem como é, escrevi sobre isso no ano passado e de lá pra cá não vi nenhuma alteração no comportamento das pessoas. Beijinhos falsos, elogios desnecessários, presentes dados com pena de gastar e muitos comprados por mera e pura obrigação... pior que tem gente que tem a cara de pau de ir em instituições e em lugares onde moram pessoas carentes para prestar “solidariedade natalina”. Pessoas que dão aquelas cestinhas básicas “mixas”, roupas que, muitas vezes, estão em estado tão deplorável que ninguém vai ter coragem de usar e por aí vai. Tem pessoas que são tão hipócritas e dissimuladas, que teem a coragem de dar “beijinhos” em pessoas que odeia! Affff.... detesto isso! Mudando de assunto... estou me preparando para a viagem de férias. Ufa! Até que enfim! Esse ano as férias serão especiais: viajaremos todos. Nem me lembro qual foi a última viagem que fizemos todos juntos. Espero que corra tudo de acordo com o que eu estou imaginando: muita paz, saúde e acima de tudo, muito amor. Sou do tipo que considera o amor a mola mestra de tudo, confesso que às vezes fico um pouco decepcionada com as pessoas que amo, mas isso não impede meu “coraçãozinho” de continuar a bater por elas. Acho que vou ter muitas coisas para escrever sobre as férias, vamos passear em Curitiba, Floripa e “Belzonte”, serão encontros com amigos e com familiares... sabe aqueles almoços infindáveis que muitas vezes acabam em "deliciosas" confusões? Lembranças de infância que batem à porta... ti ti ti... teretetê...e afins!E dê-lhe assunto para o blog...*risos... Manterei contato. Prometooooo!!!! Beijos queridas (os).

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Que saudade de vocês!

Nossaaaaa! Eu estava morrendo de saudade do Feia e de vocês. Juro! Não pense que a minha inspiração acabou, felizmente, a minha criatividade é inesgotável. Não pense também que não está acontecendo nada na minha vida... as coisas acontecem a todo momento. As novidades pululam. O que acontece mesmo é falta de tempo ou melhor... tenho gasto meu tempo com outras coisas. Muitas vezes tenho idéias fantásticas e se não as coloco na hora no papel, elas se vão da mesma maneira que vem: como num passe de mágica. Tenho andado um tanto cansada também. Voltei para as conciliações e agora tenho mais uma atividade: coordenar a central de mandados na parte da tarde. Nada complicado mas que somando tudo, dá uma canseirinha. Ultimamente, meus finais de semana também estão sendo bem movimentados, as lojas estão me chamando pelo nome. Dei um “up” na casa: A sala foi pintada e ganhou um jogo estofado e rack novo. Meu quarto ganhou um lindo guarda roupas e o banheiro um espelho com prateleiras e objetos nas cores preto, branco e cinza. Uma graça. Meu quarto e a sala ganharam lindas cortinas e os quartos dos meninos, simpáticas persianas azuis. Ainda faltam algumas coisas... este final de semana quero comprar os novos armários para a cozinha e quem sabe... trocar o fogão. Como podem ver... estou animada! As férias estão chegando. Já estou com as passagens compradas para Curitiba. Vamos no dia 22. A família toda. Que festa! Já reservamos pousada em Florianópolis e vamos para BH provavelmente dia 06 de janeiro. Vou estar de férias também. Meu recesso forense começa dia 16/12 e emenda com as minhas férias que começam dia 07/01 e vão até o início de fevereiro. Um espetáculo!! Viu como está acontecendo um monte de coisas? Sem contar aquelas confraternizações chatas das quais não participo, aquelas festinhas de amigos secretos e inimigos mais secretos ainda... *risos. Fujo delas tal qual o diabo da cruz! Quinta feira, dia 16, estou indo para Macapá e no final de semana já estarei no Flexal pescando! Ah... essa é a grande novidade: descobri o prazer de pescar e as experiências que tenho vivido estão sendo simplesmente transformadoras em mim. Vou contar isso depois TIM TIM por TIM TIM. PROMETO! Por isso não tenho escrito nos finais de semana, fora as lojas, o mato e os rios teem me seqüestrado! Vem aí mais um capítulo das aventuras da Feia. Me aguardem!!! Beijos.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Mente que nem sente!! *Síndrome de Pinóquio*


No dia das eleições em conversava com a Bianca, uma pessoa bem legal que conheci e que mora em Belém. Falávamos sobre pessoas que cultivam o hábito, muito feio por sinal, de mentir. Citei alguns exemplos e ela outros. Fiquei pensando no assunto por alguns minutos e depois, ocupada com a eleição, acabei esquecendo. Hoje, a conversa me voltou à memória e relembrei mentirosos habituais que conheci e que conheço. Quando eu tinha uns 14 anos, tive uma amiga, a Fátima, que vivia num mundo que ela mesma criou. No “mundinho” dela tudo era maravilhoso. Ela tinha tudo ou quase tudo que eu e a maioria das meninas só víamos pela TV, mas ela nunca levava as novidades para a escola, alegava que sua mãe a impedia de usar suas roupas e calçados maravilhosos para não “humilhar” as coleguinhas. Quanto aos objetos maravilhosos e jóias, a desculpa era o medo de perder ou ser roubada. Sua família, segundo ela, era sócia do Clube de Praia Santa Mônica, quem mora no Paraná sabe que esse clube é freqüentado apenas pela “nata” da sociedade paranaense. Perguntei a ela uma vez, porque se era tão bem relacionada e tinha tanto dinheiro, tinha que estudar em escola pública com um monte de gente “pobre” como eu. A resposta veio fácil: Ela dizia que seus pais conversavam sobre isso com ela e que explicavam que ela precisava estudar em um colégio de gente humilde para dar valor aos estudos. Nossa! Achei aquilo fantástico. A minha amiguinha além de ser de uma família rica, ainda era “nobre” de caráter e de sentimentos. Nunca íamos à sua casa, ela não convidava e sempre que eu ou as outras meninas perguntávamos onde morava, ela sempre saía pela “tangente” inventando sempre lugares diferentes e colocando inúmeras dificuldades para informar o endereço. Esse ponto foi o que mais nos chamou a atenção e então bolamos um plano: Íamos seguir a “danadinha” e descobrir onde era seu “esconderijo”. E assim foi. Descobrimos onde ela morava: uma casinha pequena, humilde, sem cor, em um bairro de pessoas carentes, ou seja, uma casa bem mais simples que a minha, que apesar de ser uma casa modesta, era grande, bonita, bem cuidada e muito bem localizada em Paranaguá. Então, fizemos mais... Numa manhã de sábado, eu e mais duas coleguinhas, “matamos” à aula de educação física e enquanto a Fátima estava na escola, fomos à sua casa com a desculpa de procurá-la e pedir um caderno emprestado. Adolescentes podem ser más e eu reconheço que nós agimos com uma maldade disfarçada de bondade. Na realidade, achávamos que a ajudaríamos de certa maneira e então, conversamos com sua mãe e contamos como ela mentia na escola. A mãe da Fátima não demonstrou surpresa, disse que já sabia que a filha tinha esse “mal costume”, que conversava com ela, que já tinha inclusive batido em sua boca mas que não tinha jeito.Hoje entendo que ela era uma pessoa doente, não suportava a vida que levava e sonhava. E mentia. E inventava. Falava com tanta propriedade, que eu tenho certeza que ela mesma não sabia mais discernir o que era mentira e o que era verdade. Aliás, esse é o diagnóstico de uma pessoa que tem Mitomania, ou Síndrome de Pinóquio. Ela Mentia tanto que já acreditava naquilo que sua mente “doente” criava. Nós a desmascaramos na escola, ela chorou e ficou muito triste por alguns dias. Mas a vergonha durou pouco e logo estava ela mentindo de novo. Hoje passados tantos anos, me deparo às vezes com pessoas com o comportamento idêntico ao da Fátima. Não estou falando de todos nós, que quer queira, quer não... mentimos de vez em quando. Você não mente nunca? Já mentiu!! Estou falando daquelas pessoas que mentem para se livrar de uma situação, para ajudar alguém, para resolver algum problema... acho que nada justifica a mentira, falo dos doentes mesmo. Hoje, que nada mais me surpreende, vejo com muita “piedade” pessoas assim. Sei que precisam de ajuda profissional, até porque, uma pessoa que mente com a cara “mais deslavada”, com mentiras homéricas, com fatos absurdos e exagerados e imagina que você é ingênuo a ponto de acreditar em tudo que ela fala, só pode ser “doente ” mesmo. Já sei... Agora quando ouvir uma pessoa mentir dessa forma e desde que eu tenha certeza absoluta que a “criatura” está mentindo... Vou dizer apenas uma coisa: Vai te tratar, owww....!!! Beijocas da Feia.



