segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Sou FICHA LIMPA. Bem limpinha!!!

Meu coração anda “meio” apertado esses dias. Assim como imagino que anda o peito de muitos brasileiros conscientes nessa semana. Pois é... as eleições batem à porta e o que vemos? A mesma coisa de sempre: Um bando de candidatos querendo entrar no cenário político para, segundo eles, “fazer” alguma coisa. Pelo menos esse é o discurso. Tem candidato de mais e qualidade de menos. Todos querem uma “boquinha”, ou uma “tetinha”. Querem um “emprego” público sem ter a necessidade de passar em um concurso e principalmente, sem a obrigatoriedade de trabalhar. Quer dizer... obrigados a trabalhar eles são... mas quem disse que depois que assumem o fazem? Agora as promessas são infinitas e cada qual fala mais em palavras que eu, enquanto pessoa íntegra, conheço muito bem e que estão presentes na minha vida: honestidade, dignidade e ética. É... Eu votaria tranquilamente na minha pessoa. Eu confiaria em mim para qualquer cargo eletivo. No caso da presidência, acho que não seria tão cínica como a Dilma, que não tem experiência nenhuma em administração pública, sequer foi vereadora e “num piscar de olhos”, sente-se preparada para mandar num país. Uma pessoa que nunca deve ter ganho uma eleição nem pra síndica de condomínio. Pensando bem... Talvez a experiência seja de menos nessas horas, no fundo, acho que você não precisa saber nada, basta ter uma excelente equipe para comandar, bons assessores e pessoas capacitadas e pronto: Eis um bom governo! Tem ainda aquele governante com equipe medíocre, especialista em roubar e que depois, a única alternativa plausível é dizer “eu não sabia”. Conheço eleitos que tem experiência de sobra, mas se cercam de larápios e incompetentes e a coisa desanda do mesmo jeito. Sendo assim... votaria em mim para presidente também. Presidente ou presidenta? Presidenta soa estranho aos ouvidos, mas se é o correto, então votaria em mim para presidentA. Tenho certeza absoluta que se eleita fosse, não passaria muito tempo no poder. Em pouco tempo seria execrada dos palácios governamentais por não aceitar as “maracutaias” e conchavos aos quais os políticos são obrigados a submeterem-se. Não me corromperia. Não iria roubar dinheiro da merenda das criancinhas e nem usurparia verbas de abrigos dos velhinhos. Me conheço o suficiente para saber que não teria coragem de desviar dinheiro de hospitais, principalmente sabendo que pessoas poderiam perder suas vidas com meu ato. Não deixaria a secretaria de segurança pública desprovida de fundos para combater o mal. Mas... de que mal estamos falando? Vivemos num caos social, onde sabemos que muitas vezes, os criminosos precisam ser analisados em seus atos, pois foram “fabricados” pelo sistema capitalista, egoísta e mesquinho que nós mesmos criamos. Não quero justificar os atos de ninguém, mas tem seres humanos que nunca viram outro lado da vida que não fosse a violência, miséria e discriminação. Tem gente que fecha os olhos para meninas que se prostituem desde 10 anos de idade, de meninos em grandes centros que crescem morando na rua, a mercê de todo tipo de desgraça. De crianças que crescem em lares de alcoólatras, drogados, prostitutas, ladrões, abusadores e muitas vezes, tendo toda essa “tragédia social” junta. Crescem numa circunstância degradante. Mas voltando ao cenário político, me entristece saber que nossa nação vive num total desolamento por saber que, as opções de voto são tão pequenas se analisado o passado dos candidatos. A maioria dos que estão no poder, se aprovada a Lei da Ficha Limpa, ficaria de fora. Quem dera  isso acontecesse! Tem tanta gente envolvida em escândalos, em falcatruas, em grilagem de terra, nepotismo, tráfico de influência, compra de votos, pedofilia, improbidade administrativa e outros mais, que a lista de crimes é interminável, assim como a dos culpados. Daí, ficamos assim... como náufragos a deriva, como órfãos de pais vivos, ou pior: como seres que agonizam e pressentem a presença do abutre, se aproximando lentamente para tomar proveito daquela situação . Assim estamos: “de pés e mãos amarrados”. Olhamos para a direita, para a esquerda e não conseguimos enxergar pessoas de conduta ilibada e de comportamento digno da nossa confiança. Do nosso voto. Eu já fui do tipo que sonha e que tem ideais. Que briga e abriga no peito a esperança de ver um país melhor. Fui do tipo que ambicionava um mundo melhor, com saúde e educação e segurança para todos. Quanta utopia! Hoje me sinto meio “idiota” em ver que muitas pessoas nas quais eu acreditava e nas quais depositava minha inteira confiança, foram as primeiras a me decepcionarem politicamente, roubando e dilapidando o patrimônio público, e pior, destruindo sentimentos nobres que existiam em mim. Eu sei que um “montão” de gente está se sentindo assim hoje. Ainda não consegui definir meus candidatos. Juro! Triste isso, não é? Quando penso que essas pessoas terão uma procuração para agirem em meu nome, sinto um arrepio na espinha e um frio no estômago. É como se eu passasse uma procuração em branco para eles. Isso é delicado... Estou me sentindo apreensiva e preocupada com o nosso futuro. Com o futuro da minha família. Só resta agora elevar aos céus nossas orações... Que Deus tenha piedade da nossa pátria amada mãe gentil e do nosso povo sofrido. Que Ele abençoe e ilumine cada eleitor, para que, juntos possamos colocar pessoas que realmente mereçam a nossa confiança e que venham a fazer o bem para a maioria das pessoas. Que não tenhamos o “dedo podre” de eleger pessoas inescrupulosas que beneficiem apenas aos seus. Vamos esperar e ver o que acontece! Como diz meu pai: “vamos fritar os ovos para ver a gordura que sobra”. Com todos os escândalos que estouraram nas vésperas das eleições, eu só tenho certeza plena e absoluta de uma coisa: Eu sou ficha limpa! Bem limpinha! Beijos da Feia.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Borboletas Meninas

