terça-feira, 29 de setembro de 2009

Queremos, mas... Podemos?????


Sou adepta do pensamento positivo. Se eu quero, eu posso! Sou determinada e obstinada, quem me conhece, sabe disso. Quando me foco em um alvo, vou em direção a ele e não me desvio nem pra direita nem pra esquerda. Mas aqui, não vou falar desse tipo de “querer” e “poder”. Estive pensando muito na questão do que “queremos” e do que “podemos”. Oras, parece muito descomplicado o raciocínio de que, nós pessoas tidas como livres, morando em um país democraticamente liberal como o nosso, podemos fazer tudo o que queremos desde que isso não prejudique ninguém, claro. É... a idéia parece simples, mas na prática o “buraco é mais embaixo”. Se de um lado temos UM desejo de fazer, de outro lado temos CEM motivos para conter, e somos privados de muitas coisas em nome da moralidade, da ética, do respeito, da decência, do senso de responsabilidade e de mais um monte de coisas que nos limitam. Às vezes, aquilo que queremos fazer, aos nossos olhos parece simples, mas aos olhos dos outros parece uma coisa extremamente “errada”, digna de um possível julgamento e de uma condenação certa. Existem coisas que, nós mulheres, principalmente as casadas, fazemos e que nos parecem absolutamente inocentes, normais e digamos até saudáveis, mas que são condenadas veementemente por aquelas “senhoras” que não têm coragem de ir à esquina comprar pão sem o consentimento dos seus respectivos “donos”. Então... de novo os dois lados da questão: Se de um lado a mulher tem a vontade de praticar esportes, de trabalhar fora, de ter uma “certa” liberdade, de outro lado tem a maledicência das línguas ferinas e a possessividade do companheiro, que acha que tolhendo, proibindo e castrando, estará mantendo-a consigo não percebendo que, quem ama deixa livre, porque sabe que se a pessoa sair e voltar, volta porque ama e se ama, sabe muito bem o que “quer” e o que “pode” fazer. Mas voltando à questão do que queremos e podemos, deduzo que: todos querem ser livres! Nós gostaríamos de ir trabalhar com roupas leves, principalmente agora que o calor chega às raias do insuportável. Isso é querer. Mas não podemos. Somos obrigados a manter e a seguir determinadas regras que exigem que, em alguns ambientes o decoro deve ser mantido e assim, temos que ir trabalhar de terno gravata, blazer, calças compridas, saias longas e coisas assim. Eu concordo que temos que ter regras e segui-las... imagine um mundo sem regras, possivelmente andaríamos nus ainda, sem contar que ainda viveríamos num planeta com pouquíssimo desenvolvimento em todos os sentidos. Ontem, conversava com meu filho adolescente exatamente sobre isso. Falava a ele que, na vida, temos regras e leis e são essas regras que fazem com que tenhamos hora pra tudo. Temos horário para o trabalho, para a escola, para o médico e por aí vai. Nosso corpo nos regula e estabelece horários programados para ele mesmo. As regras e imposições, infeliz ou felizmente são necessárias, porque a maioria dos seres humanos não tem responsabilidade para fazer as coisas sem que alguém esteja cobrando, sem que haja um relógio ponto marcando a sua chegada e a sua saída, ou um chefe determinando o que precisa ser executado. Assim, queremos ser livres e fazer o que “der na telha”, mas não podemos, temos contas pra pagar, temos que garantir o nosso “pão de cada dia”, temos que crescer profissionalmente e isso só se faz com determinação, estudo e disciplina, ou seja, com o cumprimento das regras e horários a nós impostos. Aquela história de woodstok, de hipies que fazem o que querem, na hora que querem e do jeito que querem e que dizem poder tudo, não existe. Esse foi um sonho ou um pesadelo, a história e os dados estatísticos provam isso, já que temos inúmeros filhos do movimento jogados por aí. Ou seja, seus pais podiam tanto, podiam tudo, inclusive fazê-los sem um pingo de responsabilidade. Isso prova que, querer não é poder. Não podemos e não devemos fazer tudo o que queremos e o que nos “dá na telha” essa é a verdade, mas não porque a nossa vizinha fofoqueira e mal amada está de plantão, ou porque nossos colegas que são infelizes podem nos criticar, ou porque aquela “amiga” invejosa, mal humorada e “feia” está sempre pronta para comentar nossas atitudes e jogar a primeira pedra bem na nossa cabeça, mas porque somos conscientes que todo ato gera uma conseqüência, toda ação uma reação e que se optarmos por fazer qualquer coisa, temos que estar preparados para suportarmos o peso do ato, ou, conviver tranquilamente com a nossa consciência que, se não nos acusa, também não nos condena. Lembrando que, muitas vezes deixamos de fazer e nos arrependemos também. É um risco que sempre vamos correr. Importante mesmo é que podemos escolher ser bons, ser honestos, sobretudo conosco mesmos, podemos ser íntegros, podemos ser otimistas, generosos, podemos ser caridosos. Em minha opinião, eu posso me permitir, se eu quiser, fazer coisas que pareçam estranhas aos outros: posso acordar um dia mais tarde sem dar explicação a ninguém, posso aceitar doce de quem eu não conheço, conversar com estranhos na rua, posso me divertir fazendo coisas que parecem ridículas, posso contar piada na copa, posso gargalhar quando me aprouver, posso me colocar em sintonia com as minhas outras possibilidades de ser. Posso fazer tudo isso e dormir tranquilamente, usando para os que me criticam a “Filosofia da Vaca”, ou seja: estou cagando e andando para o que você pensa. Sabe por quê? Porque isso eu posso: posso ser feliz, independente das pessoas permitirem ou não.

