segunda-feira, 4 de abril de 2011

Essa tem dedo podre!!!

         
          Ontem, (domingo, 3/4/ 2011), eu conversava com a Zeneida, pessoa que conheci através de uma amiga em comum. Papo vai... papo vem... e ela me contava que veio para nossa cidade para “espairecer”. Falou que seu relacionamento está passando por uma crise e narrou as suas 03 histórias de amor, ou melhor, de desamor. Seu primeiro casamento foi um fracasso, seu segundo relacionamento uma "tragédia" e o terceiro, caminha para o abismo. 
          Quando conheceu Clóvis, Zeneida estava saindo do segundo relacionamento. Quando visitava seu irmão que estava no presídio estadual, apaixonara-se perdidamente por um rapaz bem mais jovem, e o relacionamento durara 4 anos. Ao separar-se após uma terrível desilusão, Zeneida viu em Clóvis uma “tábua de salvação”. Clóvis também é mais novo e igualmente era presidiário. Zeneida amparou e ajudou os companheiros como pode, tendo sido, inclusive,  a principal responsável pela saída dos dois da prisão. Três relacionamentos com homens complicados e problemáticos. Parece que tem mulher que procura "sarna pra se coçar". A famosa "dedo podre".
          Clóvis e Zeneida se casaram há mais ou menos um ano e o relacionamento já dura 10 anos. Ela tem sofrido desde que ele está em liberdade, pois como ficou mais de uma década enclausurado, quer recuperar no tempo perdido, se envolvendo com muitas mulheres, num desrespeito acintoso à esposa.
          Sei que você deve estar se perguntando: Como é a Zeneida? Ela é bonita, inteligente, simpática, falante, culta (tem 2 faculdades) e independente, tendo um salário muito bom, diga-se de passagem. Aí outras perguntas surgem? O que leva uma mulher com tantas qualidades a procurar relacionamentos tão confusos e descompensatórios? O que a impulsiona a procurar homens em situação de extrema necessidade, os “adotar” e contentar-se com um retorno tão ínfimo? Será que ela tem buscado um relacionamento parecido com o que tem com os filhos? Aquela relação de ser a provedora? Será que quer ser a protetora dos parceiros ou gosta mesmo de sofrer? Passei a tarde me fazendo essas e tantas outras perguntas e não consegui chegar a nenhuma resposta plausível para o comportamento tão, digamos “destrutivo” da Zeneida, que ao meu ver, não se ama. Se ela não se ama, como pode querer o amor de outras pessoas?
          Na minha opinião, essa mulher poderia estar bem feliz sozinha, antes só... Vejo Zeneida como mais um daqueles casos clássicos de falta de amor próprio. Pessoas que se sujeitam a dar muito e receber pouco, ou quase nada. Fiquei penalizada com a situação da moça e a aconselhei a procurar um apoio terapêutico. Tenho certeza que um bom profissional irá ajudá-la a se conhecer melhor, entender e lidar com suas emoções e principalmente, aumentar sua auto estima e quem sabe assim, só assim, Zeneida consiga olhar para dentro de si e ver a mulher maravilhosa que é. Espero que um dia ela consiga enxergar que pode ser a melhor companhia para ela própria.

          Beijos da Lu e não esqueçam de deixar seus comentários.



* Zeneida e Clóvis são nomes fictícios usados para preservar a verdadeira identidade dos envolvidos.

2 comentários:

Anônimo disse...

Oi Lu adoro ler suas histórias de vida, sempre que posso dou uma espiadinha no seu blog, quando será que vamos reviver nossas aventuras do sky bunda, saudades amiga!

LOYRA*SP disse...

kkkkkkkkkkkkkkkk
o que amo em vc, é saber que existe outra tão parecida comigo na "afiação" (de afiada) mental.
Leio e consigo visualizar tudo o que está escrito.
Adoooooooooro.