terça-feira, 26 de junho de 2012

Cada um de nós tem uma área da vida mal resolvida

Dicas para seu desenvolvimento humano. Essa frase me chamou a atenção no site da UOL, no endereço http://www2.uol.com.br/vyaestelar/autoconhecimento_rs.htm  Amei o texto do Roberto Shinyashiki. Acho que tem tudo a ver com minhas crônicas e com o que penso da vida. Algumas coisas preciso aperfeiçoar em mim, mas quem não precisa? Estou em uma busca incessante e incansável pelo viver bem. Espero que vocês tenham gostado da minha escolha, não tenho o hábito de  textos alheios, mas esse achei que vale a pena compartilhar. Beijos da Feia.


 Cada um de nós tem uma área da vida que necessita ser cuidada com mais atenção.Se alguma parte de sua vida anda aborrecida e sem sal, é sinal de que precisa ser mais bem cuidada. Fique atento ao sinal de alerta da mudança: ele toca sempre que substituímos a alegria de viver pela preocupação. E a fluidez pela tensão. Nesses momentos, você tem de tirar o barco do porto e colocá-lo no mar, rumo a um novo mundo. É claro que ninguém pode comprar a alegria de viver na padaria da esquina. Temos de aprender a conquistá-la. As lições estão dentro de nós. Precisamos ser professores e alunos de nós mesmos. Na Índia, os mestres dizem que a diferença entre alguém que está com câncer e alguém com dor de cabeça depende da intensidade da aula de que a pessoa está precisando. Na vida, quanto mais teimoso for o aluno, mais as aulas serão dolorosas. Quanto menos o aluno aprender, mais a vida vai bater pesado para que acorde e aprenda. A escola da vida funciona assim. Se a pessoa está insatisfeita e fica em casa reclamando da sina em vez de tentar mudá-la, vai se tornar cada vez mais angustiada, arrumar uma úlcera ou uma depressão. Ela tem a ilusão de se acostumar com a dor, mas o pior é que a dor não para de aumentar. A alegria de viver fica tão inacessível quanto o pico do Everest.
Negar uma necessidade nunca foi boa solução. O problema vai continuar até a pessoa se convencer de que precisa sair daquela situação e começar algo novo. Essa é a lição que está fazendo falta. Quando nos recusamos a aprendê-la, o problema se agrava. Muitas vezes, as pessoas insistem em comportamentos que dão resultados negativos e depois reclamam. Não percebem que reclamar é inútil e que a única saída é analisar a situação e buscar solucioná-la. Fazer as mesmas coisas e esperar que os resultados mudem é acumular sofrimento. Isso nos deixa amargos. Na vida, nós somos problema ou solução. Se formos parte do problema, ninguém vai gostar de ficar ao nosso lado. Se formos solução, conseguiremos fazer com que os outros tenham vontade de estar conosco e nos ajudar. O psicanalista americano Erick Ericsson disse que por volta dos 50 anos as pessoas se encontram numa encruzilhada existencial, entre a amargura e a sabedoria. Aquelas que aprenderam a viver conquistam a maturidade. Quem aprendeu a simplificar a vida desfruta cada dia com alegria. Quem só aprendeu a reclamar de tudo, terá de aguentar o peso da vida por mais algum tempo. Roberto Shinyashiki.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

A Motocicleta Indiscreta * Coisas de Lu


De vez em quando gosto de contar causos curiosos e/ou engraçados que acontecem comigo. Sempre que conto essa história para alguém, além das risadas, as pessoas me perguntam: tá no blog? Não estava. Atendendo a pedidos, a partir de agora está. Em setembro de 2008 fui a um passeio à Cachoeira de Santo Antônio, sofri um pequeno acidente e quase rompi o ligamento do joelho. Ao todo, foram 40 dias no “estaleiro” fazendo fisioterapia e com a perna imobilizada. Para não “incomodar” o Nilson, decidi que iria para a clínica fisioterápica de mototáxi. Pegar uma moto para mim não era tão simples... Para não chamar a atenção eu escolhia uma moto grande e um piloto pequeno. Imagine a cena: uma moto pequena e um mototaxista gordo e eu grandona com a perna tesa... Seria cômico se não fosse trágico e chamaria muito a atenção. Certo dia eu estava esperando que um abençoado mototaxista com as qualificações necessárias aparecesse, e depois de passarem vários pretensos candidatos que eu achei inadequados, lá vinha a moto “ideal”: Ela grande e o piloto magro. Fiz sinal, não sem antes observar que a moto tinha um objeto estranho na frente. Conversei com o “moço”, falei o endereço e acertei o preço, coloquei o capacete e subi “bem faceira”. Quando entramos em movimento foi que fiz a “triste” constatação de que, o que eu considerava um objeto estranho, era na verdade uma mini caixa de som. Isso mesmo que você está lendo: UMA CAIXA DE SOM. Imediatamente o “gentil” homem colocou uma música para, quem sabe, querer me agradar. A música pra mais específica era um bolero. Meus Deus! A tal engenhoca ecoava em alto e bom som um bolero, daqueles que se ouvem nos barezinhos de beira de estrada. A essas alturas, eu que queria ser discreta e passar despercebida, passei a ser o centro das atenções. Quem estava no ônibus olhava e ria. Quem passava de carro, ria. Os pedestres igualmente e os outros mototaxistas, obviamente, riam mais ainda. E eu? Eu gargalhava de nervoso diante da situação. Abaixava a cabeça como se só o capacete não fosse suficiente para esconder meu rosto. Abençoado seja quem inventou o capacete! Após alguns minutos, sem que pudesse fazer nada, pois o moço sequer poderia me ouvir, me acostumei com a ideia e relaxei. Dei graças a Deus quando chegamos ao meu destino e ele desligou a “maldita” música. Paguei e agradeci educadamente. Após esse dia, mesmo sentindo dores horríveis, voltei a dirigir. Prejudiquei um pouco o tratamento, mas me senti mais a vontade ouvindo boa música, no meu carro e vamos e venhamos... com mais discrição. Nesse dia decidi: Não ando de mototáxi nunca mais. Quer dizer... Espero não precisar. Melhor não cuspir pra cima...*risos* Beijos da Feia.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

O amor por Fernando Pessoa


O Amor

O amor, quando se revela,
Não se sabe revelar.
Sabe bem olhar p'ra ela,
Mas não lhe sabe falar.

Quem quer dizer o que sente
Não sabe o que há de *dizer.
Fala: parece que mente
Cala: parece esquecer

Ah, mas se ela adivinhasse,
Se pudesse ouvir o olhar,
E se um olhar lhe bastasse
Pr'a saber que a estão a amar!

Mas quem sente muito, cala;
Quem quer dizer quanto sente
Fica sem alma nem fala,
Fica só, inteiramente!

Mas se isto puder contar-lhe
O que não lhe ouso contar,
Já não terei que falar-lhe
Porque lhe estou a falar.