sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Não dou conta do recado e daí?


Na sexta feira, dia 22/10, o papo do dia era sobre o pagamento. Uma coleguinha me perguntou: E aí Lú, saiu o pagamento? Imediatamente respondi: E eu lá sei? A pessoa menos indicada para responder essa pergunta sou eu! Ela quis saber porque... Oras colega... nunca sei quanto devo, quanto pago, quanto tenho no banco e pior... se você me perguntar com exatidão quanto eu ganho, responderei que não sei. E não sei mesmo. Nunca sei quanto sai de aumento, quanto veio de férias, de 13º, de nada... A Rosane, maldosa que só, disse que sou inimputável, pessoa com alguma deficiência mental que precisa de ajuda, por isso preciso de alguém para gerir minhas contas. Nada disso “queridinha”. Não tenho a menor paciência para mexer com dinheiro, sei que preciso dele, mas não quero me estressar por ele. Sei por exemplo que não posso me exceder nos gastos, sei que tenho que assumir apenas os compromissos que vou poder honrar e que não devo nunca “dar o passo maior que a perna” e isso eu tenho feito e muito bem, tanto que minhas contas são equilibradas e sempre tenho “algum” para as necessidades. Acho que uma “inimputável” não teria tanta lucidez para controlar os gastos, concorda? E depois, tem coisas que não dou conta mesmo, e daí? Por exemplo: Nunca fiz minha declaração de imposto de renda, nem saberia por onde começar, confesso que tenho dificuldade até para “decifrar” meu extrato bancário, meu gerente que o diga! *risos* Tem coisas que quando alguém me manda fazer, me dá vontade de pedir: Desenha pra mim??? Sempre tentei, mas nunca consegui pintar minhas unhas. Pelo menos não de maneira que ficasse bonito. Não consigo resolver problemas de raciocínio lógico, até que já tentei algumas vezes, mas me aborreço e largo pra lá. Sempre me enrolei toda com o quadrado da hipotenusa. Não consigo manter minha casa totalmente arrumadinha, gosto da minha “bagunça organizada”, onde sempre, ou quase sempre, encontro tudo que preciso. Aliás, as coisas extremamente no lugar me irritam, odeio a obrigatoriedade de ter que usar algo em casa e imediatamente ter que colocar no mesmo lugar. E se eu não quiser? E se eu não estiver a fim? Pois é, gosto de ser livre para, pelo menos dentro da minha casa, fazer as coisas na hora e do jeito que eu quero. Não tenho problema em assumir que não faço determinadas coisas porque não “dou conta”, não tenho porque fingir que sei. Porque iria mentir que não faço porque esqueci? Nada disso... “ Não faço porque não sei, porque não quero aprender e principalmente, por que não preciso fazer.” E daí? Qual o problema se o papel de "burrinha feliz" me cai bem? Definitivamente não tenho aptidão para os números. As exatas sempre me "complicaram" na escola... gosto mesmo das ciências humanas. Lembro que na faculdade, apanhei até da estatística. Odeio controle financeiro!! Eu não me considero uma pessoa das mais consumistas, mas ainda assim, se pudesse, gastaria  indiscriminadamente com presentes, viagens, teatro, cinema, restaurantes, passeios... tudo sem me preocupar com contas, saldos ou extratos. Já pensou se um dia eu ganho sozinha na Mega Sena? Sabe aqueles prêmios astronômicos que você morre e não consegue gastar tudo? Pois é... se um dia isso acontecer, te chamo para me ajudar a gastar, tá?? Beijos da Feia.