*Fátima é um nome Fictício.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Meu candidato perdeu. E agora? (em fase de correções)

E agora nada. A eleição no Brasil acabou. Felizmente, porque estava causando um prejuízo enorme ao erário público, afinal,  as coisas ficam “meio” suspensas durante pleito. O Congresso fica estagnado,  os estados “engessam” seus projetos essenciais, já que seus governantes se lançam de cabeça nas campanhas. A desesperada tentativa de eleger um sucessor é algo surpreendente, o presidente Lula que o diga. Nessa campanha pudemos observar que, mais do que presidente, Lula é um verdadeiro e nato cabo eleitoral. Deixou de ser governante para trabalhar duro em prol da campanha da sua sucessora, pedindo voto "de porta em porta". É lastimável que uma pessoa se “agarre ao osso” dessa maneira. Mas enfim, sabemos que é assim mesmo, quem tem o poder não quer deixá-lo em hipótese alguma. Seu intento deu certo, a sujeira vai ficar "embaixo do tapete" por um bom tempo. A candidata Dilma ganhou e fez um discurso digno de uma grande administradora, de uma pessoa que não guarda rancores e que tem um coração maior que ela. Ao ouvir as "doces" palavras da presidenta, quase traí minhas convicções e me rendi às suas “meigas” palavras. Mas minhas “restrições” ao governo vigente não podem ser tão pequenas a ponto de se renderem à meia dúzia de palavras escritas por pessoas especialistas em discursos. Infelizmente, só há lugar para um vencedor. Imagine como seria se um dia, em uma eleição igual a essa, aquele que estivesse a frente nas pesquisas chamasse o segundo colocado e dissesse: “Olha... venha! Vamos governar juntos. Vou ser presidente e você, sendo uma pessoa com tanto preparo quanto eu, será meu braço direito. Vamos fazer um governo livre de amarras partidárias, um governo cujo único objetivo é sanar os problemas da população. Meu Deus! Como eu sou inocente em ter pensamentos como esse! É só uma idéia, mas imagine se todos os homens pudesses ter esse tipo de entendimento político. Impossível, os homens brigam até mesmo dentro dos seus próprios partidos pelo “cetro” do poder. Não é que a Dilma já queria dar o “chapéu” no Michel Temer? O PT tentou “limar” o vice da organização do governo, mas acabou “dançando”. É queridos... Quem deve tem que pagar! Política é isso aí: Uma troca  de “gentilezas” e “favorzinhos meigos”, se é que vocês me entendem. Mas isso são coisas dos correligionários do PT, que querem centralizar as ações governamentais. Mas... eu enquanto povo, tenho uma visão totalmente democrática quanto aos escolhidos: penso que se eles foram eleitos, foi respeitada a vontade do povo e essa escolha é sagrada! Apesar da Dilma ser atéia, acredito que Deus permitiu que ela chegasse onde chegou. E se Deus a escolheu, quem sou eu para discutir a vontade divina? Ela foi escolhida também por uma nação, não podemos lutar contra toda uma maioria, então, acho que a melhor maneira de ajudar o país, é colaborar com os vencedores. Nada de ficar criticando antes de ver resultados, nada de fazer oposição cerrada àquilo que ainda não conseguiu mostrar a que veio. Eu espero, de coração que tanto a Dilma quanto o Camilo, que foi eleito nosso governador, possam governar com a sabedoria dos grandes. Que sejam honestos e que pensem sempre no bem da coletividade. As eleições acabaram, chega de programas que “interferem” na nossa programação, que invadem nossas casas com um festival de baixarias, que ensinam nossas crianças que “disputar um pleito” é sinônimo de troca de insultos e acusações, chega de políticos abandonando o Congresso e o Senado e até o Palácio do Planalto para servirem de cabos eleitorais. Chega de projetos “empacados” e de descaso com os problemas mais proeminentes do nosso povo. Chega de “politiqueiros”, de pessoas que só entendem política como meio para enriquecimento ilícito. Vamos aguardar o decorrer dos dias para ver o que acontece. Até lá, o jeito é pedir para Deus, o que é o meu caso, e se por acaso você acredita em outros santos, rogar a todos para que intercedam por nós dando discernimento e “honestidade” aos políticos. Amém. Detalhe importante: No segundo item, tem que pedir pra “santarada” um milagre e dos bem grandes, diga-se de passagem. *rindo sarcasticamente aqui* Beijos honestíssimos da Feia pra você. Ah...ia esquecendo: FICHA LIMPA JÁ!!!
 

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Não dou conta do recado e daí?


Na sexta feira, dia 22/10, o papo do dia era sobre o pagamento. Uma coleguinha me perguntou: E aí Lú, saiu o pagamento? Imediatamente respondi: E eu lá sei? A pessoa menos indicada para responder essa pergunta sou eu! Ela quis saber porque... Oras colega... nunca sei quanto devo, quanto pago, quanto tenho no banco e pior... se você me perguntar com exatidão quanto eu ganho, responderei que não sei. E não sei mesmo. Nunca sei quanto sai de aumento, quanto veio de férias, de 13º, de nada... A Rosane, maldosa que só, disse que sou inimputável, pessoa com alguma deficiência mental que precisa de ajuda, por isso preciso de alguém para gerir minhas contas. Nada disso “queridinha”. Não tenho a menor paciência para mexer com dinheiro, sei que preciso dele, mas não quero me estressar por ele. Sei por exemplo que não posso me exceder nos gastos, sei que tenho que assumir apenas os compromissos que vou poder honrar e que não devo nunca “dar o passo maior que a perna” e isso eu tenho feito e muito bem, tanto que minhas contas são equilibradas e sempre tenho “algum” para as necessidades. Acho que uma “inimputável” não teria tanta lucidez para controlar os gastos, concorda? E depois, tem coisas que não dou conta mesmo, e daí? Por exemplo: Nunca fiz minha declaração de imposto de renda, nem saberia por onde começar, confesso que tenho dificuldade até para “decifrar” meu extrato bancário, meu gerente que o diga! *risos* Tem coisas que quando alguém me manda fazer, me dá vontade de pedir: Desenha pra mim??? Sempre tentei, mas nunca consegui pintar minhas unhas. Pelo menos não de maneira que ficasse bonito. Não consigo resolver problemas de raciocínio lógico, até que já tentei algumas vezes, mas me aborreço e largo pra lá. Sempre me enrolei toda com o quadrado da hipotenusa. Não consigo manter minha casa totalmente arrumadinha, gosto da minha “bagunça organizada”, onde sempre, ou quase sempre, encontro tudo que preciso. Aliás, as coisas extremamente no lugar me irritam, odeio a obrigatoriedade de ter que usar algo em casa e imediatamente ter que colocar no mesmo lugar. E se eu não quiser? E se eu não estiver a fim? Pois é, gosto de ser livre para, pelo menos dentro da minha casa, fazer as coisas na hora e do jeito que eu quero. Não tenho problema em assumir que não faço determinadas coisas porque não “dou conta”, não tenho porque fingir que sei. Porque iria mentir que não faço porque esqueci? Nada disso... “ Não faço porque não sei, porque não quero aprender e principalmente, por que não preciso fazer.” E daí? Qual o problema se o papel de "burrinha feliz" me cai bem? Definitivamente não tenho aptidão para os números. As exatas sempre me "complicaram" na escola... gosto mesmo das ciências humanas. Lembro que na faculdade, apanhei até da estatística. Odeio controle financeiro!! Eu não me considero uma pessoa das mais consumistas, mas ainda assim, se pudesse, gastaria  indiscriminadamente com presentes, viagens, teatro, cinema, restaurantes, passeios... tudo sem me preocupar com contas, saldos ou extratos. Já pensou se um dia eu ganho sozinha na Mega Sena? Sabe aqueles prêmios astronômicos que você morre e não consegue gastar tudo? Pois é... se um dia isso acontecer, te chamo para me ajudar a gastar, tá?? Beijos da Feia.


domingo, 24 de outubro de 2010

Micos da Lu!! *Em construção*

Quanto mais me esforço, menos entendo as pessoas. Quem dera que isso acontecesse só comigo, né? Eita coisinha complicada esse tal de “ser humano”! Quando pensamos que estamos agradando alguém, a pessoa vem e demonstra que além de você não estar agradando, ainda por cima pode estar “enchendo o saco”. Isso nunca aconteceu com você? Tá bom... vou até fingir que acredito. Comigo já e inúmeras vezes. Só que falo mesmo! Não tenho vergonha de assumir minhas fraquezas, falar dos meus “micos”, reconhecer meus erros e por aí vai. Nem imagino quantas vezes já me senti ridícula, sem chão mesmo, por estar fazendo alguma coisa achando que estava “abafando” e depois... quando eu parava para refletir, estava na verdade, pagando o maior "king kong". Podem até pensar que estou "forçando a barra", exagerando pra tentar ser simpática e engraçadinha... mas sou assim mesmo. Juro!! Tem gente que não me entende...affff.... Esse é o preço da espontaneidade. Eu estava pensando que às vezes, chego a ser até meio “inconveniente” com meu exacerbado senso de humor. Faço brincadeiras de gosto duvidoso, teço alguns comentários desnecessários e solto algumas frases de sentido duplo com tanta naturalidade que consigo fazê-lo e ainda ficar com cara de santa. Tenho um raciocínio rápido e as respostas para tudo sempre estão na "ponta da língua". Claro que a maioria das pessoas admira o bom humor, mas tem gente que "torce o nariz" e me critica "pelas costas" que eu sei. Sabe aquele lance de “perco o amigo mas não perco a piada?” Pois é... o problema é que nem sempre os amigos estão a fim de aguentar uma pessoa que, milagrosamente, está quase sempre de bom humor. Às vezes, eu chego a ficar com raiva de mim. Falo então bem baixinho pra mim mesma: Lu: TRISTE! Lembrei até daquela postagem: os benefícios da tristeza, se você ainda não leu, eu recomendo. Quando vejo alguém muito triste ou mal humorado, chego a sentir um pouquinho de culpa por estar esbanjando alegria e claro, tento me conter ao máximo e disfarçar minha satisfação diante da vida. Isso quer dizer que não tenho problemas? Absolutamente NÃO. Tenho problemas e das mais diversas naturezas, mas não vejo porque deixá-los aflorar. Não existe necessidade de contaminar as pessoas com coisas que são só minhas. Odeio quando percebo que alguém quer descontar “no mundo” as suas frustrações. Incrível, mas seres assim fazem questão de pisar, humilhar e mostrar, inconscientemente o quanto invejam as pessoas “normalmente” felizes. Não sei nem quantas vezes já falei desse “tipinho”, né? Mas fazer o que se essas pessoas se multiplicam tal qual coelhos? O que eu posso fazer se “quanto mais a gente reza, mais assombração aparece?” *risos* Sobre o que eu falava mesmo? Ah lembrei... sobre meu jeito de ser “expansiva” demais! Juro que não é maldade... tem “danadices” que quando percebo, já fiz! Vivo dando “foras”... Cometendo "gafes"... Colecionando miquinhos. Olha essa: Uma noite quando cheguei em casa de viagem, minha vizinha estava dando uma festa e fui recebida com gritos esfuziantes pelos convidados dela que aliás, já estavam "altinhos"... Quando avistei seu filho, fui logo perguntando, e aí “fulano”... tudo bem? Cade a namorada bonitona? Se deu bem, heim??? Nesse momento todo mundo ficou calado... ele com um “sorriso amarelo” falou baixinho: Não sei da "fulana", a “cicrana” tá lá dentro. A “cicrana” era a ex-mulher com quem ele havia reatado. Além de tudo... ainda sou desinformada...*rindo muito aqui* O amigo dele ainda falou: a gente que bebe e ela que fica “porre”!! Fiquei com “cara de tacho”, mas sem perder o rebolado retruquei: “Fazer o que se você separa na segunda, arruma namorada na terça e na quarta já volta com a ex? A culpa não é minha... você que distribui a senha rápido demais. Todos concordaram e tudo acabou em uma grande gargalhada. Ainda bem que a ex estava na cozinha e lá permaneceu, senão o tempo poderia ter fechado no “pedaço”. Encerrei o assunto com uma frase célebre: “Eu e minha boca grande!!!!” Beijos da Feia.


terça-feira, 19 de outubro de 2010

Mataram o Saulo. Que bom!


