domingo, 1 de maio de 2011

Pimenta nos olhos dos outros... vc já sabe, né?


Um dia desses, uma conhecida comentava comigo que seu marido estava tendo um caso com uma moça bem mais jovem e que isso a estava fazendo sofrer muito. Na verdade, ela me confidenciou que não é a primeira vez e que o “dito cujo” sempre faz dessas. Ela disse que ele não faz questão de esconder os casos e que sempre que ela “descobre” ele faz drama: pede perdão; Jura que a ama; Que nunca mais fará isso; Que com as outras é só sexo; Que a mulher da vida dele é ela e por aí vai... Ela na verdade sabe que a cena sempre vai se repetir, a história é a mesma, a diferença está só na mulher que será a “outra”. Falei várias coisas para ela, disse que ela ganha bem e não precisa passar por isso, que se venderem os bens que juntos adquiriram, ela ainda ficará com uma boa quantia que será suficiente para que ela não passe nenhum tipo de aperto e ainda more muito bem. Depois pensei muito em tudo que estava acontecendo e lembrei-me das muitas dificuldades que ela narrara que já passara junto a esse homem, que hoje é muito bem sucedido, está em uma fase muita boa o que garante a ela uma vida repleta de regalias. Consegui colocar-me no lugar dela e fiquei me questionando: Será que eu largaria o “osso”? Conversei com ela essa semana em outro tom, falei que sinceramente eu não saberia se largaria o osso que hoje está tão “cheinho” de carne depois de ter roído osso tão “sequinho” por tanto tempo. Onde eu quero chegar com toda essa balela: Quero dizer que é muito fácil criticarmos e darmos conselhos quando o problema não é conosco. É fácil condenar os adúlteros, as moças que praticam o aborto, as prostitutas e até mesmo as mães que jogam os bebês no lixo e tantas outras pessoas que praticam atos reprováveis pela nossa sociedade. Será que estamos parando para analisar os motivos que levam as pessoas a aceitarem essa ou aquela situação? Será que estamos pensando que alguns atos podem ser por doença ou desespero? Deus me proporcionou a benção de ser amiga de uma das melhores pessoas que conheci e certa vez ela me confidenciou que fora “seduzida” quando tinha 13 anos e engravidou de um cafajeste, a mãe dela ficou muito abalada e preocupada com seu futuro e não encontrou outra saída a não ser “obrigá-la” a cometer um aborto. Nunca julguei minha querida amiga, que hoje já é falecida, fiquei sempre imaginando como deve ter sido difícil para ela, uma criança... e que mesmo sendo uma criança na época, nunca havia esquecido e de certa forma culpava-se pelo acontecido. Então... é extremamente criticarmos e quem sabe até nos colocarmos na situação da pessoa, difícil mesmo é SER a pessoa, complicado é estar passando por horrores e ficar sem “ação”, sem saída, encurralada. Minha mãe, que sempre tem um ditado dos os momentos, diz: “pimenta nos olhos dos outros é refresco”. Prometo que vou tentar não dar meus conselhos sem analisar cada situação. Quero olhar os fatos sem as hipocrisias que a sociedade conseguiu implantar em mim e mais que isso, olhar para a pessoa com compaixão para não julgá-la. Beijos da Feia e ótima semana para todos nós.

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