domingo, 24 de outubro de 2010

Micos da Lu!! *Em construção*

Quanto mais me esforço, menos entendo as pessoas. Quem dera que isso acontecesse só comigo, né? Eita coisinha complicada esse tal de “ser humano”! Quando pensamos que estamos agradando alguém, a pessoa vem e demonstra que além de você não estar agradando, ainda por cima pode estar “enchendo o saco”. Isso nunca aconteceu com você? Tá bom... vou até fingir que acredito. Comigo já e inúmeras vezes. Só que falo mesmo! Não tenho vergonha de assumir minhas fraquezas, falar dos meus “micos”, reconhecer meus erros e por aí vai. Nem imagino quantas vezes já me senti ridícula, sem chão mesmo, por estar fazendo alguma coisa achando que estava “abafando” e depois... quando eu parava para refletir, estava na verdade, pagando o maior "king kong". Podem até pensar que estou "forçando a barra", exagerando pra tentar ser simpática e engraçadinha... mas sou assim mesmo. Juro!! Tem gente que não me entende...affff.... Esse é o preço da espontaneidade. Eu estava pensando que às vezes, chego a ser até meio “inconveniente” com meu exacerbado senso de humor. Faço brincadeiras de gosto duvidoso, teço alguns comentários desnecessários e solto algumas frases de sentido duplo com tanta naturalidade que consigo fazê-lo e ainda ficar com cara de santa. Tenho um raciocínio rápido e as respostas para tudo sempre estão na "ponta da língua". Claro que a maioria das pessoas admira o bom humor, mas tem gente que "torce o nariz" e me critica "pelas costas" que eu sei. Sabe aquele lance de “perco o amigo mas não perco a piada?” Pois é... o problema é que nem sempre os amigos estão a fim de aguentar uma pessoa que, milagrosamente, está quase sempre de bom humor. Às vezes, eu chego a ficar com raiva de mim. Falo então bem baixinho pra mim mesma: Lu: TRISTE! Lembrei até daquela postagem: os benefícios da tristeza, se você ainda não leu, eu recomendo. Quando vejo alguém muito triste ou mal humorado, chego a sentir um pouquinho de culpa por estar esbanjando alegria e claro, tento me conter ao máximo e disfarçar minha satisfação diante da vida. Isso quer dizer que não tenho problemas? Absolutamente NÃO. Tenho problemas e das mais diversas naturezas, mas não vejo porque deixá-los aflorar. Não existe necessidade de contaminar as pessoas com coisas que são só minhas. Odeio quando percebo que alguém quer descontar “no mundo” as suas frustrações. Incrível, mas seres assim fazem questão de pisar, humilhar e mostrar, inconscientemente o quanto invejam as pessoas “normalmente” felizes. Não sei nem quantas vezes já falei desse “tipinho”, né? Mas fazer o que se essas pessoas se multiplicam tal qual coelhos? O que eu posso fazer se “quanto mais a gente reza, mais assombração aparece?” *risos* Sobre o que eu falava mesmo? Ah lembrei... sobre meu jeito de ser “expansiva” demais! Juro que não é maldade... tem “danadices” que quando percebo, já fiz! Vivo dando “foras”... Cometendo "gafes"... Colecionando miquinhos. Olha essa: Uma noite quando cheguei em casa de viagem, minha vizinha estava dando uma festa e fui recebida com gritos esfuziantes pelos convidados dela que aliás, já estavam "altinhos"... Quando avistei seu filho, fui logo perguntando, e aí “fulano”... tudo bem? Cade a namorada bonitona? Se deu bem, heim??? Nesse momento todo mundo ficou calado... ele com um “sorriso amarelo” falou baixinho: Não sei da "fulana", a “cicrana” tá lá dentro. A “cicrana” era a ex-mulher com quem ele havia reatado. Além de tudo... ainda sou desinformada...*rindo muito aqui* O amigo dele ainda falou: a gente que bebe e ela que fica “porre”!! Fiquei com “cara de tacho”, mas sem perder o rebolado retruquei: “Fazer o que se você separa na segunda, arruma namorada na terça e na quarta já volta com a ex? A culpa não é minha... você que distribui a senha rápido demais. Todos concordaram e tudo acabou em uma grande gargalhada. Ainda bem que a ex estava na cozinha e lá permaneceu, senão o tempo poderia ter fechado no “pedaço”. Encerrei o assunto com uma frase célebre: “Eu e minha boca grande!!!!” Beijos da Feia.


terça-feira, 19 de outubro de 2010

Mataram o Saulo. Que bom!


