sexta-feira, 23 de julho de 2010

Não sou Má. Só estou de TMP!

Tendência Para Matar? Terrorismo Pré Menstrual? Pode ser... a verdade é que, quando estou de TPM me sinto um verdadeiro bicho. Fico irritada, emotiva e extremamente agressiva. Me seguro ao máximo pra não fazer besteiras. Às vezes fico pensando se todas as mulheres que dizem que tem TPM sentem-se como eu. Tenho vontade de chorar o tempo todo e até as novelas e filmes um pouco mais dramáticos me arrancam copiosas lágrimas. Gostaria de ter uma bolha enorme e entrar dentro. Ficar ali quietinha. Ficar isolada do resto da humanidade. Esquecer que o planeta terra existe. Já não tenho dedos pra contar quantas vezes fiz papel de idiota por causa desta “infeliz” TPM. Coisas do tipo: chorar por motivos fúteis ou diante de uma “discussãozinha” a toa. Ser indelicada e grosseira com estranhos. Brigar em filas de atendimento... Fazer barraco... “dar show” e por aí vai... Já "bati boca" em fila de banco, já atirei celular na parede, já larguei coisas que queria muito comprar porque o caixa estava cheio ou lento e "cositas" do gênero. Sem contar as vezes que já esbravejei no trânsito "recitando" palavras impublicáveis. Pessoas que me conheceram num “desses dias” me acharam arrogante, prepostente, antipática, mal educada e sei lá mais o que... Em casa também a reclamação é geral... sou criticada e me sinto até discriminada por ser mulher e ter esse inconveniente feminino, já que vivo num ambiente totalmente masculino. Acaba que todos os homens da casa ficam de TPM também. Uma vez, um médico me deu um remédio para o controle dessa “coisa”, acho que era algum mineral, Sódio, Selênio, Magnésio...sei lá. Sei que não resolveu nada, até porque eu me sentia hiper mal quando tomava aquilo. Deveria ter me receitado Cicuta. Gostaria que as pessoas me entendessem: Eu não tenho culpa! Alguém sabe de alguma coisa que melhores este estado? Quando estou assim, geralmente extravaso nas caminhadas e corridas. Mas nem sempre dá certo, e ultimamente, nem vontade disso tenho sentido. Juro que tento disfarçar, mas é mais forte que eu. Conto até dez, cem e até mil, mas invariavelmente, acabo “metendo os pés pelas mãos”. Agora, arranjei um paleativo para o mal: sintonizo a rádio no celular e aciono o meu “melhor amigo” dos últimos dias: o fone de ouvidos. Fico na minha. Não quero falar com ninguém. Não quero ouvir ninguém. Quero ficar sozinha. Na minha! Infelizmente, as pessoas que estão mais próximas de mim são as que mais sofrem por serem as mais íntimas e estarem mais suscetíveis aos meus “chiliques”, e àquelas que não me conhecem direito, pensam que sou maluca... como pode uma pessoa tão “pra cima” ficar tão “diferente” em “minutos”? Pois é... nem eu sei. A verdade é que, não estou legal, ganhei alguns “maleditos” quilinhos, não estou dormindo bem, sinto tontura, algumas dores nas pernas, abdome, seios, depressão... *quanta coisa*... e tenho sentido um irresistível desejo de fazer “extravagâncias gastronômicas” o tempo todo. Não se preocupem, vocês não correm riscos... Eu acho! Já agendei uma consulta para a semana que vem com um excelente médico. O “cara” que se vire e me tire dessa! *risos* Até lá, espero sinceramente que meus amigos tenham um pingo de paciência comigo e perdoem minha instabilidade. Não tenho culpa. Eu estou doente! JURO!!! Espero, com o tratamento, estar melhor nos próximos meses com os sintomas da TMP sob controle. Por enquanto... Vou amargando o mal. São 4h27min, perdi o sono antes das 3. É certo que terei um dia daqueles. Estou cheia de idéias e planos, mas infelizmente, com o advento da tensão, fica tudo em standby. Tenho que ficar bem logo... uma pessoa “feia” “pobre” e “burra” até que é suportável, mas uma pessoa mal humorada, rabugenta e chata, nem eu agüento. Beijos.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Tem coisas que o MEU dinheiro não compra. Deve ser porque é pouco!!!


