quinta-feira, 24 de junho de 2010

As bonitas que me desculpem, mas ser FEIA também é legal!

Esse garotão da foto é o Rhinoplax vigil. Apesar de “feinho”, é um valioso prêmio para caçadores de Brunei, Indonésia, Malásia, Myanmar e Tailândia. Faz parte do rol das espécies mais ameaçadas de extinção.
Quando falo o nome do meu blog, além de rirem, as pessoas me questionam se tenho complexo por ser "feia" e me fazem perguntas estranhas, tipo: Você tem problemas de baixa estima? Porque você se acha feia? Quem disse que você é feia? Já levei até "puxões de orelha" tipo: "Nossa, você deveria ser grata a Deus por ter saúde" *risos* e coisas assim. Na verdade, não me acho "nadinha" feia, me acho uma mulher, digamos que, atraente. Sou saudável, tenho uma cabeça ótima, sou bem humorada (até demais) e tenho uma inteligência razoável, o que para mim, já é suficiente para que eu me sinta "linda". Minha insistência com o "feia" é justamente para criticar aqueles que valorizam somente o que se pode ver: a beleza exterior. Ser feia não é tão ruim... sempre tem algum homem legal e interessante que se “amarra” em uma mulher desprovida de atrativos “chamativos”. Infelizmente, hoje não basta a mulher ser inteligente, eficiente e competente, ela precisa ser também "bonita". Se dependesse apenas da vontade de certos homens, a beleza seria requisito obrigatório nos currículos de apresentação. Imagine um anúncio de jornal assim: Precisa-se de secretária, nível superior, inglês fluente e conhecimentos de RH. É imprescindível que seja bonita e que tenha o corpo perfeito. Pois é... não vemos anúncios assim e nem precisa estar implícita esta observação, sabemos muito bem que entre dois currículos selecionados onde as candidatas sejam extremamente eficientes mas uma seja bonita e a outra, digamos, “feia”, já sabemos a quem pertence a vaga. Aboliram o termo "boa aparência", mas se chegarem duas candidatas, uma morena do tipo "boazuda" e uma "feinha","magricela" ou "rechonchudinha", a ultima logo será preterida por aquela de dote físico e aparência privilegiada, e olha que isso é em todo lugar e digo mais, eu penso isso é assim desde que o mundo é mundo. Não podemos mudar esse panorama? Definitivamente não! Podemos apenas mostrar às pessoas que não somos só um "corpinho feio" que circula por aí, que temos sagacidade, agilidade, disposição, energia e uma beleza interior que é um espetáculo. Tudo bem que nem todas as pessoas que conhecemos têm um aparelho de endoscopia ou algo assim para apreciar nosso “interior”, mas temos que torcer para que possamos “escolher” nossos amigos de maneira que, a maioria deles, sejam sensíveis e nos amem assim, "feiosinhas" como somos, ou como a maioria das pessoas nos vêm. 
Beijos da Feia

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Não Aponte: Vai Cuidar da Sua Vida.