Pois é... já postei sobre as pessoas más antes. O Saulo (Werner Shunemann) é uma ficção da novela Passione, da Rede Globo, mas poderia ser verdade. Quantos “Saulos” existem por aí? Quanta gente existe fazendo maldades sem se importar com sentimentos, com pessoas ou com vidas? Pois é... gente assim, uma hora acha o “seu”. A arte imita a vida ou a vida imita a arte? Não sei. Ninguém sabe. A verdade é que, no caso do Saulo, o facínora tinha tantos inimigos que o mistério está lançado: Quem fez a “caridade” de matar o Saulo? Sei que tem gente que vai me criticar... mas é verdade! Vocês sabem que sou sincera! Tem pessoas para as quais a morte é o mínimo que eles merecem. Claro que não acho certo que a justiça seja feita pelas próprias mãos, mas estamos falando de um personagem imaginário e que estou apenas conjecturando sobre as semelhanças entre as pessoas de “carne e osso” e as pessoas criadas pelas mentes brilhantes dos escritores. Agora vamos aos suspeitos... Suspeito nº. 01: a esposa. Adúltera. Condená-la? Nem pensar! O marido era uma “peste”, não que isso justifique as tardes “calientes” que ela passava nos braços de alguns “eros” maravilhosos, mas ser casada forçosamente com um crápula e sofrer investidas perversas o tempo todo, espancamentos e ainda ver os filhos constantemente humilhados pelo pai é muito complicado. Suspeito nº 2: O amante. Um jovem bonito que se apaixona por uma mulher mais velha e complicadamente comprometida com o “monstro” em questão e pra piorar, se envolve com a filha dele também e se tudo isso ainda não bastasse, por acidente, o Saulo ainda é seu tio. Isso até lembra dos “desencontros” da vida de Édipo. Seria o irmão "tarado" chantageado? A lista de suspeitos é tão grande, que por enquanto está impossível de desvendar o quebra-cabeças. Daqui alguns dias farei minha aposta. Por enquanto, quero ficar observando a novela e fazendo as comparações com meu dia a dia. Conheço alguns protótipos de “Saulo”. Conheço algumas do modelito “esposa dedicada”, que tem coragem de se “enfiar” em lençóis alheios e ainda consegue fazer cara de assustada e ofendida quando o assunto é infidelidade. Conheço jovens bonitões que se aproveitam de mulheres infelizes e mal amadas, que muitas vezes, pela carência, se entregam a desvairadas aventuras, quase sempre pagando um preço bem alto por algumas horas de prazer. Já conheci alguns funcionários tipo o Noronha, que sofreram perseguições tão ferrenhas, que acabaram nutrindo um ódio exasperado dos seus chefes que seriam capazes de dar “cabo” das suas existências. E “Freds” então? Existem às pencas! Homens que fariam qualquer coisa por poder ou por vingança. O ser humano é assim, quando sente o sabor do poder, teme em perdê-lo. Sabe que mandar é bom, que ser respeitado como aquele que “é” tem sempre um gostinho de quero mais. Agora eu te faço uma pergunta: Será que existe alguém tão perverso quanto os vilões de novela? Creio que só os psicopatas. Esses vilões tipo “Saulo” são planejados para serem extremamente maus. As vilanias novelescas parecem que não tem fim, a impressão que dá é que os maus sempre são maus, assim como os bons sempre são bons. Não acredito nisso. Os “Saulos” puramente ditos, não existem, porque dentro de cada um, tem uma porção dos dois sentimentos, e os maus que conhecemos, são pessoas que cultivam mais o seu lado “negro” de ser. Eu, por exemplo, de vez em quando mato um “Saulo”. Não da maneira que você está pensando, Deus me livre! Mato as pessoas que deixo de gostar ou as pessoas que “merecem” porém de maneira simbólica. Elas simplesmente deixam de existir pra mim. Eu as ignoro. Desprezo. Ajo como se elas não existissem no planeta terra, ou pior, as vejo como se fossem espíritos que vagam por aqui. Sou a adversária mais leal que existe, sempre deixo muito claro meus sentimentos. Não sei fingir. Se não gosto, a pessoa logo sente e tem a oportunidade de se afastar de mim. Não fico de falsidade, de risinhos, de conversinhas, nada disso. Se muito, dou um bom dia ou boa tarde e olhe lá... dependendo da situação, nem isso. Para que desperdiçar palavras com mortos? Infeliz ou felizmente sou assim. Já confessei esse meu pecado terrível antes no blog. Sei que o rancor e mágoa não são sentimentos cultiváveis, e sinceramente, tenho me esforçado muito para mudar isso, mas até agora... continuo acumulando “cadáveres” na trajetória da minha vida... Esse mês mesmo tem mais dois “presuntos” para a coleção...ainda bem que meu “cemitério” é bem grandinho... *risos Voltando ao “maledito” do Saulo... está lançada a grande celeuma nacional: Quem matou o pestilento? Quem essa fez essa “caridade”? Quem foi a “alma generosa”? Lá vem você pensar que sou “mazinha”... Ai! Ai! Ai! Você sabe que só tenho esses pensamentos “mauzinhos” quando estou de TPM. E estou? Sei lá. Beijos da Feia.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Levei uma "raquetada"!

Não... você não está "vendo coisas"... é isso mesmo que você está lendo: Levei uma raquetada! Se já era feia, fiquei ainda pior. Calma! Eu explico: Dia desses eu perguntei a um colega como eu deveria proceder para encaminhar uma sugestão para um determinado “diretor”. Sabe aquele “estalo” que você tem e acha que é simplesmente ma-ra-vi-lho-so? A idéia do século? Pois é... foi algo mais ou menos assim. Poxa! Que culpa tenho eu se a minha cabeça é uma maquininha de fabricar “pitacos”? O coleguinha me deu a dica: Eu faço assim: mando para “cicrano” que se achar que a idéia é realmente boa, manda pra “fulano”. Ainda frisou: tem dado certo. E assim eu fiz. Achei que a reposta ia demorar, mas veio no mesmo dia e qual não foi a minha surpresa, quando abri o email, tinha a resposta mais dura que eu li nos últimos meses, e olha lá se não for a dos últimos anos. Me senti engessada. Imaginei alguém enfiando uma bola de papel bem grande pela minha "goela" abaixo. Bola feita de papel higiênico, claro! (Olha meu lado dramático aí genteeee..!). Creiam, eu fiquei atônita e quase não cria no que meus olhos liam! Confesso que chorei. Que novidade! (todo mundo sabe que choro por qualquer coisa, né?) *risos* Mas é verdade! Não consegui segurar uma lágrima atrevida que ousou libertar-se dos meus olhos. Talvez porque eu já estivesse fragilizada por outro problema que estava me afligindo naquele instante e a tristeza veio então em dose dupla. Normal. Eu chorar até que é normal. Anormal mesmo é uma pessoa reagir da maneira que a pessoa reagiu às minha sugestões. Como adoro escrever e sei que existem várias outras pessoas que também gostam, imaginei que, talvez a instituição pudesse fazer uma seleção de contos e crônicas e publicar um livro futuramente. Imagine que interessante... uma atitude digna de grandes administradores, que se preocupam em estimular a criação cultural dos seus subordinados. Mas essa sugestão sequer foi apreciada. A outra, que prefiro não comentar, essa sim... veio com uma resposta de impacto devastador, um impacto tão grande que senti como se estivesse levando uma “raquetada” na cara, literalmente falando. Você lembra de uma novela em que o ator, um bonitão de olhos azuis profundos cobria de “porrada” a mulher com uma raquete? Então, me senti exatamente assim. Não sei porque a resposta veio tão dura. Fiquei estática! sem ter palavras para responder, a única coisa que meus dedos conseguiram digitar foi: “desculpe”. Mais nada. Ainda não sei porque me desculpei, talvez por ter nascido. Talvez porque traduzi a mensagem assim: "Prezada Senhora: Vá trabalhar. Pare de "ter idéias", porque já existem pessoas importantes, bem melhores que você fazendo isso! Recolha-se à sua insignificância". Juro que não tinha nenhuma palavra ofensiva, abusiva ou deselegante. Muito pelo contrário, procurei colocar-me de maneira mais delicada possível. Minha única intenção era mesmo colaborar. O colega, o tal que me aconselhou ainda disse: boas idéias sempre são bem vindas. Sei! Eu vi! Claro que não se pode saber se a sugestão é boa, se ela não passar por um crivo, não é? Se alguém me apresentar qualquer sugestão no meu trabalho, vou avaliar os prós e contras. Se for relevante, claro que vou aproveitar; caso não, vou educadamente agradecer e deixar claro para a pessoa que, com mais tempo voltarei a analisar e quem sabe, utilizar partes da idéia, acrescendo o que for preciso para um melhor resultado ou descartar totalmente, caso não me interesse, mas sempre com muita educação e cuidado para não “magoar” o colaborador. Talvez a pessoa em questão estivesse estressada, cansada ou quem sabe, leu minha sugestão “armado até os dentes", como diz minha mãe. Talvez tenha interpretado como uma crítica ao que já existe. Tem pessoas que, infelizmente, conseguem traduzir em maldade tudo o que acontece e isso as cega para as boas intenções. Sou do tipo que admira e exalta as pessoas de boa vontade, pessoas colaboradoras, que conhecem o seu papel na humanidade e se vê como parte de uma engrenagem, parte pequena, mas que move um grande sistema. Penso assim. Busco a cada dia ser assim: util,. Solícita, prestativa e de voluntariedade plena. Não tenho a mínima idéia do que aconteceu... so sei que aconteceu e que fiquei muito triste, chateada mesmo. Mas passa... eu sei. Sempre passa. Uma coisa eu decidi (vai vendo!): Tão cedo não dou sugestão nem para que uma vassoura seja mudada de lugar e digo mais... se alguém depender de sugestão minha para continuar vivendo, sinto muito, compre seu "caixotinho" e pode ir se despedindo do planeta terra porque vai fazer a grande viagem mesmo. Meu coração está em pedaços, adoro esse meu lado exagerado, estou até pensando em imprimir o diálogo e pendurar na parede... quem sabe seja útil de alguma maneira para meus filhos, netos, bisneto e toda a minha descendência. Quero ter certeza que eles nunca vão ter que passar por uma situação dessas! Meu conselho: Filhos, fechem suas bocas. Não pensem. Não criem. E principalmente: Não apresentem sugestões! Como me conheço muito bem... Digo isso agora... Mas tenho certeza que daqui alguns dias sararei por completo e esquecerei da “raquetada”. Já to até vendo: Lá vou eu de novo me “meter” onde não sou chamada e acabar colocando minha colherzinha na panela dos outros. Não esqueçam nunca que além de feia, pobre e burra... sou criativa, "destemida" e o que é pior: enxerida também! *morrendo de rir*. Beijos amores.