Quando a gente fala isso, logo se pensa em saúde, felicidade, amor, e aqueles outros sentimentos nobres que somente os “merecedores” possuem... não quero ser “estraga prazeres”, mas acho que o dinheiro compra “quase” tudo isso e muito mais. Mas essa discussão é longa demais, utópica demais, complexa demais e de cunho particular demais. Enfim... Não vou entrar nesse mérito, até porque não quero falar de nada disso! Estou falando em coisas materiais mesmo. Aquilo que se pode pegar. E BEM! Deixe-me tentar “dissecar” a idéia... Estava conversando com uma pessoa sobre isso e comentei que queria muito algo que não estava  ao meu alcance, mesmo eu tendo dinheiro. Daí veio a “tal” frase: “tem coisas que o dinheiro não compra.” Arhgg... Me dá até NOJO dessa frase!. Pense bem se isso já não aconteceu com você: Você está em frente a uma vitrine, vê um vestido maravilhoso, olha o preço, você acha caro, mas e daí? você tem o dinheiro. Gosta da cor, do modelo e pensando bem... o “modelito” poderia certamente ser usado por mulheres de qualquer idade, peso e altura. Você entra na loja e pergunta à vendedora se tem um número maior, dá visivelmente pra notar no rosto dela um olhar “malévolo” e um sorriso quase de satisfação ao dizer que, só tem manequim 36. Ou seja: pra você NÃO tem! É como se ela estivesse gritando bem alto: Seu dinheiro NÃO pode comprar esse vestido. Resigne-se ao seu “tamanho”! Outra situação: Imagine que você tem muito dinheiro... mas muito mesmo, suficiente para fazer uma viagem inesquecível mas não tem com quem empreender a tal aventura (problema que eu não tenho, já que não tenho o menor pudor em ter “amizades compradas”. Ou não tinha. E você: vai sozinha? Compra uma “pessoa”? Um “acompanhante” para a viagem? Não sei. Vamos a outro caso:Ops... acho que saí, sem querer, das “coisas materiais”. Continuando... Você ganhou na Mega Sena, sozinho, ganhou muito dinheiro... digamos que alguns milhões, compra um convite “podre de caro” para uma corrida de cavalos em uma hípica famosa e chegando lá, você é totalmente ignorado por todos, afinal... você não faz parte daquele “mundo”. Não é o seu “habitat natural” Seu dinheiro pode comprar tudo menos o “poder”. SERÁ? Creio que esse seja o maior dilema dos emergentes. A pessoa que conversava comigo ainda falou que a Rosane, “ex-senhora Collor de Melo” teria comentado certa vez que preferia o poder ao dinheiro. Talvez ela até esteja certa porque depois que o “maridinho” dela deixou de ser presidente e deixou de ser mesmo o “maridinho” dela, ela sumiu. Dizem estar politicamente ativa, mas não tem mais a expressão nacional que tinha nos tempos idos. Lembro que ela até frequentava a Ilha de Caras e constantemente saía nas capas de revista. Quanta futilidade!. SEI LÁ. Conheço pessoas que não tem aonde “cair viva” quem dirá morta e anda no meio da “alta sociedade” como se fizesse parte daquele “meio”. Gente que come sardinha e arrota salmão. Come mortadela e quer cheirar a presunto de Parma. Conheço também pessoas que tem muito dinheiro e não são convidadas para evento nenhum, isso porque não pertencem à “família A” ou à “família B”, ou seja, tem “grana” mas não têm o “glamour”. Não sei se fico com a frase “*cada macaco no seu galho”* ou “*o sol nasceu pra todos*”, até porque, o sol realmente nasceu pra todos”, mas definitivamente “a sombra apenas para alguns”. Que droga! Porque não podemos ter o que queremos? Por que NÃO! Porque tem pessoas que conseguem tudo que querem? Por que SIM! É assim mesmo, tem algumas perguntas nas quais só cabem essas respostas. E elas satisfazem. SATISFAZEM porque não explicam, mas ainda assim, não te deixam sem resposta. CREDO! Acho que comi algo que me não fez muito bem. Preciso urgentemente de um DIVÃ. Estou com os pensamentos confusos. DIFUSOS. Será? Não! Simplesmente quero algo que meu dinheiro não pode comprar. Que dissabor. Que ÓDIOOOOOOO. Beijos de uma Feia revoltada., assim como bilhões de pessoas! *risos*

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Receita de Juventude. Da minha juventude.


