segunda-feira, 28 de março de 2011

Estrada... Que estrada?



Eu sei que muita gente está reclamando sobre as condições da estrada e eu só serei mais uma... Talvez isso nem seja original, mas se eu não reclamasse não seria eu, não é? Gente... a estrada que liga Laranjal do Jari está uma lástima. Em dois trechos inclusive, quando chove fica intrafegável. Os ônibus precisam voltar da Ladeira do Arapiranga porque simplemsmente não conseguem subir. QUando eu estava indo para Macapá na sexta-feira, pude ver duas placas gigantescas com valores mais gigantescos ainda que informam sobre a conservação e manutenção da estrada, fico pensando... e se pegassem todo o dinheiro que é empregado nessas "manutenções" todo ano, será que essa estrada já não estaria asfaltada? Deixa eu dar um exemplo para que vocês tenham uma idéia do problema: O ônibus que saiu de Macapá ontem às 21h, chegou em Laranjal hoje às 13 horas. São apenas 289 kilômetros. Parece piada, né? Pois é, enquanto no Japão o governo construi em 6 dias uma estrada destruída pelo terremoto, nós do sul do Amapá esperamos há infinitas décadas pelo asfaltamente da nossa BR. Vocês não conseguem imaginar o quanto nosso povo sofre. Imagine um enfermo que precise ser deslocado para a capital com a estrada nesse estado. Nosso custo de vida vai lá em cima. Parece que os políticos não conseguem visualizar o prejuízo do próprio estado com a estrada na condiçõe que se encontra. Ou será que eu que sou muito ingênua? Claro que é mais vantajoso gastar com a manutenção do que fazer algo mais definitivo. Gostaria muito de ver esses políticos andando de ônibus pela nossa BR. Queria ver se depois que enfrentassem todo tipo de sorte na estrada, dentro de ônibus em péssimas condições e sujeitos a um perigo extremo se teriam ainda coragem de vir pedir voto aqui. Acho que o Vale do Jari deveria fazer uma abstinência maciça nas próximas eleições. Que tal se a comunidade fizesse um boicote e não elegesse ninguém? É... o candidato vem aqui, pede voto... promete... e depois que leva, esquece de tudo que falou ou prometeu. Deve ser amnésia. Fica meu protesto e minha indignação com nossos governantes que não fzem nada para asfaltar nossa estrada. Não queremos mais embromação, maquiagem, "remendinho" aqui e acolá... Queremos o pretinho. Queremos chegar mais rápido a qualquer lugar. Queremos que nossa mercadoria chegue a um custo mais razoável. Queremos que o desenvolvimento venha a galope para o nosso Laranjal do Jari. Queremos que nossa região tenha mais opção de cursos, de laboratórios, e principalmente de médicos. Hoje contamos apenas com um consultório particular e a especialidade é ginecologia e obstetrícia e mais nada. É lamentável que o terceiro maior município do estado em arrecadação e número de eleitores passe por esse suplício! Fomos abandonados, ou melhor... somos abandonado. Sempre! Acorda Jari. Acorda população. Acho que precisamos fazer barulho para acordarmos esses políticos que dormem em berço esplêndido. Temos que mostrar que existimos. Que estamos vivos. Se alguém tiver alguma grande idéia e for fazer algum movimento... vou parafrasear aquela música do Sidney Magal: E.. eô..eô...Me chama que vou! Beijos da Feia indignada.

domingo, 20 de março de 2011

Não quero que ninguém me ame!


Não quero que ninguém me ame. Quero ser respeitada. Não quero amores forçados. Pode ser até amor comprado, mas “falsificado” não. Se o amor for comprado, sei que estou comprando, sei pelo tipo de sentimento que estou pagando e sei muito bem de quem vem. Se o sentimento é forçado, não tem valor. Não quero pessoas “puxando meu saco” e dizendo que gostam de mim, que sou “legal” e “divertida”. Eu sei o que sou. Não preciso de pessoas medíocres, mesquinhas e pequenas me rotulando. Cuidado! Posso não ser tão boazinha assim. Já falei mais de “trocentas” vezes que sou rancorosa e tenho uma dificuldade de perdoar que me mata! Só que sou sincera, não escondo meus “defeitos”. Tenho uma lealdade japonesa para com meus "inimigos". Odeio e ODEIO mesmo quando alguém, que eu sei que apenas me “tolera” vem de risinhos falsos para o meu lado ou pior, com elogios desnecessários e totalmente "mal colocados" no contexto. Vade Retro. Tirando a minha família, tenho um amigo chamado DINHEIRO, ele não é muito "grande", digamos assim, mas me proporciona muitas alegrias. Infelizmente tenho que ser fria nesse sentido. Jamais vou pedir um favor a alguém conhecidamente falso para comigo se eu puder pagar a um estranho para fazê-lo. Gostaria muito que todas as pessoas que eu conheço pudessem ler essa crônica, acho que isso evitaria que muitas pessoas fizessem papéis tão lastimáveis. Elas agiriam com um mínimo de dignidade, apenas cumprimentando com um educado e cordial BOM DIA àqueles por quem não têm simpatia ou apreço. Vamos deixar a hipocrisia de lado. Desculpem-me queridos leitores do Feia... mas não suporto falsidade. Infelizmente ou felizmente sou assim e não quero mudar. Beijos e excelente semana para todos nós!