Ah... ia esquecendo: O Saulo morreu! aguarde a próxima postagem

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

TENHO UM GUARDA-CHUVA

Olá povo!
A postagem de hoje é do meu amigo Sebastião Grégio. Adorei a leveza do texto, mesmo com o entremeio de problemas, venturas e desventuras do personagem, das quais a maior e a mais sofrida, na minha opinião, é justamente a situação do seu time no campeonato, já que é um fato que independe da sua vontade e diante do qual, decididamente, não pode fazer nada, a não ser esperar o próximo campeonato. Que nem eu...*risos*
Quanto ao resto, tudo se ajeita. Né?
 


Tenho um guarda-chuva (Sebastião Grégio)
 
_ “Sacripanta, demagogo!”
Foi sacudido por uma chuva de adjetivos que julgava não tê-los.
A imagem da TV, onde assistia ao jogo de futebol de seu time preferido desapareceu de suas vistas.
Ajeitou-se no sofá e ficou ouvindo a patroa despejar a enxurrada de mágoas que guardara depois de tanto tempo juntos. Ela foi desfilando seu rosário de histórias do antes e do depois de conhecê-lo, entremeada, ora por raiva, ora por elogios.
Tempestade e bonança ao mesmo tempo.
Minutos intermináveis para quem ouvia surpreso uma realidade que achava não ser aquela, seguramente não era sua história.
Raios e trovões...
Vá lá entender o gênero humano, esse animal tão (ir)racional, quando quer mudar o tempo.
Sua vida iria dar uma guinada radical.
Desempregado e descasado ao mesmo tempo. Céu e inferno ou o contrário.
Recomeçar na sua idade poderia ser chuva de granizo em canteiro de hortaliças.
E a patroa ali, na frente da TV, despejando seu discurso interminável qual chuva de verão.
Assim como iniciou, terminou. Chispou da sala deixando uma névoa de preocupações no atônito marido.
Recomeçar...
Por onde? Numa idade em que a maioria já está procurando a instabilidade de uma aposentadoria e a pseudo tranqüilidade da terceira (argh!) idade, ele iria recomeçar.
Procurou absorver o impacto do meteorito vociferante.
Olhou para além do jogo que passava. Havia nuvens no céu que anunciavam um sol regenerador.
O tempo se encarregaria das cicatrizes. Podiam até demorar, mas ele tinha a certeza da bonança futura.
Afinal a chuva tempera suor e lágrimas e também a terra para as novas sementes germinarem. E viriam flores multicoloridas e sorridentes.
Sabia dos erros de sua vida, mas sua retidão de caráter, seu amor aos filhos e tudo ao seu redor, não podiam ser avaliados por uma descarga intempestiva.
O tempo se encarregaria de mostrar suas razões.
Olhou para seu guarda-chuva dependurado e disse a si mesmo, com firmeza:
_ “Amanhã recomeço!”
Na TV, final da partida. Seu time perdera o jogo e o campeonato.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Quem tem "medinho" de assumir que tem medo?

Tenho medo de aranha. Tenho uma teoria, seria isso? Não sei. Tenho uma idéia fixa que, se você tentar e não conseguir matar uma aranha, ela vem e tenta se vingar de você. Sei disso. Na minha casa sempre aparecem aranhas grandes. Eu as mato. Às vezes com dificuldade e “muita” luta. Uma vez, comecei uma situação com uma aranha umas 21h e terminei de madrugada. Ela se escondia e depois voltava e aparecia bem perto de mim. Juro! Eu tinha certeza que ela queria se vingar por eu estar “tramando” a sua morte. Mas meus medos não param por aí. Tenho medo de fantasma, assombração e coisas do tipo, até porque, tenho algumas histórias "sinistras" na minha vida com relação a isso. Leia a postagem da casa mal assombrada e entenderá tudo. Meus medos não param aí. Tenho pavor de ficar doente. Tenho horror a altura. Tenho medo de pessoas desequilibradas, é... sabe aqueles malucos que saem atirando ou esfaqueando todo mundo? Só o fato de pensar em ser ferida de arma branca, já me causa arrepios. Então... tenho medo de levar choque elétrico ou anafilático. De acidente de carro, de ônibus, avião, bicicleta ou até mesmo de ser atropelada na rua ou estar andando e "pumba": cair em um buraco e quebrar uma perna! Tenho medo de raios e trovões, e de terremotos, maremotos e afins. Tenho temor das pessoas que odeiam e fofocam, e julgam e condenam. Fico apreensiva quando tenho pesadelos, tenho verdadeiro pânico de que as coisas aconteçam na realidade. Quando eu era criança, tive por muito tempo, medo que um bicho entrasse no meu ouvido e "comesse" meu cérebro. Parece uma coisa comezinha, mas confesso, deslavadamente que passei mais de um ano dormindo com toca para proteger as orelhas. Lembro que certa feita, li um livro de terror, O cemitério, do Stephen King, meu Deus! Fiquei literalmente aterrorizada por muito tempo. Meu cérebro processava o que eu lia e as imagens apareciam na minha frente como um filme. Eu queria dormir com a luz acessa, mas minha mãe ão deixava, falei que estava com medo e ela deu a dica: acende uma vela pro seu anjo da guarda, gostei. Meu anjo também, já que recebeu luz por quase um ano. Decididamente, não posso assistir filmes de terror. Não consigo dormir. Tenho medo da morte. Não do fato de morrer em si, mas daquela coisa: e depois? Para onde vou? Vou? Pois é. Sou assumidamente uma medrosa. Será? Acho que bem no fundo não sou. Sou apenas uma pessoa que não tem medo de falar que tem medo. Que assume que é vulnerável mesmo sendo "corajosa" diante de situações inusitadas. Um ser muito forte que enfrenta situações de risco, mas que ainda conserva um inestimável respeito a uma simples e aparentemente inofensiva barata. Que tem a ousadia de um guerreiro para participar de um esporte de luta, mesmo que com adversários notadamente mais fortes, mas que foge de uma mera contenda. Tenho medo dos políticos inconsequentes que desviam verbas e isso me faz ter medo do hospital público, da segurança pública, de depender um dia de um abrigo de idosos que seja de administração pública. Tenho medo que novamente façamos as escolhas erradas e paguemos caro por isso. E você? Tem medo do que? De quem? Espero sua resposta. Beijos da Feia.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Sou FICHA LIMPA. Bem limpinha!!!