Na regra, quase sem exceção, somos julgadores. Somos?  Eu lembro que quando eu tinha 15 anos minha mãe mandou que eu fosse passar um tempo na casa do meu irmão Celso. Passei uns meses lá e o comentário geral era que, eu teria ido para lá porque estaria grávida e ia ter bebê por lá ou fazer um aborto e me recuperar até poder voltar. Pode? Detalhe: Eu era virgem! Sequer eu havia sido tido algum namoro mais sério. Eu era absolutamente virgem. Sei que os comentários rodaram a vila que eu morava, vocês sabem como é cidade de interior. Após tantos anos, não tenho porque mentir, se isso fosse verdade, falaria na boa. Não era. Eu era uma extrovertida alegre e feliz VIRGEM.  Essa foi a minha primeira e terrível experiência com os julgamentos. Existem pessoas que se colocam no lugar de juízes, ou pior, no lugar de Deus e resolvem julgar e mais ainda: condenar! Eu fui condenada pelos vizinhos e “amigas” da minha mãe, quando voltei, eu estava na boca do povo, eu era aquela que tinha ido me “desfazer” do fruto indesejado de uma relação. Que relação? Nem namorado tinha... *me dá vontade de rir muito hoje de tudo isso*. Depois dessa, tive outras experiências e confesso que ainda tenho. Quando eu trabalhava em uma rádio no Tocantins e estava grávida, o boato que rolava era que, o filho que eu esperava era de um colega de trabalho. Depois, espalharam que eu era lésbica. Hoje, esse tipo de coisa não me preocupa mais. Sofri muito quando eu "tolinha" e mais ainda quando eu era adolescente, nesse tempo eu queria falar pras pessoas que eu ainda era virgem, que eu não tinha feito nada do que falavam... mas quem ia acreditar em mim? Como provar? Fazer exame médico e mostrar para todos fazendo uma nota no jornal ou rádio? Quem sabe, tirar foto do meu “cabaço” e espalhar na vizinhança? Queria gritar... pedir, implorar: Por favor, parem de me apontar na rua... parem de rir maliciosamente quando eu passo... PAREM DE ME JULGAR!! Eu não sabia o que fazer. Ninguém sabia. Se fosse hoje eu tocaria o “foda-se”. Ninguém tem nada a ver com minha vida. Quem paga minhas contas? Quem me mantém? Pois é... Se eu tivesse que dar satisfações, seria apenas às pessoas que eu amo. E só! Acho que essa coisa de julgar deve ser tão antiga quanto o próprio homem. Coitada da tal da Maria Madalena que quase foi apedrejada até a morte por ser prostituta. Era PUTA e daí? Problema dela! Não é? Então... tenho evitado fazer esses julgamentos. De coração!!! Um viva à minha amiga Elcione. Ela sempre se posiciona muito bem quanto as estas questões de “julgar” e “condenar”. Um viva às pessoas como eu, que amadureceram e conseguiram se livrar do sofrimento de se importar com o que os outros pensam. Sei de mim. Sei da minha consciência. Sei dos meus atos. Sei que o que sou e isso me basta. Os meus amados sabem quem sou.  A opinião deles, e somente a deles, me importa, embora não seja determinante. Se duvidarem de mim... paciência! Eu, e somente EU não posso duvidar de mim! O que me importa mesmo é a minha coragem de negar ou assumir atos. Minha capacidade de deitar minha “linda” e espetacular cabecinha no travesseiro e dormir! Dormir bem, dormir tranqüila. Dormir o sono dos justos e dos verdadeiros. Agora me pergunto: Porque essas pessoas que vivem julgando e fofocando não cuidam das suas "pequenas" e "inexpressivas" vidas? Certamente que ganhariam muito mais com isso!!!
Beijos lindos da Feia.

domingo, 13 de junho de 2010

A bruxa do 71 existe. Juro! Eu a conheço!!!!!


E você também. Quem é que não conhece uma “bruxa do 71”? Se você não sabe do que eu estou falando, logo se vê que você não assiste ao Chaves. Pois é... a tal bruxa, é a dona Clotilde e mora no mesmo condomínio em que residem todos os personagens do famoso seriado mexicano, no apartamento 71, claro. Os meninos, o Chaves, Kiko e a Chiquinha e todos os outros morrem de medo dela. Acham que ela faz feitiços e que tem poder para transformá-los em sapos. O interessante é que, ela nem é bruxa, nem é má. As crianças pensam assim, eles a julgam dessa forma. Seria a aparência? Seria o mal humor constante? Mas o fato de uma pessoa ser, digamos, mal humorada não quer dizer que ela tem que ser necessariamente má, certo? Certo. Conheço pessoas que são, aparentemente carrancudas, taciturnas e no entanto, são pessoas que se você as conhecer mais profundamente são boníssimas, gentis e até carinhosas. Diferente daqueles seres desprezíveis que eu sempre falo: das pessoas dissimuladas e falsas que aparentam uma bondade extremada, mas que se você der as costas... lhe cravam um punhal até o “talo”. Dona Clotilde é briguenta, mas nós que estamos aqui, desse lado da TV, podemos ver que ela tem razão, sempre “pega no pé” da criançada quanto à limpeza, estudo e educação. Isso não faz dela uma pessoa megera. Assim é na vida, tem pessoas que “nos incomodam” porque nos querem bem, querem que cresçamos e nem sempre estamos abertos a aceitar isso. Diferente daquelas pessoas infelizes, invejosas e madilecentes que só pensam em “nos ferrar”. Acho que você entendeu... estou querendo mostrar com essa postagem que a aparência nem sempre condiz com a realidade. Não se encante com as carinhas de anjos e nem se assuste com as caras enfezadas. Não se pode julgar um livro pela capa e nem tampouco ver o coração de uma pessoa pelos seu aspecto físico. Já vi psicopatas com uma aparência angelical e já vi pessoas generosíssimas com a cara da dona Clotilde. Então vamos combinar o seguinte: a partir de hoje você vai olhar com um olhar mais condescendente para as pessoas “ranzinzas”, “azedas” ou aquelas que já estão idosas e “de saco cheio” dessa vida cheia de mesquinharias e falsidades, lembre-se que os mais “experientes” podem estar cansados e às vezes entediados com tudo que já viram e viveram. Vamos dar uma chance àqueles que econimizam sorrisos e que apesar da "cara azeda" guardam um poço de mel no coração. Vamos olhar também com mais cuidado e atenção para “os santinhos”. Lembre-se que: Cuidado, dinheiro no bolso e caldo de galinha não faz mal a ninguém. Que você tenha uma excelente semana... Que ela seja bem feliz e produtiva.