Às vezes, quando alguém me pergunta quantos anos eu tenho e eu respondo, a maioria das pessoas, tirando as invejosas, claro, fala assim: nossa, nem parece. Sempre respondo a mesma coisa: Ah... bondade sua. São seus olhos! Quanta hipocrisia e fingimento da minha parte... Que olhos nada!! Eu acho que estou bem mesmo. Sempre que vou ao sul e visito as amigas, uma delas em especial, sempre me pergunta se fiz plástica no rosto. Quem me dera, amiga... Quem me dera! Se tivesse “grana” para tal, certamente que as “ruguinhas” ficariam onde estão, optaria em diminuir os seios, sempre os achei muito grandes, tiraria um pouco da “grossura” das coxas e “injetaria” na bunda, fazendo uma enorme protuberância. Ah... melhor deixar isso pra lá! Continuemos falando de felicidade e juventude. Acho que estou envelhecendo devagar devido a ajuda das caminhadas. Sabe-se que durante a atividade esportiva o organismo vai “fabricando” as substâncias de que necessita para manter-se saudável. Quando vou caminhar me estico toda, me alongo o máximo possível, certifico-me de que nenhuma articulação está “enferrujada”, adoro sentir que meu "corpinho feio" está funcionando direitinho. Quer saúde? Não se esconda de uma boa chuva durante as atividades ao ar livre. Quem almoça comigo sabe que nunca, em hipótese nenhuma, deixo de comer uma “verdurinha básica”. Prato cheio de rúcula, broto de feijão, espinafre e pasmem... muito jiló. Não como tudo porque gosto, mas porque é necessário. Mas já aviso que, não adianta se encher de verduras, frutas, legumes e todos os alimentos saudáveis do mundo se o emocional não estiver bem. Um dos conselhos essenciais para se envelhecer com saúde e com alegria, é não se importar com o que as pessoas falam ou pensam de você. É ter um coração “puro” ou... mais ou menos puro. Nada de desejar o mal para aqueles “infelizes” que nos enchem o “raio do saco”. Sorrir sempre. Eu, com todos os meus anos vividos, nem me pergunte quantos que não vem ao caso agora, posso jurar de pé junto e mão posta que a pouca curiosidade pode prolongar a vida. Não paro para ver acidentes, não me interessa a vida dos vizinhos, e principalmente, nunca quero saber o que rola nos “bastidores” ao meu respeito. Consigo fazer cara de paisagem até mesmo quando estão falando de mim e chego bem na hora “H”. Tenho senso de humor suficiente pra dizer: Ok... podem parar de falar mal de mim que “to na área”. E por falar em humor... esse ponto também é fundamental para se ter uma vida longeva. Estou falando do BOM humor claro. As pessoas mal humoradas, implicantes e ranzinzas vivem menos e se vivem muito, vivem mal. Eu tenho a incrível capacidade de contar uma piada e rir sozinha dela se for preciso. Rio de mim mesma. Rio de um tombo na rua, na escada e dos micos que costumo pagar. Pago micos com a maior naturalidade do mundo. Tenho a “cara de pau” de no café da manhã com os colegas, usar uma palavra de duplo sentido e fazer a cara da pessoa mais santa, ingênua e pura que existe. Claro que caio na gargalhada segundos depois. Quer saber o que mais se pode fazer para se sentir jovem e feliz? Fazer amor, fazer sexo, comer coisas gostosas sem culpa, ir ao cinema todas as vezes que sentir vontade, ir ao restaurante japonês e se bater para comer com o hashi e ainda achar tudo muito bom, gritar quando se tem vontade, cantar muito alto e desafinadamente na esperança que os vizinhos ouçam e achem aquilo muito engraçado ou patético. Não ter vergonha de ser patética. Não se importar se as pessoas, de repente, acharem que você “não bate bem”. Se importar menos ainda se as pessoas tiverem absoluta certeza que você “não bate bem” mesmo. Achar, ou melhor, ter certeza absoluta de que não precisa de amigos superficiais e interesseiros para sem sentir imensamente amada. Ser feliz sozinha. Acompanhada. Dormindo. Acordada. Fazer o bem para pessoas que nem imaginam que você exista. Fazer o bem para pessoas que sabem que você existe, e que num futuro próximo vão “te ferrar” assim mesmo. Ter boa vontade. Ser voluntário. Ser voluntarioso. Ser generoso. Chorar. Chorar em público. Chorar sozinha. Chorar vendo TV. Cinema. Teatro. Não ter vergonha de assumir que erra. Ler bons livros. Não engolir sapos sem falar bem alto que gosto eles tem. Não querer resolver tudo de uma vez. Pensar no passado sem arrependimentos, lembrar que o que passou... passou! Sentir-se bem com uma camiseta velha. Saber que não podemos ter tudo que queremos, mas amar tudo que temos. Isso tudo pode representar a felicidade. Pra mim representa. Porque faço tudo isso. Talvez esses sejam meus cremes, meus antídotos anti envelhecimento. Minha fonte da juventude. Faça a sua lista.
Beijos com muita vitalidade pra você.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

E SE EU MATASSE ALGUÉM?