Meu coração anda “meio” apertado esses dias. Assim como imagino que anda o peito de muitos brasileiros conscientes nessa semana. Pois é... as eleições batem à porta e o que vemos? A mesma coisa de sempre: Um bando de candidatos querendo entrar no cenário político para, segundo eles, “fazer” alguma coisa. Pelo menos esse é o discurso. Tem candidato de mais e qualidade de menos. Todos querem uma “boquinha”, ou uma “tetinha”. Querem um “emprego” público sem ter a necessidade de passar em um concurso e principalmente, sem a obrigatoriedade de trabalhar. Quer dizer... obrigados a trabalhar eles são... mas quem disse que depois que assumem o fazem? Agora as promessas são infinitas e cada qual fala mais em palavras que eu, enquanto pessoa íntegra, conheço muito bem e que estão presentes na minha vida: honestidade, dignidade e ética. É... Eu votaria tranquilamente na minha pessoa. Eu confiaria em mim para qualquer cargo eletivo. No caso da presidência, acho que não seria tão cínica como a Dilma, que não tem experiência nenhuma em administração pública, sequer foi vereadora e “num piscar de olhos”, sente-se preparada para mandar num país. Uma pessoa que nunca deve ter ganho uma eleição nem pra síndica de condomínio. Pensando bem... Talvez a experiência seja de menos nessas horas, no fundo, acho que você não precisa saber nada, basta ter uma excelente equipe para comandar, bons assessores e pessoas capacitadas e pronto: Eis um bom governo! Tem ainda aquele governante com equipe medíocre, especialista em roubar e que depois, a única alternativa plausível é dizer “eu não sabia”. Conheço eleitos que tem experiência de sobra, mas se cercam de larápios e incompetentes e a coisa desanda do mesmo jeito. Sendo assim... votaria em mim para presidente também. Presidente ou presidenta? Presidenta soa estranho aos ouvidos, mas se é o correto, então votaria em mim para presidentA. Tenho certeza absoluta que se eleita fosse, não passaria muito tempo no poder. Em pouco tempo seria execrada dos palácios governamentais por não aceitar as “maracutaias” e conchavos aos quais os políticos são obrigados a submeterem-se. Não me corromperia. Não iria roubar dinheiro da merenda das criancinhas e nem usurparia verbas de abrigos dos velhinhos. Me conheço o suficiente para saber que não teria coragem de desviar dinheiro de hospitais, principalmente sabendo que pessoas poderiam perder suas vidas com meu ato. Não deixaria a secretaria de segurança pública desprovida de fundos para combater o mal. Mas... de que mal estamos falando? Vivemos num caos social, onde sabemos que muitas vezes, os criminosos precisam ser analisados em seus atos, pois foram “fabricados” pelo sistema capitalista, egoísta e mesquinho que nós mesmos criamos. Não quero justificar os atos de ninguém, mas tem seres humanos que nunca viram outro lado da vida que não fosse a violência, miséria e discriminação. Tem gente que fecha os olhos para meninas que se prostituem desde 10 anos de idade, de meninos em grandes centros que crescem morando na rua, a mercê de todo tipo de desgraça. De crianças que crescem em lares de alcoólatras, drogados, prostitutas, ladrões, abusadores e muitas vezes, tendo toda essa “tragédia social” junta. Crescem numa circunstância degradante. Mas voltando ao cenário político, me entristece saber que nossa nação vive num total desolamento por saber que, as opções de voto são tão pequenas se analisado o passado dos candidatos. A maioria dos que estão no poder, se aprovada a Lei da Ficha Limpa, ficaria de fora. Quem dera  isso acontecesse! Tem tanta gente envolvida em escândalos, em falcatruas, em grilagem de terra, nepotismo, tráfico de influência, compra de votos, pedofilia, improbidade administrativa e outros mais, que a lista de crimes é interminável, assim como a dos culpados. Daí, ficamos assim... como náufragos a deriva, como órfãos de pais vivos, ou pior: como seres que agonizam e pressentem a presença do abutre, se aproximando lentamente para tomar proveito daquela situação . Assim estamos: “de pés e mãos amarrados”. Olhamos para a direita, para a esquerda e não conseguimos enxergar pessoas de conduta ilibada e de comportamento digno da nossa confiança. Do nosso voto. Eu já fui do tipo que sonha e que tem ideais. Que briga e abriga no peito a esperança de ver um país melhor. Fui do tipo que ambicionava um mundo melhor, com saúde e educação e segurança para todos. Quanta utopia! Hoje me sinto meio “idiota” em ver que muitas pessoas nas quais eu acreditava e nas quais depositava minha inteira confiança, foram as primeiras a me decepcionarem politicamente, roubando e dilapidando o patrimônio público, e pior, destruindo sentimentos nobres que existiam em mim. Eu sei que um “montão” de gente está se sentindo assim hoje. Ainda não consegui definir meus candidatos. Juro! Triste isso, não é? Quando penso que essas pessoas terão uma procuração para agirem em meu nome, sinto um arrepio na espinha e um frio no estômago. É como se eu passasse uma procuração em branco para eles. Isso é delicado... Estou me sentindo apreensiva e preocupada com o nosso futuro. Com o futuro da minha família. Só resta agora elevar aos céus nossas orações... Que Deus tenha piedade da nossa pátria amada mãe gentil e do nosso povo sofrido. Que Ele abençoe e ilumine cada eleitor, para que, juntos possamos colocar pessoas que realmente mereçam a nossa confiança e que venham a fazer o bem para a maioria das pessoas. Que não tenhamos o “dedo podre” de eleger pessoas inescrupulosas que beneficiem apenas aos seus. Vamos esperar e ver o que acontece! Como diz meu pai: “vamos fritar os ovos para ver a gordura que sobra”. Com todos os escândalos que estouraram nas vésperas das eleições, eu só tenho certeza plena e absoluta de uma coisa: Eu sou ficha limpa! Bem limpinha! Beijos da Feia.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Borboletas Meninas

Sexta-feira, quando íamos de carro para Macapá, Rubia, Alessandra, Abud e eu, fomos deliciosamente surpreendidos e presenteados com uma estrada “enfeitada” de borboletas. Borboletas jovens. Meninas. Será que elas podem ser consideradas “adultas” algum dia? Estavam ali... Todas lépidas e faceiras, tal qual crianças. Livres! Um pouco inconsequentes, talvez. Soltas, porém bem unidas. Juntinhas eu diria. Coloridas. Amarelas. Alaranjadas. Brancas. Sem distinção de tamanho ou de coloração. Exemplo perfeito de diversidade e união. Ainda comentei que achava injusto elas viverem tão pouco. Fui corrigida pela Rubia, que me disse que isso depende da espécie, algumas  vivem mais que uma semana, fui pesquisar, confira no  link: http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/infantil/borboletas2.htm . Verá que é verdade, mas mesmo assim acho que as “pobrezinhas” vivem pouco. Mas observei que as "meninas borboletas" são felizes. Voam. Borboleteiam alegres por entre as árvores, se arriscam entre os pássaros predadores e se jogam em frente aos carros como numa roleta russa, sem medo, sem preocupações e sem se importarem com as “Normas de Segurança do Código das Borboletas”, isso é, se existe algo assim no mundo delas. Deveria haver, algumas no afã de se divertirem morrem atropeladas. No fundo, eu acho que elas não se preocupam se vão viver apenas alguns dias ou uma ou duas semanas, apenas VIVEM. Acredito que não se lamentam, não criticam ao Criador e nem ficam contando os minutos de vida que ainda lhes restam, fazendo planos disso ou daquilo. Sabem que precisam procriar e assim sendo, vão à luta. Pensei que deveríamos ser mais “borboletas”. Irresponsáveis? Não. Felizes. "Desencanados". Mais leves. Menos preocupados com o amanhã, com o que vamos comer ou vestir. Isso é bíblico. Em uma passagem, Cristo critica o excesso de preocupação com coisas materiais. Ele fala que, se o Pai veste os lírios do campo e alimenta os pássaros que nem trabalham, imagine o que faz por nós! Então... que tal se a partir de hoje pensássemos na nossa vida tendo como exemplo as borboletinhas? Não que você tenha que sair por aí serelepe vivendo irresponsavelmente, nada disso! Estou falando em viver sem preconceitos. Viver numa miscelânea harmoniosa que pode fazer a diferença entre a paz e guerra. Viver tranquilos e sem se incomodar tanto com os problemas que, na maioria das vezes, não existem, e se existem, foram criados por nós mesmos, sem contar que, algumas vezes, estão somente na nossa cabeça. Quantas vezes temos problemas ínfimos e os transformamos em gigantescos “dragões”? Quantas vezes nos tornamos “quixotescos” porém sem a coragem do Cavalheiro Andante? Sim, porque se tem algo que sempre vou admirar em meu herói preferido é a capacidade de ter enfrentado seus medos, seus “moinhos de vento” com galhardia e acima de tudo, por ter mantido intacta sua autoestima, que sempre o projetava como um matador de furiosas e perigosas feras. Nossos medos e problemas precisam ser encarados de frente. Nada de protelar, de “empurrrar com a barriga”. Imagine se as borboletas fossem deixar de voar, de viver e de procriar pensando em morrer... Ou se se atormentassem tanto com a existência que tivessem que procurar um analista, os dias passariam, elas iriam embora e não bateriam suas asinhas e o pior, nos privariam das suas "presenças! Pois é... Nossa vida não é tão curta quanto a das borboletas, mas pode não ser tão longeva quanto das tartarugas, então... bata suas asinhas com vontade, com disposição!. Não tenha medo de sair da floresta e arriscar passeios na estrada, mesmo que tenha que enfrentar os perigos que esse ato represente. Não olhe para a cor da borboleta que está ao seu lado. Lembre-se que ela voa como você, respira o mesmo ar e pode ter o mesmo tempo de vida que você. Pense que, assim como observei as borboletinhas que “vagavam” sem a pretensão de serem notadas, tem alguém sempre observando você. Vai que esse alguém escreva sobre a sua vida palavras bem mais expressivas que essas que escrevi para as “borboletas meninas” da estrada do Jari. Pense nisso! Beijos da Feia.


terça-feira, 7 de setembro de 2010

Mais um (duro) teste diário.