Beijos da Feia.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Ele só a ama enquanto ela estiver LINDA. Pode?


Gente... eu precisava falar sobre isso! Tenho um amigo chamado Carlos, ele me disse no sábado que ama muito sua esposa Geysa, mas que se ela ficar “feia”, ele a deixa. Hã? Como assim??? É isso mesmo que você leu: ELE DISSE, COM TODAS AS PALAVRAS, QUE SE SUA ESPOSA FICAR FEIA, ELE A DEIXA. Pode? Pode. Vi verdade em suas palavras, ele disse com sinceridade que não consegue imaginar a sua esposa que é linda de viver ficando feia. Ela é linda mesmo, sou testemunha disso. É uma morena exuberante, tem cabelos brilhantes que emolduram um rosto harmonioso, corpo esculturalmente perfeito. Dentes branquíssimos que se mostram em sorrisos largos. Sabe aquela mulher de parar o trânsito? Então... ela é assim. Não é a primeira vez que meu amigo comenta sobre seus conceitos de “beleza” e sobre sua maneira de encarar tudo isso. Nós, as "feias" temos uma visão bastante particular sobre a subjetividade do belo. Afinal, temos que estar sempre mostrando nossas outras formas de "beleza" quase que a todo momento. Das outras vezes que o assunto veio à baila me calei, mas dessa... questionei mesmo e ele me disse que, acha que sua sinceridade é positiva, que acha melhor se um dia, por algum motivo, sua esposa engordar e ficar feia ele a largar do que ficar com ela por pena. Tentei argumentar: e se ela fivar doente e por isso ficar feia? ele replicou que apoio financeiro não faltaria à moça, mas ficar com ela, nem pensar. Não entendo esse tipo de amor, então, resolvi não criticar sua maneira de pensar, de amar e sua “sinceridade” que a mim parece estranha, mas que respeito. Resolvi postar então sobre um amor que eu conheço, que eu tenho acompanhado. Vou contar pra vocês duas histórias lindas: a primeira fala sobre a minha amiga Nayara e seu marido Risomar Jr. Eles sofreram um acidente horrível na estrada Laranjal/Macapá. Foi algo extremamente chocante. O Jr e a Gabi, filhinha dela de 02 anos, tiverão escoriações leves, o motorista morreu alguns dias após o ocorrido e a Nayara ficou tetraplégica. De lá para cá são incontáveis sessões de fisioterapia e tratamentos que parecem infindáveis. A vida da Nayara mudou. A vida do casal mudou. Eles eram recém casados na época do acidente e de repente passaram a enfrentar uma nova e complicada situação. Para resumir em rápidas pinceladas, eles estão juntos. FELIZES. Se amando. O acidente aconteceu há quatro anos e hoje eles tem uma linda menina, isso mesmo, eles tiveram a Rafaela depois do acidente, mesmo com a Nayara em uma cadeira de rodas, com suas limitações e dificuldades. A Nayara hoje trabalha como caixa em uma agência bancária e é uma funcionária exemplar. A outra história é de uma mulher que teve um problema reumático muito grave. No início tinha dificuldades até para andar e ficou meses sem movimentar os braços normalmente. Teve fibromialgina. Tomou tantos medicamentos a base de corticóides que teve uma descompensação metabólica que a fez ficar enorme, ficou deprimida, sentia-se horrível e achava que nunca mais iria ter sua “vida” de novo. Seus dias eram tristes e cheios de dores, mas ela tinha algo que lhe confortava: o amor de Deus, dos seus filhos e de uma pessoa muito especial, uma pessoa que a apoiava e que mesmo ela estando “imensa”, tinha orgulho em sair ao seu lado e de mãos dadas. Ele falava que estava maravilhosa e que era amada de qualquer jeito, que seus problemas de saúde não importavam porque o amor que ele sentia por ela era maior que tudo e era esse amor que a ajudaria a superar a doença. E assim foi. Depois de alguns anos, o pior passou e os dois estão juntos. FELIZES. Esse é o amor que eu conheço: um amor solidário, generoso, companheiro, sincero... um amor que não vê beleza exterior, um amor que consegue olhar as mínimas coisas e as perceber como máximas, que sabe que vivemos momentos efêmeros e que, as coisas belas são importantes mas são passageiras. Esse é o amor que eu percebo. Os nomes do meu amigo e de sua esposa são fictícios, os nomes da primeira história são verdadeiros, você pode conferir tudo no endereço http://www.lucianacapiberibe.com/2007/11/12/junior-e-nayara-uma-historia-de-amor-e-de-fe/ . As fotos são fantásticas. Quanto as pessoas da segunda história, também são verdadeiras, sei bem dos fatos do início ao fim, a mulher em questão SOU EU. Passei por tudo e venci. Não sozinha... tive o apoio e o amor incondicional do meu marido, um homem companheiro, amigo, parceiro mesmo. Uma pessoa que sabe o verdadeiro sentido da palavra AMAR. Um ser humano que sabe ver a beleza muito além de onde ela está. Filtra a essência. É desse amor que eu falo. É desse amor que eu entendo. Um amor desinteressado, meigo, afetivo e GENTIL, amor de uma pessoa que sabe ser verdadeira, fiel e que me ama com todos os meus defeitos e minha “feiúra”. Imagine você que me lê, se meu “homem” fosse o tal amigo do início da postagem, eu possivelmente ainda estaria deprimida, “gigantesca” e achando que a terra é o pior lugar do cosmo pra se viver. Um brinde aos homens que conseguem amar as mulheres “feias” e as tratar como se elas fossem DIVAS. Uma RAINHA... é exatamente assim que eu me sinto. Uma rainha FEIA que é amada como se fosse a mulher mais LINDA do planeta. Um brinde aos "Shereks" da vida que conseguem amar as "Fionas" e ainda achá-las as mais perfeitas, as mais formosas... Um brinde ao príncipe Charles que trocou a esplendorosa Lady Di por uma Camila Parker, uma mulher bem mais velha, sem atrativos aparentes mas que certamente, era a mulher da sua vida. E o tempo tem mostrado que É. Para homens assim, nós, as “feias” somos o verdadeiro bolo CASEIRO. Como assim?? Você já comparou o bolo caseiro ao bolo da confeitaria? O bolo da confeitaria é lindo. Tão cheio de enfeites, de recheios, de glacês e de cores. Às vezes da até pena de comer de tão formosos que são. Já o bolo caseiro é tão simples, tão “feinho”, tão “sem gracinha”, mas quando você prova, ainda mais com um cafezinho bem quentinho... Que DELÍCIA!!! Que textura, que aroma, que sabor. Hummmm..... Pense nisso. Beijos da Feia que hoje se sente a mais LINDA.