Sexta-feira, quando íamos de carro para Macapá, Rubia, Alessandra, Abud e eu, fomos deliciosamente surpreendidos e presenteados com uma estrada “enfeitada” de borboletas. Borboletas jovens. Meninas. Será que elas podem ser consideradas “adultas” algum dia? Estavam ali... Todas lépidas e faceiras, tal qual crianças. Livres! Um pouco inconsequentes, talvez. Soltas, porém bem unidas. Juntinhas eu diria. Coloridas. Amarelas. Alaranjadas. Brancas. Sem distinção de tamanho ou de coloração. Exemplo perfeito de diversidade e união. Ainda comentei que achava injusto elas viverem tão pouco. Fui corrigida pela Rubia, que me disse que isso depende da espécie, algumas  vivem mais que uma semana, fui pesquisar, confira no  link: http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/infantil/borboletas2.htm . Verá que é verdade, mas mesmo assim acho que as “pobrezinhas” vivem pouco. Mas observei que as "meninas borboletas" são felizes. Voam. Borboleteiam alegres por entre as árvores, se arriscam entre os pássaros predadores e se jogam em frente aos carros como numa roleta russa, sem medo, sem preocupações e sem se importarem com as “Normas de Segurança do Código das Borboletas”, isso é, se existe algo assim no mundo delas. Deveria haver, algumas no afã de se divertirem morrem atropeladas. No fundo, eu acho que elas não se preocupam se vão viver apenas alguns dias ou uma ou duas semanas, apenas VIVEM. Acredito que não se lamentam, não criticam ao Criador e nem ficam contando os minutos de vida que ainda lhes restam, fazendo planos disso ou daquilo. Sabem que precisam procriar e assim sendo, vão à luta. Pensei que deveríamos ser mais “borboletas”. Irresponsáveis? Não. Felizes. "Desencanados". Mais leves. Menos preocupados com o amanhã, com o que vamos comer ou vestir. Isso é bíblico. Em uma passagem, Cristo critica o excesso de preocupação com coisas materiais. Ele fala que, se o Pai veste os lírios do campo e alimenta os pássaros que nem trabalham, imagine o que faz por nós! Então... que tal se a partir de hoje pensássemos na nossa vida tendo como exemplo as borboletinhas? Não que você tenha que sair por aí serelepe vivendo irresponsavelmente, nada disso! Estou falando em viver sem preconceitos. Viver numa miscelânea harmoniosa que pode fazer a diferença entre a paz e guerra. Viver tranquilos e sem se incomodar tanto com os problemas que, na maioria das vezes, não existem, e se existem, foram criados por nós mesmos, sem contar que, algumas vezes, estão somente na nossa cabeça. Quantas vezes temos problemas ínfimos e os transformamos em gigantescos “dragões”? Quantas vezes nos tornamos “quixotescos” porém sem a coragem do Cavalheiro Andante? Sim, porque se tem algo que sempre vou admirar em meu herói preferido é a capacidade de ter enfrentado seus medos, seus “moinhos de vento” com galhardia e acima de tudo, por ter mantido intacta sua autoestima, que sempre o projetava como um matador de furiosas e perigosas feras. Nossos medos e problemas precisam ser encarados de frente. Nada de protelar, de “empurrrar com a barriga”. Imagine se as borboletas fossem deixar de voar, de viver e de procriar pensando em morrer... Ou se se atormentassem tanto com a existência que tivessem que procurar um analista, os dias passariam, elas iriam embora e não bateriam suas asinhas e o pior, nos privariam das suas "presenças! Pois é... Nossa vida não é tão curta quanto a das borboletas, mas pode não ser tão longeva quanto das tartarugas, então... bata suas asinhas com vontade, com disposição!. Não tenha medo de sair da floresta e arriscar passeios na estrada, mesmo que tenha que enfrentar os perigos que esse ato represente. Não olhe para a cor da borboleta que está ao seu lado. Lembre-se que ela voa como você, respira o mesmo ar e pode ter o mesmo tempo de vida que você. Pense que, assim como observei as borboletinhas que “vagavam” sem a pretensão de serem notadas, tem alguém sempre observando você. Vai que esse alguém escreva sobre a sua vida palavras bem mais expressivas que essas que escrevi para as “borboletas meninas” da estrada do Jari. Pense nisso! Beijos da Feia.