Pois é... já postei sobre as pessoas más antes. O Saulo (Werner Shunemann) é uma ficção da novela Passione, da Rede Globo, mas poderia ser verdade. Quantos “Saulos” existem por aí? Quanta gente existe fazendo maldades sem se importar com sentimentos, com pessoas ou com vidas? Pois é... gente assim, uma hora acha o “seu”. A arte imita a vida ou a vida imita a arte? Não sei. Ninguém sabe. A verdade é que, no caso do Saulo, o facínora tinha tantos inimigos que o mistério está lançado: Quem fez a “caridade” de matar o Saulo? Sei que tem gente que vai me criticar... mas é verdade! Vocês sabem que sou sincera! Tem pessoas para as quais a morte é o mínimo que eles merecem. Claro que não acho certo que a justiça seja feita pelas próprias mãos, mas estamos falando de um personagem imaginário e que estou apenas conjecturando sobre as semelhanças entre as pessoas de “carne e osso” e as pessoas criadas pelas mentes brilhantes dos escritores. Agora vamos aos suspeitos... Suspeito nº. 01: a esposa. Adúltera. Condená-la? Nem pensar! O marido era uma “peste”, não que isso justifique as tardes “calientes” que ela passava nos braços de alguns “eros” maravilhosos, mas ser casada forçosamente com um crápula e sofrer investidas perversas o tempo todo, espancamentos e ainda ver os filhos constantemente humilhados pelo pai é muito complicado. Suspeito nº 2: O amante. Um jovem bonito que se apaixona por uma mulher mais velha e complicadamente comprometida com o “monstro” em questão e pra piorar, se envolve com a filha dele também e se tudo isso ainda não bastasse, por acidente, o Saulo ainda é seu tio. Isso até lembra dos “desencontros” da vida de Édipo. Seria o irmão "tarado" chantageado? A lista de suspeitos é tão grande, que por enquanto está impossível de desvendar o quebra-cabeças. Daqui alguns dias farei minha aposta. Por enquanto, quero ficar observando a novela e fazendo as comparações com meu dia a dia. Conheço alguns protótipos de “Saulo”. Conheço algumas do modelito “esposa dedicada”, que tem coragem de se “enfiar” em lençóis alheios e ainda consegue fazer cara de assustada e ofendida quando o assunto é infidelidade. Conheço jovens bonitões que se aproveitam de mulheres infelizes e mal amadas, que muitas vezes, pela carência, se entregam a desvairadas aventuras, quase sempre pagando um preço bem alto por algumas horas de prazer. Já conheci alguns funcionários tipo o Noronha, que sofreram perseguições tão ferrenhas, que acabaram nutrindo um ódio exasperado dos seus chefes que seriam capazes de dar “cabo” das suas existências. E “Freds” então? Existem às pencas! Homens que fariam qualquer coisa por poder ou por vingança. O ser humano é assim, quando sente o sabor do poder, teme em perdê-lo. Sabe que mandar é bom, que ser respeitado como aquele que “é” tem sempre um gostinho de quero mais. Agora eu te faço uma pergunta: Será que existe alguém tão perverso quanto os vilões de novela? Creio que só os psicopatas. Esses vilões tipo “Saulo” são planejados para serem extremamente maus. As vilanias novelescas parecem que não tem fim, a impressão que dá é que os maus sempre são maus, assim como os bons sempre são bons. Não acredito nisso. Os “Saulos” puramente ditos, não existem, porque dentro de cada um, tem uma porção dos dois sentimentos, e os maus que conhecemos, são pessoas que cultivam mais o seu lado “negro” de ser. Eu, por exemplo, de vez em quando mato um “Saulo”. Não da maneira que você está pensando, Deus me livre! Mato as pessoas que deixo de gostar ou as pessoas que “merecem” porém de maneira simbólica. Elas simplesmente deixam de existir pra mim. Eu as ignoro. Desprezo. Ajo como se elas não existissem no planeta terra, ou pior, as vejo como se fossem espíritos que vagam por aqui. Sou a adversária mais leal que existe, sempre deixo muito claro meus sentimentos. Não sei fingir. Se não gosto, a pessoa logo sente e tem a oportunidade de se afastar de mim. Não fico de falsidade, de risinhos, de conversinhas, nada disso. Se muito, dou um bom dia ou boa tarde e olhe lá... dependendo da situação, nem isso. Para que desperdiçar palavras com mortos? Infeliz ou felizmente sou assim. Já confessei esse meu pecado terrível antes no blog. Sei que o rancor e mágoa não são sentimentos cultiváveis, e sinceramente, tenho me esforçado muito para mudar isso, mas até agora... continuo acumulando “cadáveres” na trajetória da minha vida... Esse mês mesmo tem mais dois “presuntos” para a coleção...ainda bem que meu “cemitério” é bem grandinho... *risos Voltando ao “maledito” do Saulo... está lançada a grande celeuma nacional: Quem matou o pestilento? Quem essa fez essa “caridade”? Quem foi a “alma generosa”? Lá vem você pensar que sou “mazinha”... Ai! Ai! Ai! Você sabe que só tenho esses pensamentos “mauzinhos” quando estou de TPM. E estou? Sei lá. Beijos da Feia.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Levei uma "raquetada"!

