Voltemos ao assunto da última postagem... Como eu ia dizendo, existem algumas pessoas que acham que o ato de ficarem curadas afastará as pessoas. Afastará mesmo! Natural. As pessoas se afastam de quem este sempre "doente", deprimido, chato e entediado e depois, quando acham que você está bem, se afastam também. Mas você queria o quê? Queria que as pessoas ficassem 24 horas ao seu dispor? Te paparicassem o tempo todo? Assim que as pessoas percebem que você está melhor, cada um vai cuidar de si, afinal, a vida continua. Talvez seja por isso que tem gente que se recusar a tratar-se... a ficar bem. Sabe que quando estiverem bem, terão que enfrentar a realidade do dia a dia. Isso aconteceu comigo. Eu sabia que a partir do momento que eu estivesse “curada” ou sentindo-me melhor, teria que voltar ao mudo real. Sabia que teria que enfrentar problemas e principalmente, voltar a conviver com as pessoas, você quer coisa mais difícil que isso? Não sei dizer quantas vezes chorei por me sentir magoada por "A" ou "B". Algumas vezes até ouvi comentários maldosos referentes ao meu estado de saúde, mas ignorei. No início, assim que voltei ao mundo dos “vivos”, eu ainda estava um pouco fragilizada pelos meses que ficara doente, mas as pessoas não se importam com isso. Ninguém leva em conta os sofrimentos pelos quais você passou, ninguém se coloca no seu lugar e pior... ninguém quer ter que “aturar” uma pessoa que ainda está em recuperação. Os colegas querem saber que você está ali e se “está ali” é porque está bem. Quando eu estava em tratamento, sempre dizia que as piores doenças são aquelas que os outros não podem ver. Se você está com o braço quebrado, ou com uma conjuntivite, todo mundo vê, mas e aquelas doenças que ficam imperceptíveis aos olhos humanos? Temos que ponderar ainda que as pessoas sentem preconceito com os portadores de doenças ditas “emocionais”. Basta você dizer que irá consultar um psiquiatra para que as pessoas arregalem os olhos e fiquem com a expressão de medo visível no rosto. Acho que muitas pessoas ainda pensam que só os ditos “loucos”, esquizofrênicos e psicopatas precisem de tratamento. Eu sobrevivi a tudo isso. Enfrentei a doença física e emocional, superei as dificuldades da volta e até hoje mantenho batalhas diárias contra o baixo astral e eventualmente contra as “dorzinhas” que tentam se aproximar de mim. Posso falar com conhecimento de causa que é difícil lutar contra as depressões, os estresses, as ansiedades e tantos outros males que podem nos afligir, mas de camarote também posso afirmar que se você realmente quiser você pode recusar-se a aceitar que esses males se apossem de vocêpara sempre. Lute. Reaja. Receba a cura. Não tenha medo de ser feliz. Não se conforme com o papel de "coitadinha" ou "pobrezinho". Tome as rédeas da sua vida... do seu destino. Eu fiz isso. De vez em quando você poderá ter uma ou outra recaída, mas creia, além de normal, será muito pequena se a sua vontade de ser feliz for maior. Desejo que você que está passando por isso encontre o seu caminho de cura e de felicidade. Super, hiper, mega beijo.
Um comentário:
interessante texto, parabens!
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