quinta-feira, 21 de junho de 2012

A Motocicleta Indiscreta * Coisas de Lu


De vez em quando gosto de contar causos curiosos e/ou engraçados que acontecem comigo. Sempre que conto essa história para alguém, além das risadas, as pessoas me perguntam: tá no blog? Não estava. Atendendo a pedidos, a partir de agora está. Em setembro de 2008 fui a um passeio à Cachoeira de Santo Antônio, sofri um pequeno acidente e quase rompi o ligamento do joelho. Ao todo, foram 40 dias no “estaleiro” fazendo fisioterapia e com a perna imobilizada. Para não “incomodar” o Nilson, decidi que iria para a clínica fisioterápica de mototáxi. Pegar uma moto para mim não era tão simples... Para não chamar a atenção eu escolhia uma moto grande e um piloto pequeno. Imagine a cena: uma moto pequena e um mototaxista gordo e eu grandona com a perna tesa... Seria cômico se não fosse trágico e chamaria muito a atenção. Certo dia eu estava esperando que um abençoado mototaxista com as qualificações necessárias aparecesse, e depois de passarem vários pretensos candidatos que eu achei inadequados, lá vinha a moto “ideal”: Ela grande e o piloto magro. Fiz sinal, não sem antes observar que a moto tinha um objeto estranho na frente. Conversei com o “moço”, falei o endereço e acertei o preço, coloquei o capacete e subi “bem faceira”. Quando entramos em movimento foi que fiz a “triste” constatação de que, o que eu considerava um objeto estranho, era na verdade uma mini caixa de som. Isso mesmo que você está lendo: UMA CAIXA DE SOM. Imediatamente o “gentil” homem colocou uma música para, quem sabe, querer me agradar. A música pra mais específica era um bolero. Meus Deus! A tal engenhoca ecoava em alto e bom som um bolero, daqueles que se ouvem nos barezinhos de beira de estrada. A essas alturas, eu que queria ser discreta e passar despercebida, passei a ser o centro das atenções. Quem estava no ônibus olhava e ria. Quem passava de carro, ria. Os pedestres igualmente e os outros mototaxistas, obviamente, riam mais ainda. E eu? Eu gargalhava de nervoso diante da situação. Abaixava a cabeça como se só o capacete não fosse suficiente para esconder meu rosto. Abençoado seja quem inventou o capacete! Após alguns minutos, sem que pudesse fazer nada, pois o moço sequer poderia me ouvir, me acostumei com a ideia e relaxei. Dei graças a Deus quando chegamos ao meu destino e ele desligou a “maldita” música. Paguei e agradeci educadamente. Após esse dia, mesmo sentindo dores horríveis, voltei a dirigir. Prejudiquei um pouco o tratamento, mas me senti mais a vontade ouvindo boa música, no meu carro e vamos e venhamos... com mais discrição. Nesse dia decidi: Não ando de mototáxi nunca mais. Quer dizer... Espero não precisar. Melhor não cuspir pra cima...*risos* Beijos da Feia.

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