quarta-feira, 19 de maio de 2010

Luz para TODOS. Luz para MIM.


05h15m de quarta-feira, dia 19 de maio. Nem me pergunte o que faço acordada tão cedo. Te responderei que acordei a uma hora e meia atrás. Sem luz. Esse “sem luz” não significa metaforicamente que eu estou apagada. Ou estou? Mas não tem energia elétrica mesmo. Estamos em racionamento (?). Nem sei ao certo o porquê. Ninguém sabe. Alguém sabe? Se sabe, não diz. Alguém pode fazer algo? Se pode, nada faz. Tampouco eu faço. Reclamo. No mais... pago meus impostos e só. Aliás, estou me desconhecendo ultimamente. Acho que tenho perdido um pouco da minha “luz”, da minha “energia” também. Não brigo. Não discuto. Isso é bom? Não sei. Talvez eu esteja amadurecendo e percebendo que não vale a pena “jogar pedra em cachorro morto” ou “bater em bêbado” ou... talvez eu esteja amolecendo mesmo e achando que estou demasiadamente cansada para embates ou combates. Quero paz, não com os outros, na verdade quero mais que os outros “se danem”, quero paz comigo mesma. Não quero ter que amanhecer o dia imaginando como vou atacar ou me defender. Quero apenas viver. Um dia de cada vez. Como tem que ser. Não quero ataques de histerismo. Não quero crises de ira. Não quero nada. Quero ficar quieta. Na minha. Quem sabe uma autista momentânea. Quem sabe uma solitária no meio da multidão de vozes das poucas pessoas que me cercam. Quem sabe eu consiga apagar as minhas luzes para os anticristos que me espreitam.  Quero um tampão de ouvidos. Quero uma máscara para os olhos. Bem escura, por favor. Ou... uma bolha. Grande. Confortável. Um whisky. Sem gelo. Vanessa da Mata. Luz. Meia Luz. Um pouco de luz para o condicionador de ar. Luz para mim. Luz para a negritude esporádica da minha vida. São 05h40min. A energia voltou. A elétrica. Beijos.

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