terça-feira, 7 de setembro de 2010

Mais um (duro) teste diário.

Todos os dias somos colocados a prova. Somos testados. Por quem e por que? Não sei. Mas sei que somos. Eu vejo a vida e os acontecimentos do dia a dia como constantes desafios aos quais temos que vencer com paciência, resignação e obstinação. Não adianta exasperação. Nossos testes estão diretamente ligados com nossa temperança e com nosso lado emocional. Ontem, dia 04, fui colocada a prova. Fui tentada a explodir. A “chutar o pau da barraca” mas não o fiz. Juro! Confesso que sofri. Chorei. Não dormi quase nada durante a noite, mas isso fez com que eu refletisse, “esfriasse a cabeça” e finalmente me convencesse de que não valeria a pena “espernear”. Temos que saber a hora de aquietar o coração, de deixar a razão falar mais alto e conter a impulsividade. BINGO! Estou virando gente grande. Se fosse há algum tempo atrás, certamente iria “quebrar o pau”, tirar satisfação, fazer um “auê”. Mas hoje, penso, repenso e chego a conclusão de que, nem sempre vale a pena se estressar, nem sempre as pessoas que estão do lado de fora entendem sua maneira de ser e de agir. É simples ser sereno quando o problema não é conosco. É fácil falar: “nossa, que barraqueira”, “nem pensava que ela fosse tão desequilibrada”, “que baixaria!”. É extremamente descomplicado dar conselhos quando não estamos no olho do furacão. Ontem eu tive um teste. Sabe aquele lance de, sabe a fulana? Pois é... ela disse que cicrana disse que... Assim. Alguém chegou comigo e, não sei se mal intencionado ou não, disse que outra pessoa teria feito um comentário “malicioso” ao meu respeito. Na hora, juro que fingi. Tentei desconversar dizendo: “Que é isso. Você está enganado, acho que você não entendeu o que a pessoa falou e na verdade, ela também está sem entender sobre o comentado. Tentei explicar como a pessoa via as coisas e como as coisas são na verdade. Acho que a pessoa também se fez de “desentendida” e talvez, tenha fingido tanto quanto eu que acreditava na minha súbita calma e serenidade. Por dentro meu sangue fervia. Minha vontade era de telefonar imediatamente para a “candinha” e falar: Inveja mata querida! Daí ponderei: Se eu fizer isso, o que ganho? O que perco? A balança pendeu mais para o prejuízo, então... calei. Não quero me sujar por pouco nem passar atestado de idiota pra ninguém. Depois, comecei a analisar a situação da pessoa em questão... Coitada. Uma pessoa “pequena”, pobre em todos os sentidos e no pior, na educação e na cultura. Ganha pouco. Ganha muito menos que eu. Tem amigos medianos e convive num universo de pessoas e lugares comuns. Dei conta de que, ela fez e talvez continue a fazê-los por pura inveja. Vou relevar. Já relevei. Os comentários são infundados, são levianos e não expressam a realidade, então porque incomodam? Porque sim. Por que não consegui relaxar e esquecer no mesmo instante? Por que não. Simples assim! Não vou mais tocar no assunto. Quero mostrar que passei pelo menos nesse teste. Não vou mais ficar chateada. Não vou mais pensar no assunto. Assunto? Que assunto? Sobre o que mesmo eu estava escrevendo? *risos* Beijos queridos.