segunda-feira, 14 de março de 2011

Teoria da Conspiração: Isso existe???

Teoria da Conspiração... Isso existe? Às vezes eu penso que sim. Não raro, sinto como se a humanidade estivesse conspirando contra mim. Sabe aquela impressão de que o mundo te odeia? Pois é...  Já me peguei com pensamentos de perseguição, tipo assim: Ninguém gosta de mim. Estão tramando nas minhas costas. Fico imaginando que todos falam mal de mim e me criticam na “surdina”. Já senti isso. Juro. Já fiquei com a idéia fixa de que todo mundo cochichava a meu respeito e me censuravam, e me criticavam, e me boicotavam. As coisas aconteciam naturalmente, mas eu cria piamente que alguém havia planejado tudo. Na minha cabeça, uma pessoa ou mais passava horas fazendo planos de como “me ferrar”, de como fazer eu me dar mal. Às vezes eu mesma me fazia mal e procurava “sarna pra me coçar” ou como diz minha mãe: “procurava chifre na cabeça de cavalo”. Que coisa maluca, né? Até parece a teoria da caneta BIC! Brincadeiras a parte, na verdade, eu estava “meio” paranóica. Lunática. Neurótica talvez.  Será? Acho que criei a Conspiração da TPM! Sempre que estou de TPM fico assim, hiper, super, ultra, mega, sensível. Algumas pessoas, principalmente os homens, não conseguem assimilar bem esse lance de TPM. Isso não quer dizer que eu descarte totalmente a teoria da conspiração, acredito que ela, em determinado momento, exista mesmo. Afinal.... o mundo é cheio de “filhos da mãe”, que querem sempre te ver ferrado. Não é? Já falei “N” vezes sobre isso. Sempre tem uma invejosa de plantão. Pessoas que não conseguem aceitar que somos mais que um “rostinho lindo” e um “corpinho gostoso” *muitos risos* Sabe, tenho me vigiado muito para não usar essa teoria contra outras pessoas, sei como é ruim ter alguém conspirando contra nós o tempo todo. Quero ser santa... já disse isso. Não sei se vou conseguir, mas que estou tentando... ah isso estou!!! Heehehehehehehee.... Beijos da Feia.

