De
vez em quando gosto de contar causos curiosos e/ou engraçados que
acontecem comigo. Sempre que conto essa história para alguém, além
das risadas, as pessoas me perguntam: tá no blog? Não estava.
Atendendo a pedidos, a partir de agora está. Em setembro de 2008 fui
a um passeio à Cachoeira de Santo Antônio, sofri um pequeno
acidente e quase rompi o ligamento do joelho. Ao todo, foram 40 dias
no “estaleiro” fazendo fisioterapia e com a perna imobilizada.
Para não “incomodar” o Nilson, decidi que iria para a clínica
fisioterápica de mototáxi. Pegar uma moto para mim não era tão
simples... Para não chamar a atenção eu escolhia uma moto grande e
um piloto pequeno. Imagine a cena: uma moto pequena e um mototaxista
gordo e eu grandona com a perna tesa... Seria cômico se não fosse
trágico e chamaria muito a atenção. Certo dia eu estava esperando
que um abençoado mototaxista com as qualificações necessárias
aparecesse, e depois de passarem vários pretensos candidatos que eu
achei inadequados, lá vinha a moto “ideal”: Ela grande e o
piloto magro. Fiz sinal, não sem antes observar que a moto tinha um
objeto estranho na frente. Conversei com o “moço”, falei o
endereço e acertei o preço, coloquei o capacete e subi “bem
faceira”. Quando entramos em movimento foi que fiz a “triste”
constatação de que, o que eu considerava um objeto estranho, era na
verdade uma mini caixa de som. Isso mesmo que você está lendo: UMA
CAIXA DE SOM. Imediatamente o “gentil”
homem colocou uma música para, quem sabe, querer me agradar. A
música pra mais específica era um bolero. Meus Deus! A tal
engenhoca ecoava em alto e bom som um bolero, daqueles que se ouvem
nos barezinhos de beira de estrada. A essas alturas, eu que queria
ser discreta e passar despercebida, passei a ser o centro das
atenções. Quem estava no ônibus olhava e ria. Quem passava de
carro, ria. Os pedestres igualmente e os outros mototaxistas,
obviamente, riam mais ainda. E eu? Eu gargalhava de nervoso diante da
situação. Abaixava a cabeça como se só o capacete não fosse
suficiente para esconder meu rosto. Abençoado seja quem inventou o
capacete! Após alguns minutos, sem que pudesse fazer nada, pois o
moço sequer poderia me ouvir, me acostumei com a ideia e relaxei.
Dei graças a Deus quando chegamos ao meu destino e ele desligou a
“maldita” música. Paguei e agradeci educadamente. Após esse
dia, mesmo sentindo dores horríveis, voltei a dirigir. Prejudiquei
um pouco o tratamento, mas me senti mais a vontade ouvindo boa
música, no meu carro e vamos e venhamos... com mais discrição.
Nesse dia decidi: Não ando de mototáxi nunca mais. Quer dizer...
Espero não precisar. Melhor não cuspir pra cima...*risos* Beijos da
Feia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário