domingo, 23 de agosto de 2009

Existe Vida Além do Trabalho


Tenho um amigo que é escravo do trabalho. Quem lê isso deve pensar: todos somos! Não vejo assim. Todos temos nossas atribuições e obrigações, mas será que é justo sacrificar nossos amigos, nossa família e nossa saúde em nome do trabalho? Será que é justo conosco deixarmos de viver um pouquinho e matar-se todo dia pelo trabalho? Adoro trabalhar! As pessoas que convivem comigo sabem disso! Sou extremamente apaixonada pelo que faço e não raro extrapolo no horário e até ocupo algumas horinhas do final de semana, ou seja,também exagero um pouco, mas no caso desse meu amigo, a situação é realmente crítica. Veja bem, não estou falando em acomodação, só que o exagero na carga de trabalho dá um falsa impressão de que tudo está certo, porém, talvez essa seja uma falsa visão de que se está produzindo mais. Tudo bem que diante das pressões do mundo corporativo em que vivemos, algumas pessoas não têm muita opção mesmo, que é o caso desse meu amigo, pelo menos eu acho. Ele tem metas a cumprir, é avaliado por relatórios de desempenho e sabe lá Deus quantas coisas mais tem que fazer para manter-se no top de linha em que se encontra, no entanto ainda assim, a escolha em estar disponível mais tempo nos finais de semana aos amigos é exclusivamente dele. Sinceramente acho que ele deveria reservar algumas horas para as pessoas que gostam dele, permitir-se não trabalhar o sábado e domingo todo! Lembrar que existe vida fora das quatro paredes do escritório! Ainda nem tinha tocado no assunto dos malefícios da entrega imensurável ao trabalho: depressão, estresse (que envolve dores de cabeça, insônia, gastrite, diarréia e queda de cabelo). Os especialistas ainda citam a depressão, ansiedade e problemas cardíacos, sem contar que o excesso de trabalho ainda causa a falta de paciência com as pessoas mais próximas, como familiares e parceiros. Uma pesquisa científica revela que o excesso pode levar o profissional à demência. Será que meu amigo pode ficar louco? *risos*
Não aguentaria vê-lo nem demente nem doente. Já conversamos e discutimos muito sobre o assunto, mas não entra na minha cabecinha que aos finais de semana, uma pessoa que tem amigos, simplesmente desligue o telefone, se isole e passe os dias com a "cara" enfiada em papéis. Preciso parar com essa mania de me meter na vida alheia...*risos de novo*
Passemos para outro caso: conheci uma pessoa que é militar e tem funções bem específicas com horários bem “inespecíficos”, ficando à disposição do trabalho quase que permanente. Parece que aí temos um caso a parte, já que tem a questão hierárquica, a disciplina militar e certamente muitas outras obrigações inerentes ao posto que ocupa. Eu não suportaria. Ainda assim, o vi como uma pessoa satisfeitíssima com o que faz, sendo um extremo cumpridor das suas obrigações e, o melhor, não me pareceu uma pessoa cansada, estressada ou aborrecida com o que faz, até porque, não creio que existam militares de alta patente que não estejam perfeitamente adaptados à vida militar, já que quem escolhe e trilha por esse caminho é porque possui as características necessárias. Uma amiga da Polícia Civil também tem essa "meia escravidão" com seu trabalho na Delegacia das Mulheres, com escalas estranhíssimas (pelo menos pra mim).
"Tadinha" de você amiga e "tadinha" de mim que fico sem você. Já sei o que você vai dizer: QUE ESTOU CARENTE! Pode até ser... Tenho corrido muito mesmo e como o tempo que corro varia com meu estado emocional... faz sentido!
Mas porque resolvi postar sobre esse tema? Porque não raro me sinto extremamente prejudicada por pessoas que me preterem aos seus trabalhos. Fico sem desfrutar da companhia dessas “criaturas” que não pensam que posso morrer em instantes e que elas nunca mais me verão rir, contar piadas, fazer elucubrações... ver as minhas performáticas interpretações corporais das músicas para que seus olhos a vejam. (A Zete adora quando faço essa gaiatice). Desculpe! Quase que posso ouvir a voz do Thiago, meu filho mais velho: Mãe! Olha o drama! Tá.. Parei!!! Mas vamos combinar: Ter que ouvir de um amigo ou amiga que amamos que não podemos ter um pouquinho da sua atenção porque ele está extremamente e exacerbadamente ocupado, pelo menos pra mim é o fim do mundo!! Moni: Isso é pra você também! Recados aos exagerados de plantão que estão me lendo: Nada em excesso é recomendável. Tente dividir melhor seu tempo com atividades que sejam prazerosas. Verifique como você tem distribuído suas tarefas ao longo do dia. Experimente listar suas pendências, em ordem de prioridade, e se programar de maneira mais organizada para realizá-las. Lembre-se que energia, vitalidade, iniciativa, raciocínio rápido e criatividade são elementos fundamentais para se viver bem, cansado, você não cumprirá com nenhum deles, mandando ainda sua saúde para os ares! Tá bom. Vou ouvir suas argumentações, mas nem adianta: Não vou entender. Beijos da Feia!

4 comentários:

Bruno Arrais disse...

Pior que esse troco de trabalho é 1 mau necessario.. o melhor msm é arrumar 1 que agrade.. gosto do meu tambem...=]

curti o blog... vai entrar pros meus rss =x

Lu Oliveira disse...

Bruno...seja bem vindo. Obrigada pelo visita e pelo comentário e já que se tornará visita constante, gostaria que você deixasse seu email. Bjos da Feia.

Anônimo disse...

Menina...esse negócio de trabalho dá o que falar.. Pois é...Há muito tempo atrás, eu disse para meu marido que eu fazia o papel de amante e a Marinha de esposa... E quando ele disse que eu era exagerada, comecei a citar as vezes que nossos jantares foram interrompidos por emergências,os planos que foram desfeitos , os Natais que não passamos juntos, as viradas de ano que não vimos os fogos e o pior...o crescimento de nosso filho que por vezes ele não pode participar...Tudo em nome do trabalho...E o que resta? Aproveitar bastante o tempo que temos juntos..Um tempo curto e corrido, mas saboreado a cada segundo...Um tempo que não podemos perder com futilidades, briguinhas,intransigências...enfim, um tempo que não pode ser desperdiçado. Um beijão..MulherSemNick

Aretusa disse...

Amada, também gostaria de poder desfrutar mais de sua vibrante companhia durante os dias que passo aqui, pois és uma das poucas coisas que me dão prazer ao longo desses 15 dias. Do jeitin que disseste...timtim por timtim... de horários loucos e estressantes. De saudade da família, dos amigos de lá, do beijante que não sei se estará a minha espera quando eu voltar, do meu quarto semi-novo com aquela super central de ar e aquela cama box enorme na qual só dormi uma noite, do notebook novinho em folha que comprei pela net e chegou em casa antes de mim (que inveja dele!)... Hoje sou uma mulher de lugar nenhum, ou talvez de um lugarzinho só meu dentro de mim, onde tudo é saudade... Saudade do meu trabalho, quando estou em Macapá, porque é ele quem me permite adquirir o necessário e o desnecessário pra viver!...rs...saudade dos meus amores, das pessoas a das coisas que me tornam o que sou, quando estou aqui por Laranjal.
És carente sim! Fazes drama sim! Mas aí é que mora o teu charme!
Amo-te!
:o)