segunda-feira, 7 de março de 2011

Línguas Ferinas


Não sei bem como começar... mas como tudo na vida tem que ter um começo... vamos lá. Sempre nas minhas postagens, digo que não me importo com aquilo que falam de mim... é aquela história: " Falem bem ou mal mas falem de mim". Todas as vezes que abordei o assunto, sempre fui enfática ao afirmar que não me incomodo em saber que uma ou outra pessoa fala mal de mim. Nossa... eu que digo que “odeio” mentira, acabo de me descobrir uma grandessíssima de uma mentirosa. Claro que me importo SIM! Claro que tudo isso me incomoda! Me sinto profundamente atingida, principalmente, quando é em cima de fatos infundados, quando os comentários são nocivos, e partem de pessoas mesquinhas e invejosas. Na verdade, creio piamente que qualquer pessoa se ressinta de comentários mentirosos e inverídicos. Uma coisa é falarem de você quando você está com “culpa no cartório” e outra é você ser vítima de boatos ou suposições de pessoas que distorcem os fatos. Não vou dizer que nunca fiz um julgamento precipitado, somos todos passíveis de erros, mas sempre que pude, desfiz o mal entendido, fiz a “mea culpa” e procurei, ou defender a pessoa afetada ou no mínimo “enterrar” o assunto para sempre, pelo menos para mim. Acho que nessa questão entra aquele ponto do julgamento e da condenação. Fico horrorizada como tem pessoas que parecem que “alimentam” as suas almas com comentários maledicentes. Quando fazem uma fofoca, ficam com aquele brilho “estranho” no olhar, ficam com aquela “carinha” de satisfação, de realização... Se pudéssemos ver em seu interior, poderíamos jurar que aquela criatura estava tendo “orgasmos múltiplos”... e o pior de tudo: Fazem isso e ficam com a maior “cara de paisagem”, sendo inclusive capazes de, fazer comentários do tipo: “Nossa!! como tem gente ruim e maledicente nesse mundo!”. Pois é, e eu nessas horas mal consigo disfarçar minha "cara de bunda"! Na verdade, fico com extrema vontade de falar para a pessoa que sei de tudo, esbravejar com palavras de baixo calão ou na pior da hipótese partir para a “porrada” mesmo... Mas reflito: De que isso adiantaria? Mudaria o jeito de ser da pessoa? Apagaria a fofoca espalhada? Provaria para os outros que aquilo que ela dissera era mentira? A resposta é não para nenhuma das perguntas. Talvez isso até complicasse ainda mais a situação. Então... deixo pra lá... tento ser mais “precavida” com a pessoa, fico de “antenas ligadas” e sempre com o "pé atrás". Faço mais: Incluo a “criatura” energúmena” nas minhas orações. Peço que Deus me defenda dela, que ela me esqueça, não me enxergue... e a mantenha bem... mas bemmmmm longe de mim...ahahahahahahahaha.....
Beijos da Feia.

quarta-feira, 2 de março de 2011

O DIA QUE PASSA


Recebi essa crônica do amigo Sebastião Grégio, gregiogregio@gmail.com.br que gentilmente permitiu-me que a publicasse aqui. Adorei... como sempre! Achei leve e com aquele toque de humor que tanto gosto nos textos dele. Deliciem-se amigos. Beijos da Feia.


Fim de tarde chuvoso...

Juntou tudo, fim de tarde, fim de semana e quase fim da paciência. De novo ônibus lotado.
Ainda mais que as artérias principais da cidade se enchiam de água e reclamações, feito coração de jovem apaixonado. E a mídia fazendo média com a indignação coletiva.
Não sou um “neoecochato”. Uso o transporte coletivo por conveniência e comodidade.
Entre o colorido das placas de néon anunciando as novidades, outdoors e semáforos, vidas e diálogos surreais, muitos deles dignos de uma obra de Salvador Dali, a vida passa.
Olhar perdido nas janelas embaçadas pelo de calor de “muitas gentes”, mormaço de asfalto quente e cheiro de suor. Ouvidos alertas para diálogos improváveis.
Duas jovens agarradinhas sussurravam juras de amor eterno, alheias aos olhares despudorados de reprovação da patuléia, um senhor de bigode transmitia a imagem de quem levava uma bronca da patroa pelo celular: “sim querida, sim querida, eu entendo”, dizia o pobre diabo.
E a magricela de dentes saltados para fora, mais pro estilo Fio Maravilha, contava em viva voz à colega deslumbrada suas aventuras e desventuras com o Nelson nos finais de semana.
Que pena do Nelson! Pela conversa desenhei a figura: baixinho, magro, dentes amarelados pelo cigarro e amante de três coisas: água etílica, dança de salão e a magrelinha. Suponho...
Nova parada. Arregalei os olhos. Sobe uma senhora, tipo imagem de um quadro de Botero, carregando umas vinte sacolas de supermercado, cheias. Atrás dela a prole: uma gordinha de celular vermelho ouvindo um rap no último volume e três rechonchudinhos encapetados que tentavam se aboletar no antigo lugar do cobrador.
De repente a gorda das sacolas gritou:
_ “ Fia, liga pra Lú que vamo pará na casa dela. Num dá pra chega em casa com essa chuvarada.
_ Ah, e fala pra ela prepara um lanchinho ou uma sopinha, emendou.
Fiquei a imaginar quem seria a pobre Lú. Lanchinho ou sopinha para aquela turma é gozação. Bota aumentativo nisso.
A cada parada descem mais do que sobem. O centro da cidade vai ficando para trás.
O ronco do motor refletia o cansaço dos últimos passageiros.
Ônibus quase vazio, as duas mocinhas abraçadinhas nem viram o tempo passar.
Desço. Aceno um boa noite para o motorista.
Amanhã, final de semana, quem sabe encontro a loura balzaqueana.
Segunda-feira é o recomeço. Tudo novo no velho ônibus, pois a vida não é rotina.
Basta olhar para fora.