Não... você não está "vendo coisas"... é isso mesmo que você está lendo: Levei uma raquetada! Se já era feia, fiquei ainda pior. Calma! Eu explico: Dia desses eu perguntei a um colega como eu deveria proceder para encaminhar uma sugestão para um determinado “diretor”. Sabe aquele “estalo” que você tem e acha que é simplesmente ma-ra-vi-lho-so? A idéia do século? Pois é... foi algo mais ou menos assim. Poxa! Que culpa tenho eu se a minha cabeça é uma maquininha de fabricar “pitacos”? O coleguinha me deu a dica: Eu faço assim: mando para “cicrano” que se achar que a idéia é realmente boa, manda pra “fulano”. Ainda frisou: tem dado certo. E assim eu fiz. Achei que a reposta ia demorar, mas veio no mesmo dia e qual não foi a minha surpresa, quando abri o email, tinha a resposta mais dura que eu li nos últimos meses, e olha lá se não for a dos últimos anos. Me senti engessada. Imaginei alguém enfiando uma bola de papel bem grande pela minha "goela" abaixo. Bola feita de papel higiênico, claro! (Olha meu lado dramático aí genteeee..!). Creiam, eu fiquei atônita e quase não cria no que meus olhos liam! Confesso que chorei. Que novidade! (todo mundo sabe que choro por qualquer coisa, né?) *risos* Mas é verdade! Não consegui segurar uma lágrima atrevida que ousou libertar-se dos meus olhos. Talvez porque eu já estivesse fragilizada por outro problema que estava me afligindo naquele instante e a tristeza veio então em dose dupla. Normal. Eu chorar até que é normal. Anormal mesmo é uma pessoa reagir da maneira que a pessoa reagiu às minha sugestões. Como adoro escrever e sei que existem várias outras pessoas que também gostam, imaginei que, talvez a instituição pudesse fazer uma seleção de contos e crônicas e publicar um livro futuramente. Imagine que interessante... uma atitude digna de grandes administradores, que se preocupam em estimular a criação cultural dos seus subordinados. Mas essa sugestão sequer foi apreciada. A outra, que prefiro não comentar, essa sim... veio com uma resposta de impacto devastador, um impacto tão grande que senti como se estivesse levando uma “raquetada” na cara, literalmente falando. Você lembra de uma novela em que o ator, um bonitão de olhos azuis profundos cobria de “porrada” a mulher com uma raquete? Então, me senti exatamente assim. Não sei porque a resposta veio tão dura. Fiquei estática! sem ter palavras para responder, a única coisa que meus dedos conseguiram digitar foi: “desculpe”. Mais nada. Ainda não sei porque me desculpei, talvez por ter nascido. Talvez porque traduzi a mensagem assim: "Prezada Senhora: Vá trabalhar. Pare de "ter idéias", porque já existem pessoas importantes, bem melhores que você fazendo isso! Recolha-se à sua insignificância". Juro que não tinha nenhuma palavra ofensiva, abusiva ou deselegante. Muito pelo contrário, procurei colocar-me de maneira mais delicada possível. Minha única intenção era mesmo colaborar. O colega, o tal que me aconselhou ainda disse: boas idéias sempre são bem vindas. Sei! Eu vi! Claro que não se pode saber se a sugestão é boa, se ela não passar por um crivo, não é? Se alguém me apresentar qualquer sugestão no meu trabalho, vou avaliar os prós e contras. Se for relevante, claro que vou aproveitar; caso não, vou educadamente agradecer e deixar claro para a pessoa que, com mais tempo voltarei a analisar e quem sabe, utilizar partes da idéia, acrescendo o que for preciso para um melhor resultado ou descartar totalmente, caso não me interesse, mas sempre com muita educação e cuidado para não “magoar” o colaborador. Talvez a pessoa em questão estivesse estressada, cansada ou quem sabe, leu minha sugestão “armado até os dentes", como diz minha mãe. Talvez tenha interpretado como uma crítica ao que já existe. Tem pessoas que, infelizmente, conseguem traduzir em maldade tudo o que acontece e isso as cega para as boas intenções. Sou do tipo que admira e exalta as pessoas de boa vontade, pessoas colaboradoras, que conhecem o seu papel na humanidade e se vê como parte de uma engrenagem, parte pequena, mas que move um grande sistema. Penso assim. Busco a cada dia ser assim: util,. Solícita, prestativa e de voluntariedade plena. Não tenho a mínima idéia do que aconteceu... so sei que aconteceu e que fiquei muito triste, chateada mesmo. Mas passa... eu sei. Sempre passa. Uma coisa eu decidi (vai vendo!): Tão cedo não dou sugestão nem para que uma vassoura seja mudada de lugar e digo mais... se alguém depender de sugestão minha para continuar vivendo, sinto muito, compre seu "caixotinho" e pode ir se despedindo do planeta terra porque vai fazer a grande viagem mesmo. Meu coração está em pedaços, adoro esse meu lado exagerado, estou até pensando em imprimir o diálogo e pendurar na parede... quem sabe seja útil de alguma maneira para meus filhos, netos, bisneto e toda a minha descendência. Quero ter certeza que eles nunca vão ter que passar por uma situação dessas! Meu conselho: Filhos, fechem suas bocas. Não pensem. Não criem. E principalmente: Não apresentem sugestões! Como me conheço muito bem... Digo isso agora... Mas tenho certeza que daqui alguns dias sararei por completo e esquecerei da “raquetada”. Já to até vendo: Lá vou eu de novo me “meter” onde não sou chamada e acabar colocando minha colherzinha na panela dos outros. Não esqueçam nunca que além de feia, pobre e burra... sou criativa, "destemida" e o que é pior: enxerida também! *morrendo de rir*. Beijos amores.


