segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

A Balança do Querer

Já faz algum tempo, eu e uma amiga falávamos sobre a proporcionalidade do amor. Voltei a pensar nesse assunto, não só no quantitativo do amor, mas de outros sentimentos também. Freqüentemente ouvimos alguém falar: Ah.. mas eu amo fulano mais do que ele me ama, e se você perguntar porque a pessoa diz isso, é capaz dela não saber o porque da afirmação ou soltar uma resposta evasiva. Na verdade, sempre queremos ser amados na mesma medida com que amamos, ou pensamos que amamos. Como não é possível quantificar sentimentos, achamos que eles podem ser medidos em ações. Será? Será que todas as pessoas demonstram da mesma maneira? Claro que não! Tem pessoas que adoram ser servis, gentis e atenciosas quando gostam e, sobretudo quando amam, mas tem pessoas que tem dificuldade de demonstrar, ficam com vergonha de falar que gostam, que amam, que sofrem e que podem em determinado momento chorar de saudade, de tanto querer. Tem gente que não deixa aflorar seus sentimentos. Essas pessoas acham que essa atitude poderia ser interpretada como sinônimo de fraqueza, de fragilidade. Os machões de plantão que o digam... morrem de medo de serem pegos “amando” e assim, serem chamados de “sentimentalóides”. Adoro homem que chora. Acho lindo homem que diz: Te adoro. Homem que não tem vergonha de dizer que está “morto de paixão”. Ai ai... Bom... Voltemos a proporcionalidade do amor, que bom seria se houvesse uma balança específica para emoções, se os sentimentos pudessem ser medidos ou pesados. Pense bem: poderíamos trocar um quilo de amor por um quilo de carinho, ou um metro de saudade por um metro de alegria. Talvez todos os problemas do mundo pudessem ser resolvidos, ou não... Sempre existem os desonestos, aqueles que querem levar vantagem em tudo e esses certamente iriam querer trocar “sentimentos de primeira” por ‘falsas emoções’, por um “amor do Paraguai”. Sempre haveriam os prejudicados na balança do querer. É assim. Mas as coisas geralmente não são intencionais, ou são? Conheço pessoas que sabem que são amadas e se aproveitam disso para tirar proveito do outro. Sabem que se “fingirem” um afeto qualquer serão beneficiadas e assim o fazem. Aliás... conheço várias pessoas assim. Mas não as culpo. Quem é enganado sabe e aceita, muitas vezes inconscientemente. Isso porque muitas vezes preferimos um falso amor a ficar só. Optamos pelas falsas amizades à solidão. Queremos ser elogiados mesmo que isso nos custe alguma coisa. São pessoas que não se incomodam com o amor comprado, com o amor interesseiro, com o amor “egoísta”. Sempre falo isso, me incluo nesse grupo, até porque, é muito difícil saber quando somos amados ou queridos verdadeiramente... Os falsos são “experts” em ludibriar, mentir, fingir. Usam verdadeiras “camuflagens emocionais”. Infelizmente, tenho um imã gigantesco para seres assim. Bom... voltando a proporcionalidade... tenho quilos e quilos de amor e carinho pra trocar, mas já fique sabendo que quero numa medida razoável, ou pelo menos que se aproxime daquilo que te ofereço. Desejo que você possa trocar sentimentos em razões que não sejam “desarmonicamente desequilibradas” para você e lembre-se: se é impossível "quantificar"... pelo menos fique de olho na balança usando a sua intuição. Beijos.

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