terça-feira, 1 de junho de 2010

Uma Feia Estrupiada *coisa muito séria*

Sempre me ensinaram que não devemos tomar decisões precipitadamente. Que temos que ser ciosos. Cresci ouvindo frases feitas como: “o apressado come cru” ou “ quem não usa a cabeça o corpo padece”. Então... seguindo essa premissa de que, devemos pensar antes de agir, tive uma proposta e resolvi pensar durante o final de semana. Quebrei a cara! Deveria ter aceitado no ato e ter corrido o risco. Às vezes precisamos “pagar pra ver”, devemos “apostar alto ” e perder se for preciso. Um dos meus defeitos: sempre quero bancar a “certinha”! Mas o que fazer se os velhos conselhos e as frases de efeito perseguem o meu pensamento? Tenho a impressão que me fizeram uma “lavagem cerebral”. Aliás... tenho quase certeza disso. Espere! Mas que droga estou fazendo? Estou simplesmente culpando os outros pela minha covardia! Ai ai ai!!! Que feio isso dona Feia! Quer saber? Tem algumas coisas que devemos pensar antes e outras definitivamente não. Assim é e assim será! Não disse SIM e me ferrei, mas poderia ter dito SIM e ter me ferrado do mesmo jeito. Quem me dera ter uma bola de cristal e adivinhar o futuro. Se assim fosse, não estaria aqui nesse exato momento, estaria singrando os mares e conhecendo o mundo em um maravilhoso iate e claro, gastando milhões ganhos em loterias. Portanto...  Nada de chorar sobre o leite derramado. Acho que a vida é isso mesmo. Não se pode ganhar sempre. Três coisas importantes a saber: 1ª - perder com resignação (ainda não aprendi a fazer isso); 2ª - saber aceitar quando você se deu mal (também não consigo aceitar isso ainda); e a 3ª e mais importante de todas elas:  acreditar piamente que outras oportunidades virão (não sei porque, mas "tenho meu pé atrás quanto a isso). Bom... Já decidi: Vou levantar a cabeça! O engraçado é que mandei um email sobre isso ontem para um montão de gente e hoje a galinha despenada e despedaçada sou eu...hauhauhauauhuhuha... Que ironia do destino. E foi exatamente por isso que escolhi essa foto "maravilhosa" para acompanhar esse post. Tenho certeza que daqui a alguns dias eu estarei recuperada da minha perca, estarei ainda toda “estrupiada” mas de cabeça erguida (espero). Beijos da Feia.