Ah... ia esquecendo: O Saulo morreu! aguarde a próxima postagem

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

TENHO UM GUARDA-CHUVA

Olá povo!
A postagem de hoje é do meu amigo Sebastião Grégio. Adorei a leveza do texto, mesmo com o entremeio de problemas, venturas e desventuras do personagem, das quais a maior e a mais sofrida, na minha opinião, é justamente a situação do seu time no campeonato, já que é um fato que independe da sua vontade e diante do qual, decididamente, não pode fazer nada, a não ser esperar o próximo campeonato. Que nem eu...*risos*
Quanto ao resto, tudo se ajeita. Né?
 


Tenho um guarda-chuva (Sebastião Grégio)
 
_ “Sacripanta, demagogo!”
Foi sacudido por uma chuva de adjetivos que julgava não tê-los.
A imagem da TV, onde assistia ao jogo de futebol de seu time preferido desapareceu de suas vistas.
Ajeitou-se no sofá e ficou ouvindo a patroa despejar a enxurrada de mágoas que guardara depois de tanto tempo juntos. Ela foi desfilando seu rosário de histórias do antes e do depois de conhecê-lo, entremeada, ora por raiva, ora por elogios.
Tempestade e bonança ao mesmo tempo.
Minutos intermináveis para quem ouvia surpreso uma realidade que achava não ser aquela, seguramente não era sua história.
Raios e trovões...
Vá lá entender o gênero humano, esse animal tão (ir)racional, quando quer mudar o tempo.
Sua vida iria dar uma guinada radical.
Desempregado e descasado ao mesmo tempo. Céu e inferno ou o contrário.
Recomeçar na sua idade poderia ser chuva de granizo em canteiro de hortaliças.
E a patroa ali, na frente da TV, despejando seu discurso interminável qual chuva de verão.
Assim como iniciou, terminou. Chispou da sala deixando uma névoa de preocupações no atônito marido.
Recomeçar...
Por onde? Numa idade em que a maioria já está procurando a instabilidade de uma aposentadoria e a pseudo tranqüilidade da terceira (argh!) idade, ele iria recomeçar.
Procurou absorver o impacto do meteorito vociferante.
Olhou para além do jogo que passava. Havia nuvens no céu que anunciavam um sol regenerador.
O tempo se encarregaria das cicatrizes. Podiam até demorar, mas ele tinha a certeza da bonança futura.
Afinal a chuva tempera suor e lágrimas e também a terra para as novas sementes germinarem. E viriam flores multicoloridas e sorridentes.
Sabia dos erros de sua vida, mas sua retidão de caráter, seu amor aos filhos e tudo ao seu redor, não podiam ser avaliados por uma descarga intempestiva.
O tempo se encarregaria de mostrar suas razões.
Olhou para seu guarda-chuva dependurado e disse a si mesmo, com firmeza:
_ “Amanhã recomeço!”
Na TV, final da partida. Seu time perdera o jogo e o campeonato.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Quem tem "medinho" de assumir que tem medo?