Nossa! Que pergunta mais “estrambólica”. Não é? É. Mas a idéia é essa mesma. Fiquei pensando muito na questão das amizades sinceras e nas pessoas com as quais podemos contar nos momentos mais difíceis das nossas vidas. Não achei nenhum exemplo melhor do que esse. Vejamos: Quando ficamos doentes, muitas pessoas nos auxiliam: amigos, vizinhos, parentes, “aderentes”, conhecidos e até estranhos. Quando precisamos de dinheiro, sempre tem um parente mais abastado ou um amigo “bonzinho” e generoso que pode nos socorrer, sem contar que temos a opção mais simplificada de “socorro” que são os empréstimos, consignados e afins. Quando o assunto é coração partido, sempre tem um ombro amigo pronto para ouvir as lamentações e dar aqueles “valiosos” conselhos, sempre com prestimosos lenços para secar as lágrimas que nesses casos, teimam em cair. Mas e se você, por qualquer motivo pelo qual não entraremos no mérito, matasse alguém, com quem poderia contar? Fiquei imaginando aquele primeiro impacto da notícia. Quantas pessoas seriam capazes de perguntar como você está mesmo antes de perguntar porque você fez o que fez? Quantas seriam capazes de pensar na sua inocência mesmo antes de saber os detalhes do fato? Quantos iriam te acompanhar na delegacia, enfrentar a mídia, te visitar no presídio por anos a fio? Sem contar que, no início, quando acontece uma tragédia dessas, muitas pessoas aparecem para prestar solidariedade, no início, visitam, apóiam, conversam, mas com o passar dos dias, das semanas e dos meses, tudo vai caindo no esquecimento. A vida continua, pelo menos para eles. Fiz essa pergunta para vários colegas, um deles, o *Setúbal, disse que contaria apenas com três pessoas: seu pai, sua mãe e sua noiva *Adele. Não contente com a resposta inquiri: Será que sua noiva esperaria durante dez longos anos por você? Será que ela se satisfaria apenas com as visitas íntimas regulamentares? Ele titubeou. Balançou a cabeça. Senti que ele ficou com a “pulga atrás da orelha”. *Janete, outra colega, disse que apenas sua mãe seria capaz de aguentar um “calvário” desses. Foi categórica ao afirmar que seu companheiro *Oscar, certamente não iria nem apoiá-la nem esperá-la. *Marílis, minha amiga, disse que analisaria cuidadosamente a situação, que antes iria avaliar em que circunstâncias tudo ocorrera, mas que de antemão adianta: só faria isso pelos filhos. Mais ninguém. Eu, por minha vez tenho certeza que poderia contar em absoluto com três pessoas: meu filho mais velho, não que eu não confie nos outros, simplesmente por uma questão de idade, de maturidade, com meu irmão caçula, o Lúcio e com o meu marido, que, pelo que conheço, tenho certeza que, além de me apoiar incondicionalmente, me esperaria nem que eu passasse mais de vinte anos na prisão. Não vou incluir mus pais porque eles já estão idosos e como eles têm uma visão diferente da vida, não sei como encarariam o fato da filha ter “ceifado” uma vida. Tenho certeza que receberia apoio irrestrito também, surpreendam-se, da minha sogra. Isso mesmo. Além dela me visitar quantas vezes a distância permitisse, sei que me sustentaria em orações e me escreveria incontáveis cartas de próprio punho, como se fazia antigamente, ato que infelizmente, foi quase suprimido das nossas vidas com o advento do computador. Na questão dos filhos, tem um outro porém: com o passar dos anos, cada qual vai buscar seus horizontes, cuidar da mulher, da sua prole...e pronto! Sei que essa é uma postagem polêmica e bastante questionável, mas vale como uma reflexão, como um “pit stop” na vida atribulada que levamos para pensar nas pessoas que nos amam verdadeiramente. Serve para darmos valor nas suas existências e principalmente para olharmos a situação por outro prisma: E se alguém que julgamos amar matasse alguém? Para quem seríamos um porto seguro e por quanto tempo? Por quem estaríamos dispostos a sacrificar nosso domingo, nosso lazer, nosso “arzinho refrigerado”, nosso churrasquinho com amigos para “encarar” uma cadeia fétida para cumprir o ritual da visita? Entraríamos no presídio de cabeça erguida? Nos sujeitaríamos com naturalidade às revistas indiscrestas? Faríamos isso por anos e anos sem reclamar? Sem lamuriar? Seríamos capazes de esperar nosso amor por 10, 15 ou 20 intermináveis anos? Perguntas. Respostas. Dúvidas. Certezas. Incertezas. Ponto Final.


* Os nomes verdadeiros foram substituídos por fictícios para preservar a identidade dos colaboradores.