sexta-feira, 16 de abril de 2010

To Fora Desse Maldito Amor

Hoje estávamos numa “rodinha” e o assunto era: E quando o homem não aceita o basta? O Ted contou que um senhor falava com ele sobre sua mulher que queria deixá-lo. Perguntou a ele se o juiz poderia obrigá-la a ficar em casa... argumentou que eles têm uma filha pequena e que quer continuar convivendo com ela. O Ted falou para ele que nada poderia ser feito, que ninguém pode fazer nada, já que ninguém manda no coração dos outros.Então comentei com ele que, hoje eu assistia ao jornal do SBT às 04:30h da manhã (perdi o sono) e as principais manchetes falavam exatamente sobre isso: Em Niterói um maluco jogou suas duas filhas, uma de 4 e outra de 2 anos de uma ponte. Ambas morreram. A mãe estava desolada e quando perguntado por que fizera isso, o “monstro” respondeu que queria vingança, já que a mãe das meninas separou-se dele há duas semanas. Outro louco em uma cidade do interior de São Paulo, cismou que estava levando um "chifre", nem tinha certeza, matou a filha de 12 anos e a mulher a golpes de facão e em seguida, enforcou-se um fio de luz. Esses são casos que aconteceram ontem e hoje, mas e as milhões de mulheres que são mortas a todo momento no mundo? Pois é, a estatística é alarmante. Os homens quando sentem-se rejeitados podem ser extremamente perigosos. Tem homem que não se conforma em perder a companheira, é aquele pensamento: se não pode ser minha, não será de mais ninguém. Que absurdo! Creio que nesse caso, pessoas que têm coragem de atos tão extremos só podem ser doentes. Tem mulheres que também apresentam esse tipo de comportamento, mas o nível de violência é bem maior entre os homens. Como esquecer daquela mulher que fora assassinada em seu salão de beleza na frente da câmera de segurança e teve sua morte apresentada em todas as TVs e em horário nobre? Pobres mulheres, são espancadas, têm seus corpos queimados e muitas vezes mutilados em nome do amor. Maria da Penha que o diga! Que amor infame. Que amor egoísta. Isso pode ser chamado de amor? Deus me livre de um sentimento assim. Prefiro então ser odiada *risos*. Perto da minha casa em Macapá, um policial militar matou a mulher dentro do carro com 3 tiros e levou o corpo para a casa da mãe dela e falou: vai lá no carro ver sua filha, ela está morta e o pior: na frente das filhas! Você consegue imaginar a cena? Esse é o tipo de tragédia que a família nunca mais esquece. Traumatiza os filhos. Eterniza a dor nos pais e deixa os amigos perplexos e tristes por muito tempo. Eu já havia feito a nova enquete há alguns dias devido a uma situação presenciada por mim nos arredores de casa. A mulher não pode mais se expor a isso. Tem que denunciar. Precisa ter coragem de se libertar, de dizer o basta. Tem que pensar que a dor do espancamento não é só física, que as marcas são no corpo e na alma e que nem sempre a agressão física é o ponto crucial do problema. A sociedade não pode continuar omissa a tudo que acontece. Denunciem já. Como diz a imagem: Não se cale. Seja com você ou com uma mulher perto de você. Se você tiver coragem para denunciar mesmo que anonimamente, uma vida pode ser salva. Chega de mortes e de impunidade! Eu espero que um dia o ser humano aprenda a lidar com esse sentimento de rejeição, de posse e principalmente, com o ódio em seu coração. Eu disse ÓDIO mesmo, porque esse sentimento que leva esses homens a cometerem esse tipo de coisa só pode ser o ódio e se for amor... Que maldito amor. Beijos da Feia.

2 comentários:

Anônimo disse...

Já passei por isso. Fui casada por 05 anos com um maldito que me espancava sempre. Um dia dei um basta. Estou casada há 08 anos com uma pessoa maravilhosa que me trata como uma princesa. Adorei seu texto. Beijos da sua fã: Ana Maria. SP

Anônimo disse...

Triste isso. Já vi minha mãe apanhar e não fiz nada, so xorei. É mal. JNV-AP