Todos os dias somos colocados a prova. Somos testados. Por quem e por que? Não sei. Mas sei que somos. Eu vejo a vida e os acontecimentos do dia a dia como constantes desafios aos quais temos que vencer com paciência, resignação e obstinação. Não adianta exasperação. Nossos testes estão diretamente ligados com nossa temperança e com nosso lado emocional. Ontem, dia 04, fui colocada a prova. Fui tentada a explodir. A “chutar o pau da barraca” mas não o fiz. Juro! Confesso que sofri. Chorei. Não dormi quase nada durante a noite, mas isso fez com que eu refletisse, “esfriasse a cabeça” e finalmente me convencesse de que não valeria a pena “espernear”. Temos que saber a hora de aquietar o coração, de deixar a razão falar mais alto e conter a impulsividade. BINGO! Estou virando gente grande. Se fosse há algum tempo atrás, certamente iria “quebrar o pau”, tirar satisfação, fazer um “auê”. Mas hoje, penso, repenso e chego a conclusão de que, nem sempre vale a pena se estressar, nem sempre as pessoas que estão do lado de fora entendem sua maneira de ser e de agir. É simples ser sereno quando o problema não é conosco. É fácil falar: “nossa, que barraqueira”, “nem pensava que ela fosse tão desequilibrada”, “que baixaria!”. É extremamente descomplicado dar conselhos quando não estamos no olho do furacão. Ontem eu tive um teste. Sabe aquele lance de, sabe a fulana? Pois é... ela disse que cicrana disse que... Assim. Alguém chegou comigo e, não sei se mal intencionado ou não, disse que outra pessoa teria feito um comentário “malicioso” ao meu respeito. Na hora, juro que fingi. Tentei desconversar dizendo: “Que é isso. Você está enganado, acho que você não entendeu o que a pessoa falou e na verdade, ela também está sem entender sobre o comentado. Tentei explicar como a pessoa via as coisas e como as coisas são na verdade. Acho que a pessoa também se fez de “desentendida” e talvez, tenha fingido tanto quanto eu que acreditava na minha súbita calma e serenidade. Por dentro meu sangue fervia. Minha vontade era de telefonar imediatamente para a “candinha” e falar: Inveja mata querida! Daí ponderei: Se eu fizer isso, o que ganho? O que perco? A balança pendeu mais para o prejuízo, então... calei. Não quero me sujar por pouco nem passar atestado de idiota pra ninguém. Depois, comecei a analisar a situação da pessoa em questão... Coitada. Uma pessoa “pequena”, pobre em todos os sentidos e no pior, na educação e na cultura. Ganha pouco. Ganha muito menos que eu. Tem amigos medianos e convive num universo de pessoas e lugares comuns. Dei conta de que, ela fez e talvez continue a fazê-los por pura inveja. Vou relevar. Já relevei. Os comentários são infundados, são levianos e não expressam a realidade, então porque incomodam? Porque sim. Por que não consegui relaxar e esquecer no mesmo instante? Por que não. Simples assim! Não vou mais tocar no assunto. Quero mostrar que passei pelo menos nesse teste. Não vou mais ficar chateada. Não vou mais pensar no assunto. Assunto? Que assunto? Sobre o que mesmo eu estava escrevendo? *risos* Beijos queridos.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Minha outra vida

Já faz algum tempo que quero escrever sobre isso. Hoje, vendo o quanto o tempo passa e o quanto ele inexoravelmente passou para mim, percebo que precisaria de mais de uma vida para conseguir fazer tudo que tenho vontade. Esse texto não tem nada a ver com reencarnação. Na verdade, tem a ver com minhas frustrações, anseios e, principalmente, com coisas que eu queria ou gostaria de ter feito e por algum motivo não fiz. Então fico imaginando como seria se eu pudesse ter outra vida e nela, eu realizar tudo que ficou pendente ou realizar todos os meus desejos. Vamos lá... faz de conta que nasci agora. Já conheço tudo por aqui e tenho que “escolher” tudo o quero fazer. Não quero colocar em ordem cronológica, até porque, não acho que ficou nada pendente da minha infância para trás. Será? Bom... lembro que quando eu era menina, queria ser bailarina e qual menina não sonhou com isso? Nessa outra vida “fictícia”, além de ser bailarina de dança contemporânea, quero ir para o exército, sempre quis isso. Quero saltar de paraquedas, ter uma moto bem grande, quem sabe até participar de MotoCross. Quero patinar. Quero ter daqueles patins que parecem botas. Porque não patinar no gelo? Acho que vou querer praticar mergulho. Pesca submarina. Quero cantar, quase que profissionalmente e quero tocar no mínino dois instrumentos. Vou querer viajar muito. Quero ir a Portugal e quem sabe, dar aquele giro pela Europa. Vou querer ser magra. Extremamente inteligente, quem sabe eu queira ser uma promotora, juíza ou médica. Médica? Não... acho que isso não. Acho que não suportaria ver alguém agonizando ou sofrendo intermináveis dores. Quero dançar. Dança de salão. Quero dançar sempre que possível. Quero correr. Correr muito, todos os dias. Tem algumas coisas que não quero mudar, por exemplo, quero o mesmo marido e os mesmos filhos. Meus pais e irmãos, sei que estarão lá... firmes e fortes. Gostaria de participar do Projeto Rondom e quem sabe até da Cruz Vermelha. Vou escrever uma peça de teatro, dirigir e ser a atriz principal. Quero fazer uma “ponta” em um filme e porque não, uma participação especial em uma novela. Quero ser entrevistada em um talk show famoso, por exemplo, no Jô. Mas mesmo sendo tudo isso, quero ter uma vida simples, andar despreocupada pelas ruas sem ser perturbada por fotógrafos e pelos fãs ávidos por um autógrafo. Quero ter cabelos compridos, brilhantes e sedosos. Quero dentes perfeitos e brancos como um colar de pérolas. Quero a pele alva e macia. Eu sei que tem coisas que eu ainda posso fazer e não quero que ninguém ouse imaginar que não estou satisfeita com a vida que tenho. Estou. Quer dizer... Acho que deveria ter feito mais, como por exemplo, ter me esforçado mais pelas coisas que realmente eu queria. Deveria ter estudado mais. Trabalhado mais. Ter vivido mais. Hoje vejo que os anos passaram e muitas coisas realmente ficaram inacabadas ou pior, nem iniciadas. Sem contar aquelas que ficaram apenas nos meus pensamentos e que se eu tivesse "arregaçado as mangas", poderia ter concretizado e muitos sonhos que poderiam ter sido materializados. Acredito que esse tipo de reflexão é muito comum em pessoas que estão "amadurecendo", pra não dizer "envelhecendo". Deve ser algum tipo de crise de meia idade. Tem algumas coisas que vou "correr atrás", tem outras que vou "tentar" realizar... mas tem umas, que só por Jesus... É só nascendo de novo mesmo... Será que só mais uma vida vai dar para fazer tudo? *Risos* E você? Se pudesse escolher ou mudar, o que faria? Pense e depois me responda. Beijos da Feia.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Pau de fitas, macacos, galhos, amigos e outras cositas mas...


Nesses últimos dias tenho me sentido mais “camaleônica” do que nunca. Não tem nada a ver com disfarces ou simulações, tem a ver mesmo com mudanças, no meu caso, mais especificamente, de pensamento. Às vezes reclamo, mas bem no fundo, adoro essa minha “instabilidade” e capacidade de mudar de idéia sobre alguma coisa com um simples estalar de dedos. Acho que tem a ver com meu signo. Não acredito muito nessas coisas... mas dizem que o virginiano é assim. Sei lá. A Nilda me falou que viu em um programa de TV que, a pessoa que tem a unha do mindinho do pé pequena, vive insatisfeita com tudo... está sempre a procura de motivos para ser infeliz... Minha unha é assim. Será que sou assim? Penso que sim. Enfim... Estava recapitulando minha vida e cheguei a conclusão que nem sempre estou satisfeita com meus relacionamentos afetivos. Quero tudo certinho... perfeitinho... arrumadinho... Tudo como “EU” acho que tem que ser. Então... acabo ficando sozinha, porque essa “relação perfeita” não existe. Nem aqui e nem na China. Fazendo um breve retrospecto das amizades da minha vida, descobri que: nunca pertenci a grupo nenhum. Isso mesmo: NUNCA! Na escola, não fazia parte do time de voley, porque não jogava bem. Não me enquadrava no time das “bagunceiras”, mas também não me sentia a vontade com as “quietinhas”. Não podia ficar com a “turma do fundão” porque as vezes me misturava com as “cdfs”. Não ficava com as muito “beatas” porque amava uns “pecadinhos”. Não andava com as bonitonas, sem comentários. Certa vez recebi um email lindo sobre laços e amizades e fazendo uma analogia ao tal, vejo que sempre fiz e ao mesmo tempo “desfiz” laços. Nunca quis os nós. Os nós às vezes são “cegos”. SUFOCAM. As fitas geralmente são feitas de seda, de cetim... de tecidos finos, lisos... que escorregam... Pelo menos eu vejo assim. Os laços que fiz se desfizeram naturalmente. Alguns, talvez, mais apertados, conseguiram manter-se por um tempo mais longo, mas durara o tempo que tinha que ser. Não posso contar quantas pessoas amigas passaram pela minha vida. Antes de nos fixarmos no Amapá éramos seres “errantes”. Vivíamos nos mudando de cidade em cidade, como ciganos. Nômades. Era difícil estabelecer “laços eternos”. Algumas pessoas até que marcaram a minha vida deixando as fitas com vincos. Mas PASSARAM. Vieram e foram. São assim: Vem e vão. ADEUS. Penso que quero mesmo ser livre das amarras. Quero poder andar com quem quiser, a hora que quiser e do jeito que quiser. Quero não pertencer a grupo nenhum. Quero ter a liberdade de “borboletear” por entre os vários tipos. Balançar minhas fitas alegremente por entre todos. Não quero ser estereotipada e nem rotulada como “fulana da igreja”, “cicrana da escola”, “beltrana do clube”. Sabe aquele lance de “cada macaco no seu galho?” Não quero saber disso também! Nada de dizer que "A" não pode se "misturar" com "B". Quero ser LIVRE. Livre para pular de galho em galho com todos os macacos que me aceitarem nas suas árvores. Uma “macaca” pululante esaltitante. Uma simples “feia-vai-com-as outras” que vai pra onde quer e com quem quer! Não pense que não me apego, oras... você que me lê sempre sabe o quanto sou afetiva e o quanto tenho amor pra dar, bem por isso, talvez seja exatamente esse o ponto “x” da questão: Por que me daria a tão poucos se tenho uma vastidão de sentimentos no peito? Porque limitaria a lotação a 10 se posso hospedar mais de 100 ou até mais de mil no meu imenso coraçãozinho? Sou leal e fiel às pessoas que amo. Não tenha dúvidas disso. Só quero ter vários ombros pra chorar. Quero muitas pessoas me confidenciando seus segredos, até porque, fica até mais fácil esquecê-los. Quero ajudar “centenas de milhares” de pessoas a serem felizes. Quero ter “trocentas” pessoas com as quais eu possa contar. Claro que tem aquele lance do “ e se eu matasse alguém?”, mas você há de convir que são coisas diferentes. Naquele caso falo de “irmão”, de um laço feito de material diferente, feito de ALMA e de SANGUE. Aqui, nossas fitas são mais... esvoaçantes, frágeis, totalmente sujeitas às traças, à poeira e ao tempo. JÁ SEI!! Quero um enorme PAU um DE FITAS! Sabe aqueles das festas juninas? Pois é... Quero um com muitas fitas de todas as cores. Quase as vejo dançando ao som de músicas tradicionais, trançando-se, misturando-se alegremente, colorindo e dando vida ao inanimado pedaço de madeira. Uma GRANDE festa bem COLORIDA! É bem assim que quero minha vida e minhas amizades. Quer ser uma fita dessa festa? Beijos da Feia.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Não sou Má. Só estou de TMP!