Tenho medo de aranha. Tenho uma teoria, seria isso? Não sei. Tenho uma idéia fixa que, se você tentar e não conseguir matar uma aranha, ela vem e tenta se vingar de você. Sei disso. Na minha casa sempre aparecem aranhas grandes. Eu as mato. Às vezes com dificuldade e “muita” luta. Uma vez, comecei uma situação com uma aranha umas 21h e terminei de madrugada. Ela se escondia e depois voltava e aparecia bem perto de mim. Juro! Eu tinha certeza que ela queria se vingar por eu estar “tramando” a sua morte. Mas meus medos não param por aí. Tenho medo de fantasma, assombração e coisas do tipo, até porque, tenho algumas histórias "sinistras" na minha vida com relação a isso. Leia a postagem da casa mal assombrada e entenderá tudo. Meus medos não param aí. Tenho pavor de ficar doente. Tenho horror a altura. Tenho medo de pessoas desequilibradas, é... sabe aqueles malucos que saem atirando ou esfaqueando todo mundo? Só o fato de pensar em ser ferida de arma branca, já me causa arrepios. Então... tenho medo de levar choque elétrico ou anafilático. De acidente de carro, de ônibus, avião, bicicleta ou até mesmo de ser atropelada na rua ou estar andando e "pumba": cair em um buraco e quebrar uma perna! Tenho medo de raios e trovões, e de terremotos, maremotos e afins. Tenho temor das pessoas que odeiam e fofocam, e julgam e condenam. Fico apreensiva quando tenho pesadelos, tenho verdadeiro pânico de que as coisas aconteçam na realidade. Quando eu era criança, tive por muito tempo, medo que um bicho entrasse no meu ouvido e "comesse" meu cérebro. Parece uma coisa comezinha, mas confesso, deslavadamente que passei mais de um ano dormindo com toca para proteger as orelhas. Lembro que certa feita, li um livro de terror, O cemitério, do Stephen King, meu Deus! Fiquei literalmente aterrorizada por muito tempo. Meu cérebro processava o que eu lia e as imagens apareciam na minha frente como um filme. Eu queria dormir com a luz acessa, mas minha mãe ão deixava, falei que estava com medo e ela deu a dica: acende uma vela pro seu anjo da guarda, gostei. Meu anjo também, já que recebeu luz por quase um ano. Decididamente, não posso assistir filmes de terror. Não consigo dormir. Tenho medo da morte. Não do fato de morrer em si, mas daquela coisa: e depois? Para onde vou? Vou? Pois é. Sou assumidamente uma medrosa. Será? Acho que bem no fundo não sou. Sou apenas uma pessoa que não tem medo de falar que tem medo. Que assume que é vulnerável mesmo sendo "corajosa" diante de situações inusitadas. Um ser muito forte que enfrenta situações de risco, mas que ainda conserva um inestimável respeito a uma simples e aparentemente inofensiva barata. Que tem a ousadia de um guerreiro para participar de um esporte de luta, mesmo que com adversários notadamente mais fortes, mas que foge de uma mera contenda. Tenho medo dos políticos inconsequentes que desviam verbas e isso me faz ter medo do hospital público, da segurança pública, de depender um dia de um abrigo de idosos que seja de administração pública. Tenho medo que novamente façamos as escolhas erradas e paguemos caro por isso. E você? Tem medo do que? De quem? Espero sua resposta. Beijos da Feia.