sexta-feira, 29 de maio de 2009

Pequeno Ensaio sobre a Maldade

Alguns dizem que a maldade é inerente do ser humano, que todos temos um “que” de maligno dentro de nós. Outros dizem que, a maldade é a personificação de entidades como o Satanás e outras denominações dadas a ele. Há quem diga que a maldade é tudo aquilo que fazemos que é contrário aos preceitos religiosos, ou seja, se a igreja ou o líder de alguma religião ou seira diz que aquilo é maldade, assim o é. Tem pessoas que dizem que a maldade está na cabeça de cada um, sendo assim, o que eu acho que não é maldade,não é. Já li algo assim: “a maldade reside justamente nas falas supostamente solidárias”, essa frase apontava para alguns integrantes de um determinado partido político. Certamente, podemos questionar todas as definições e nos perguntar: o que vem a ser maldade então? Tratar alguém com desdém... é maldade? Agir contra alguém, “dizendo” querer fazer o bem para ela ou para um grupo de pessoas... é maldade? Ter inveja e fazer comentários que venham a denegrir ou a prejudicar o próximo... é maldade? Creio que somo maus e muitas vezes nem percebemos o quanto o somos. Nitczsche dizia que: “Nenhum Homem Cruel é Cruel na Medida em que o Maltratado Julga”, concordo em termos, porque a vítima da maldade, sempre se sentirá injustiçada e demasiadamente prejudicada. Normal? Creio que sim, quando estamos em desvantagem, sempre procuramos nos justificar como não merecedores daquilo e até mesmo alimentamos em nós o estigma de “crucificados”. Sempre me amedronto quanto à maldade quando lembro da frase de François de La Rochefould: “Há pessoas más que seriam menos perigosas se não tivessem nenhuma bondade”. Os “falsos bons” sempre nos deixam na insegurança e na eminência de um possível ataque. Mas... nem tudo na maldade é ruim. Infelizmente e felizmente, a maldade foi utilizada providencialmente como ferramenta do progresso humano. Há que se admitir que se não fossem determinadas “maldades” a humanidade ainda estaria imersa em trevas e talvez, ainda vegetando no fundo das primitivas cavernas. Seria impossível de se afirmar com clareza, quantas pessoas foram vítimas de “maldades” em favor de novas descobertas como medicamentos, tratamentos e por aí vai... E se formos falar da Maldade Feminina então? Seriam páginas e páginas a escrever, porque a maldade feminina não tem limites. Somos más com nossas “amigas”, com nossos vizinhos, com aqueles que julgamos nos tratar mal e podemos ser extremamente perversas ou deliciosamente malvadas com nossos homens. Há que se lembrar que a maldade e o pecado andam de mãos dadas, porque o pecado em tem três etapas: a ignorância, a fraqueza e a própria maldade. Mas daí já estaríamos entrando em uma discussão macro, num universo bem mais amplo onde deveriam entrar outros valores como ética e sentimentos humanos bem mais nobres. Aposto que você que está lendo esse texto deve estar pensando: será que em mim existe maldade? Será que na Feia existe maldade? Imediatamente te respondo: existe sim! Seria impossível medir o quanto há em nós de maldade ou bondade. Até porque não são como substâncias que podemos separar, como a água e o óleo. As duas qualidades podem se amalgamar e quase se fundir num lapso muito pequeno de tempo. Não venha me dizer que você é completamente bom e que nunca e em momento algum existiu ou existe maldade em seu coração, que prontamente te direi que já estás praticando um ato de extrema maldade mentindo para esta também “mazinha”. Beijos da Feia. Somente os bons.

2 comentários:

Bradpetehoops disse...

Awesome blog!

Anônimo disse...

Muito bom o comentario, pois a maldade e a bondade sao sua forças necessarias para a humanidade, sendo a maldade mais necessaria ainda