Tendência Para Matar? Terrorismo Pré Menstrual? Pode ser... a verdade é que, quando estou de TPM me sinto um verdadeiro bicho. Fico irritada, emotiva e extremamente agressiva. Me seguro ao máximo pra não fazer besteiras. Às vezes fico pensando se todas as mulheres que dizem que tem TPM sentem-se como eu. Tenho vontade de chorar o tempo todo e até as novelas e filmes um pouco mais dramáticos me arrancam copiosas lágrimas. Gostaria de ter uma bolha enorme e entrar dentro. Ficar ali quietinha. Ficar isolada do resto da humanidade. Esquecer que o planeta terra existe. Já não tenho dedos pra contar quantas vezes fiz papel de idiota por causa desta “infeliz” TPM. Coisas do tipo: chorar por motivos fúteis ou diante de uma “discussãozinha” a toa. Ser indelicada e grosseira com estranhos. Brigar em filas de atendimento... Fazer barraco... “dar show” e por aí vai... Já "bati boca" em fila de banco, já atirei celular na parede, já larguei coisas que queria muito comprar porque o caixa estava cheio ou lento e "cositas" do gênero. Sem contar as vezes que já esbravejei no trânsito "recitando" palavras impublicáveis. Pessoas que me conheceram num “desses dias” me acharam arrogante, prepostente, antipática, mal educada e sei lá mais o que... Em casa também a reclamação é geral... sou criticada e me sinto até discriminada por ser mulher e ter esse inconveniente feminino, já que vivo num ambiente totalmente masculino. Acaba que todos os homens da casa ficam de TPM também. Uma vez, um médico me deu um remédio para o controle dessa “coisa”, acho que era algum mineral, Sódio, Selênio, Magnésio...sei lá. Sei que não resolveu nada, até porque eu me sentia hiper mal quando tomava aquilo. Deveria ter me receitado Cicuta. Gostaria que as pessoas me entendessem: Eu não tenho culpa! Alguém sabe de alguma coisa que melhores este estado? Quando estou assim, geralmente extravaso nas caminhadas e corridas. Mas nem sempre dá certo, e ultimamente, nem vontade disso tenho sentido. Juro que tento disfarçar, mas é mais forte que eu. Conto até dez, cem e até mil, mas invariavelmente, acabo “metendo os pés pelas mãos”. Agora, arranjei um paleativo para o mal: sintonizo a rádio no celular e aciono o meu “melhor amigo” dos últimos dias: o fone de ouvidos. Fico na minha. Não quero falar com ninguém. Não quero ouvir ninguém. Quero ficar sozinha. Na minha! Infelizmente, as pessoas que estão mais próximas de mim são as que mais sofrem por serem as mais íntimas e estarem mais suscetíveis aos meus “chiliques”, e àquelas que não me conhecem direito, pensam que sou maluca... como pode uma pessoa tão “pra cima” ficar tão “diferente” em “minutos”? Pois é... nem eu sei. A verdade é que, não estou legal, ganhei alguns “maleditos” quilinhos, não estou dormindo bem, sinto tontura, algumas dores nas pernas, abdome, seios, depressão... *quanta coisa*... e tenho sentido um irresistível desejo de fazer “extravagâncias gastronômicas” o tempo todo. Não se preocupem, vocês não correm riscos... Eu acho! Já agendei uma consulta para a semana que vem com um excelente médico. O “cara” que se vire e me tire dessa! *risos* Até lá, espero sinceramente que meus amigos tenham um pingo de paciência comigo e perdoem minha instabilidade. Não tenho culpa. Eu estou doente! JURO!!! Espero, com o tratamento, estar melhor nos próximos meses com os sintomas da TMP sob controle. Por enquanto... Vou amargando o mal. São 4h27min, perdi o sono antes das 3. É certo que terei um dia daqueles. Estou cheia de idéias e planos, mas infelizmente, com o advento da tensão, fica tudo em standby. Tenho que ficar bem logo... uma pessoa “feia” “pobre” e “burra” até que é suportável, mas uma pessoa mal humorada, rabugenta e chata, nem eu agüento. Beijos.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Tem coisas que o MEU dinheiro não compra. Deve ser porque é pouco!!!


Quando a gente fala isso, logo se pensa em saúde, felicidade, amor, e aqueles outros sentimentos nobres que somente os “merecedores” possuem... não quero ser “estraga prazeres”, mas acho que o dinheiro compra “quase” tudo isso e muito mais. Mas essa discussão é longa demais, utópica demais, complexa demais e de cunho particular demais. Enfim... Não vou entrar nesse mérito, até porque não quero falar de nada disso! Estou falando em coisas materiais mesmo. Aquilo que se pode pegar. E BEM! Deixe-me tentar “dissecar” a idéia... Estava conversando com uma pessoa sobre isso e comentei que queria muito algo que não estava  ao meu alcance, mesmo eu tendo dinheiro. Daí veio a “tal” frase: “tem coisas que o dinheiro não compra.” Arhgg... Me dá até NOJO dessa frase!. Pense bem se isso já não aconteceu com você: Você está em frente a uma vitrine, vê um vestido maravilhoso, olha o preço, você acha caro, mas e daí? você tem o dinheiro. Gosta da cor, do modelo e pensando bem... o “modelito” poderia certamente ser usado por mulheres de qualquer idade, peso e altura. Você entra na loja e pergunta à vendedora se tem um número maior, dá visivelmente pra notar no rosto dela um olhar “malévolo” e um sorriso quase de satisfação ao dizer que, só tem manequim 36. Ou seja: pra você NÃO tem! É como se ela estivesse gritando bem alto: Seu dinheiro NÃO pode comprar esse vestido. Resigne-se ao seu “tamanho”! Outra situação: Imagine que você tem muito dinheiro... mas muito mesmo, suficiente para fazer uma viagem inesquecível mas não tem com quem empreender a tal aventura (problema que eu não tenho, já que não tenho o menor pudor em ter “amizades compradas”. Ou não tinha. E você: vai sozinha? Compra uma “pessoa”? Um “acompanhante” para a viagem? Não sei. Vamos a outro caso:Ops... acho que saí, sem querer, das “coisas materiais”. Continuando... Você ganhou na Mega Sena, sozinho, ganhou muito dinheiro... digamos que alguns milhões, compra um convite “podre de caro” para uma corrida de cavalos em uma hípica famosa e chegando lá, você é totalmente ignorado por todos, afinal... você não faz parte daquele “mundo”. Não é o seu “habitat natural” Seu dinheiro pode comprar tudo menos o “poder”. SERÁ? Creio que esse seja o maior dilema dos emergentes. A pessoa que conversava comigo ainda falou que a Rosane, “ex-senhora Collor de Melo” teria comentado certa vez que preferia o poder ao dinheiro. Talvez ela até esteja certa porque depois que o “maridinho” dela deixou de ser presidente e deixou de ser mesmo o “maridinho” dela, ela sumiu. Dizem estar politicamente ativa, mas não tem mais a expressão nacional que tinha nos tempos idos. Lembro que ela até frequentava a Ilha de Caras e constantemente saía nas capas de revista. Quanta futilidade!. SEI LÁ. Conheço pessoas que não tem aonde “cair viva” quem dirá morta e anda no meio da “alta sociedade” como se fizesse parte daquele “meio”. Gente que come sardinha e arrota salmão. Come mortadela e quer cheirar a presunto de Parma. Conheço também pessoas que tem muito dinheiro e não são convidadas para evento nenhum, isso porque não pertencem à “família A” ou à “família B”, ou seja, tem “grana” mas não têm o “glamour”. Não sei se fico com a frase “*cada macaco no seu galho”* ou “*o sol nasceu pra todos*”, até porque, o sol realmente nasceu pra todos”, mas definitivamente “a sombra apenas para alguns”. Que droga! Porque não podemos ter o que queremos? Por que NÃO! Porque tem pessoas que conseguem tudo que querem? Por que SIM! É assim mesmo, tem algumas perguntas nas quais só cabem essas respostas. E elas satisfazem. SATISFAZEM porque não explicam, mas ainda assim, não te deixam sem resposta. CREDO! Acho que comi algo que me não fez muito bem. Preciso urgentemente de um DIVÃ. Estou com os pensamentos confusos. DIFUSOS. Será? Não! Simplesmente quero algo que meu dinheiro não pode comprar. Que dissabor. Que ÓDIOOOOOOO. Beijos de uma Feia revoltada., assim como bilhões de pessoas! *risos*

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Receita de Juventude. Da minha juventude.


