segunda-feira, 12 de abril de 2010

Uma inundação: Sem problemas! ** Com fotos da inundação do rio**

Hoje, (12/04), quando vinha de Macapá para Laranjal do Jari eu pensava, nossa que problemão! Realmente parecia um grande problema. Saí de Macapá às 23 h de ontem e cheguei em Laranjal às 12h de hoje. Isso mesmo: 13 horas de viagem. Foi extremamente cansativo e tudo isso porque a caprichosa natureza resolveu encher o leito dos rios causando uma “tremenda” inundação. Os ônibus e carros ficaram impossibilitados de passar. O ônibus estava lotado e 44 pessoas passaram fome e uma certa apreensão com a situação, mas nós que moramos na região amazônica estamos “meio” acostumados com esse tipo de circunstância. Dois rios encheram e deixaram as pontes submersas, não dava pra se ver absolutamente nada. Eis que, de repente, não mais que de repente, surge um herói anônimo e salva a “pátria” nos dois momentos. Mais tarde, quando peguei um taxi, quem estava no interior no mesmo? Ele... o herói do dia, que então eu soube chamar-se Amarildo. Ele, como um super herói dos quadrinhos, entrou dentro dos rios e arriscando-se perigosamente, averiguou o caminho, estudou as possibilidades, mostrando ao motorista o melhor a fazer e o melhor caminho a tomar naquele momento. Não sei se mais alguém agradeceu ao homem ou se as pessoas pararam para pensar no tamanho do gesto dele. Eu perdi a manhã de trabalho, fiquei tensa e hiper cansada com o ocorrido, mas, agora de noite, olhando o noticiário na TV e internet, vi que meu problema é pequeno, é ínfimo, não é nada. O que é uma pequena e momentânea inundação quando um morro inteiro vem abaixo e mata um “montão” de gente? O que é uma manhã de trabalho perdida quando centenas de pessoas não conseguem fazer suas vidas voltarem ao normal? Estou passando por um “probleminha” com meu filho do meio e me pergunto: O que é um “desacerto” de fase quando seis jovens são brutalmente assassinados por um maníaco, um monstro psicopata que foi posto na rua pela própria justiça? O que é meu sofrimento perto do que estão passando as mães desses meninos e dos tantos outros que se foram e se vão todos os dias? Lu conforme-se. Paulo comporte-se. Mães, confortem-se. Eu sei que no meu caso, tudo é mais fácil. Tenho chorado e conversado com Deus sobre os sofrimentos recentes. Juro! Quanto a minha viagem de hoje: Assim foi. As águas subiram e pronto. As fotos mostram como estava a estrada. Mas quer saber a verdade? Eu a-do-ro isso. Adoro essa impetuosidade toda da natureza e principalmente essa aventura que se torna cada viagem minha. Agora estou assim... cansada, melhor... exausta, mas extremamente feliz. Feliz porque tudo acabou bem, porque consigo ver que nada de ruim aconteceu, que as coisas, estão exatamente onde deveriam estar. Feliz e agradecida por conseguir entender que o mundo está repleto de problemas e que, apesar de eu ter os meus, e quem não os tem? Eles são pequenininhos e absolutamente solucionáveis. Espero que você consiga enxergar os seus problemas assim também. Beijos da Feia mais que feliz. Confira as fotos:
Esse  foi o primeiro trecho em que paramos. O lugar chama Iguarapé do Meio

Esperamos até o nível baixar um pouco
A correnteza estava forte
                                                  A atuação do nosso herói Amarildo
Ele já chegando do outro lado
A outra margem do rio, ou seja... o outro lado da estrada

Nosso herói verificando o caminho

Olha a altura em que o ônibus iniciou a travessia

Isso que já tinha baixado bastante

Legal né? Acho que deu pra dar uma ideia, deu?

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