Às vezes, quando alguém me pergunta quantos anos eu tenho e eu respondo, a maioria das pessoas, tirando as invejosas, claro, fala assim: nossa, nem parece. Sempre respondo a mesma coisa: Ah... bondade sua. São seus olhos! Quanta hipocrisia e fingimento da minha parte... Que olhos nada!! Eu acho que estou bem mesmo. Sempre que vou ao sul e visito as amigas, uma delas em especial, sempre me pergunta se fiz plástica no rosto. Quem me dera, amiga... Quem me dera! Se tivesse “grana” para tal, certamente que as “ruguinhas” ficariam onde estão, optaria em diminuir os seios, sempre os achei muito grandes, tiraria um pouco da “grossura” das coxas e “injetaria” na bunda, fazendo uma enorme protuberância. Ah... melhor deixar isso pra lá! Continuemos falando de felicidade e juventude. Acho que estou envelhecendo devagar devido a ajuda das caminhadas. Sabe-se que durante a atividade esportiva o organismo vai “fabricando” as substâncias de que necessita para manter-se saudável. Quando vou caminhar me estico toda, me alongo o máximo possível, certifico-me de que nenhuma articulação está “enferrujada”, adoro sentir que meu "corpinho feio" está funcionando direitinho. Quer saúde? Não se esconda de uma boa chuva durante as atividades ao ar livre. Quem almoça comigo sabe que nunca, em hipótese nenhuma, deixo de comer uma “verdurinha básica”. Prato cheio de rúcula, broto de feijão, espinafre e pasmem... muito jiló. Não como tudo porque gosto, mas porque é necessário. Mas já aviso que, não adianta se encher de verduras, frutas, legumes e todos os alimentos saudáveis do mundo se o emocional não estiver bem. Um dos conselhos essenciais para se envelhecer com saúde e com alegria, é não se importar com o que as pessoas falam ou pensam de você. É ter um coração “puro” ou... mais ou menos puro. Nada de desejar o mal para aqueles “infelizes” que nos enchem o “raio do saco”. Sorrir sempre. Eu, com todos os meus anos vividos, nem me pergunte quantos que não vem ao caso agora, posso jurar de pé junto e mão posta que a pouca curiosidade pode prolongar a vida. Não paro para ver acidentes, não me interessa a vida dos vizinhos, e principalmente, nunca quero saber o que rola nos “bastidores” ao meu respeito. Consigo fazer cara de paisagem até mesmo quando estão falando de mim e chego bem na hora “H”. Tenho senso de humor suficiente pra dizer: Ok... podem parar de falar mal de mim que “to na área”. E por falar em humor... esse ponto também é fundamental para se ter uma vida longeva. Estou falando do BOM humor claro. As pessoas mal humoradas, implicantes e ranzinzas vivem menos e se vivem muito, vivem mal. Eu tenho a incrível capacidade de contar uma piada e rir sozinha dela se for preciso. Rio de mim mesma. Rio de um tombo na rua, na escada e dos micos que costumo pagar. Pago micos com a maior naturalidade do mundo. Tenho a “cara de pau” de no café da manhã com os colegas, usar uma palavra de duplo sentido e fazer a cara da pessoa mais santa, ingênua e pura que existe. Claro que caio na gargalhada segundos depois. Quer saber o que mais se pode fazer para se sentir jovem e feliz? Fazer amor, fazer sexo, comer coisas gostosas sem culpa, ir ao cinema todas as vezes que sentir vontade, ir ao restaurante japonês e se bater para comer com o hashi e ainda achar tudo muito bom, gritar quando se tem vontade, cantar muito alto e desafinadamente na esperança que os vizinhos ouçam e achem aquilo muito engraçado ou patético. Não ter vergonha de ser patética. Não se importar se as pessoas, de repente, acharem que você “não bate bem”. Se importar menos ainda se as pessoas tiverem absoluta certeza que você “não bate bem” mesmo. Achar, ou melhor, ter certeza absoluta de que não precisa de amigos superficiais e interesseiros para sem sentir imensamente amada. Ser feliz sozinha. Acompanhada. Dormindo. Acordada. Fazer o bem para pessoas que nem imaginam que você exista. Fazer o bem para pessoas que sabem que você existe, e que num futuro próximo vão “te ferrar” assim mesmo. Ter boa vontade. Ser voluntário. Ser voluntarioso. Ser generoso. Chorar. Chorar em público. Chorar sozinha. Chorar vendo TV. Cinema. Teatro. Não ter vergonha de assumir que erra. Ler bons livros. Não engolir sapos sem falar bem alto que gosto eles tem. Não querer resolver tudo de uma vez. Pensar no passado sem arrependimentos, lembrar que o que passou... passou! Sentir-se bem com uma camiseta velha. Saber que não podemos ter tudo que queremos, mas amar tudo que temos. Isso tudo pode representar a felicidade. Pra mim representa. Porque faço tudo isso. Talvez esses sejam meus cremes, meus antídotos anti envelhecimento. Minha fonte da juventude. Faça a sua lista.
Beijos com muita vitalidade pra você.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

E SE EU MATASSE ALGUÉM?

Nossa! Que pergunta mais “estrambólica”. Não é? É. Mas a idéia é essa mesma. Fiquei pensando muito na questão das amizades sinceras e nas pessoas com as quais podemos contar nos momentos mais difíceis das nossas vidas. Não achei nenhum exemplo melhor do que esse. Vejamos: Quando ficamos doentes, muitas pessoas nos auxiliam: amigos, vizinhos, parentes, “aderentes”, conhecidos e até estranhos. Quando precisamos de dinheiro, sempre tem um parente mais abastado ou um amigo “bonzinho” e generoso que pode nos socorrer, sem contar que temos a opção mais simplificada de “socorro” que são os empréstimos, consignados e afins. Quando o assunto é coração partido, sempre tem um ombro amigo pronto para ouvir as lamentações e dar aqueles “valiosos” conselhos, sempre com prestimosos lenços para secar as lágrimas que nesses casos, teimam em cair. Mas e se você, por qualquer motivo pelo qual não entraremos no mérito, matasse alguém, com quem poderia contar? Fiquei imaginando aquele primeiro impacto da notícia. Quantas pessoas seriam capazes de perguntar como você está mesmo antes de perguntar porque você fez o que fez? Quantas seriam capazes de pensar na sua inocência mesmo antes de saber os detalhes do fato? Quantos iriam te acompanhar na delegacia, enfrentar a mídia, te visitar no presídio por anos a fio? Sem contar que, no início, quando acontece uma tragédia dessas, muitas pessoas aparecem para prestar solidariedade, no início, visitam, apóiam, conversam, mas com o passar dos dias, das semanas e dos meses, tudo vai caindo no esquecimento. A vida continua, pelo menos para eles. Fiz essa pergunta para vários colegas, um deles, o *Setúbal, disse que contaria apenas com três pessoas: seu pai, sua mãe e sua noiva *Adele. Não contente com a resposta inquiri: Será que sua noiva esperaria durante dez longos anos por você? Será que ela se satisfaria apenas com as visitas íntimas regulamentares? Ele titubeou. Balançou a cabeça. Senti que ele ficou com a “pulga atrás da orelha”. *Janete, outra colega, disse que apenas sua mãe seria capaz de aguentar um “calvário” desses. Foi categórica ao afirmar que seu companheiro *Oscar, certamente não iria nem apoiá-la nem esperá-la. *Marílis, minha amiga, disse que analisaria cuidadosamente a situação, que antes iria avaliar em que circunstâncias tudo ocorrera, mas que de antemão adianta: só faria isso pelos filhos. Mais ninguém. Eu, por minha vez tenho certeza que poderia contar em absoluto com três pessoas: meu filho mais velho, não que eu não confie nos outros, simplesmente por uma questão de idade, de maturidade, com meu irmão caçula, o Lúcio e com o meu marido, que, pelo que conheço, tenho certeza que, além de me apoiar incondicionalmente, me esperaria nem que eu passasse mais de vinte anos na prisão. Não vou incluir mus pais porque eles já estão idosos e como eles têm uma visão diferente da vida, não sei como encarariam o fato da filha ter “ceifado” uma vida. Tenho certeza que receberia apoio irrestrito também, surpreendam-se, da minha sogra. Isso mesmo. Além dela me visitar quantas vezes a distância permitisse, sei que me sustentaria em orações e me escreveria incontáveis cartas de próprio punho, como se fazia antigamente, ato que infelizmente, foi quase suprimido das nossas vidas com o advento do computador. Na questão dos filhos, tem um outro porém: com o passar dos anos, cada qual vai buscar seus horizontes, cuidar da mulher, da sua prole...e pronto! Sei que essa é uma postagem polêmica e bastante questionável, mas vale como uma reflexão, como um “pit stop” na vida atribulada que levamos para pensar nas pessoas que nos amam verdadeiramente. Serve para darmos valor nas suas existências e principalmente para olharmos a situação por outro prisma: E se alguém que julgamos amar matasse alguém? Para quem seríamos um porto seguro e por quanto tempo? Por quem estaríamos dispostos a sacrificar nosso domingo, nosso lazer, nosso “arzinho refrigerado”, nosso churrasquinho com amigos para “encarar” uma cadeia fétida para cumprir o ritual da visita? Entraríamos no presídio de cabeça erguida? Nos sujeitaríamos com naturalidade às revistas indiscrestas? Faríamos isso por anos e anos sem reclamar? Sem lamuriar? Seríamos capazes de esperar nosso amor por 10, 15 ou 20 intermináveis anos? Perguntas. Respostas. Dúvidas. Certezas. Incertezas. Ponto Final.


* Os nomes verdadeiros foram substituídos por fictícios para preservar a identidade dos colaboradores.