Isso é querer e poder!

*** Achei tão importante o comentário da Tami em 01/10, que ele saiu de lá e veio pra cá. Obrigada "menina prodígio". Bjos.
Tami disse: "Eu sempre reflito sobre isso. No ensino médio tinha um professor irreverente que sempre dizia "vcs se axam livres?" e a maioria se considerava (escola particular...cada playboyzinhu com sua vida meticulosamente bem ajustada, lojas por herdar e dinheiro pra balada, e mesmo assim fazendo merda só pra sentirem-se livres do que lhes era dado. u.u)

esse mesmo professor nos questionava o quão livre eramos. e o quão aprisionados nos pareciamos. Existem leis que nos regem. E ao contrario das transcritas, impressas e violadas de nossa constituição, as leis naturais nos impõe uma ditadura que não podemos contestar. Não voamos (vlw ae lei da gravidade! xP), e morremos. Entre outras coisas mais.

Leis invisiveis porem palpaveis tb nos implicam decisões q ñ tomariamos sendo realmente livres, como o seu exemplo da roupa a rigor. Eu qse fui expulsa daquele colegio particular, pq pintava meus uniformes e gostava de havaianas. Alegavam dizer q a padronização não incentivava consumismo e indisciplina. Mas me recusava a padronizar-me àqueles tennis da nike de R$200 que diziam ser otimos na hr de pular o muro. U.U eu batia continencia ao autoritarismo exacerbado do comércio da educação td vez q passava pela diretora. Não a culpo por tentar "me convidar a sair". U.U'

ahhh as leis. oq seriam os homens sem elas? o que somos com elas?
hipocritas? falsos? criticos? civilizados? cultos? dependentes? viciados? letrados? registrados? marcados com numeros e ordenados em fila... Vestindo uniformes q ñ nos deixam transpirar, citando anedotas q não nos fazem pensar, Vendendo votos q pagamos, e comprando coisas que não usamos, sentando em frente a tv e pensando o q mais poderiamos qrer alem de um robó que trouxesse o controle e nos desse algo pra beber. U.U

o q eu puder fazer eu faço. Para os apáticos e mal acostumados eu sempre digo: vc ñ eh livre. só tem espaço. *-*

PS: u.u Mais grande logo. Postei praticamente no teu blog um post meu. rsrs /dsculpaEusempremeEmpolgo. xD
PS2: *-* eu tb sou feliz e fodaci oq tão axando.
PS3: ótimo-ótimo txt. *0*

*-* bjs."

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Deu Pra Mim: Cotas Esgotadas


Sempre que nos reunimos, eu e um grupinho muito animado elaboramos uma lista que parece não ter fim: A lista de “Cotas Esgotadas”. Eu explico: Sabe aquelas situações que você não suporta mais? Aquelas atitudes de determinadas pessoas que te aborrecem e que você não está mais a fim de suportar? Ou aquele comportamento seu mesmo que você acha que deve mudar? Pois é... essas e outras “cositas mas” são as nossas “Cotas Esgotadas”. O bom da maturidade é justamente isso: Poder dizer o que não dá mais pra você. Sinceramente, algumas coisas pra mim não dão mais! Quando falei a um amigo sobre o assunto, ele me disse que nos tornamos intolerantes quando aplicamos esse modo de ver as coisas. Desculpe amiguinho, mas não posso concordar com você. Acho que lutamos, trabalhamos e até sofremos muitas privações pra que possamos dizer aquilo que não nos agrada, e se precisar, dar um basta àquilo que nos aborrece. O excesso de sinceridade machuca, eu sei disso, mas a falta dela é bem pior. François de La Rochefoucaud disse que “as pessoas fracas não podem ser sinceras”, sou obrigada a concordar com ele. Quando somos sinceros corremos o risco de sermos aceitos ou execrados sumariamente da vida das pessoas. E não adianta dizer que a sinceridade foi com a melhores das intenções... que o único objetivo era ajudar: As pessoas simplesmente não estão preparadas para viver a dureza das palavras sinceras, e lhes digo mais: se elas forem muito duras, me incluo no rol dos despreparados. Veja bem: Não quero dizer com isso que para usar o nosso Sistema de Cotas Esgotadas, você tenha que se transformar em uma pessoa chata, irritada e critica tudo e todos a todo momento. De jeito nenhum! A idéia é que aprendamos a sinalizar para as pessoas ou para nós mesmos que precisamos efetivamente de constantes mudanças, que somos seres que sofrem e devem sofrer constantes alterações mesmo e que, o que gostamos hoje, pode nos desagradar e muito amanhã. Abaixo listei algumas das nossas Cotas Esgotadas, garantia de boas risadas, e gostaria que você também fizesse a sua lista. Você pode guardá-la só pra você ou você pode divulgá-la aqui. Adoraria que você colocasse pelo menos um item no comentário. Quem sabe a sua “Cota Esgotada” também não é a minha, ou melhor... quem sabe não faço parte da sua cota e sabendo disso, posso melhorar minha postura quanto a você, rever alguns conceitos e consequentemente, me tornar uma pessoa mais agradável ao seu convívio.

Beijos da Feia.

Relação das Cotas Esgotadas

01- Ser simpática com pessoas insuportáveis. (Lu)
02- Tomar xula¹ de açaí. (Zete)
03- Tomar refri. (Hanna)
04- Banana passada. (Zete)
05- Ter apenas um par de sapatos. (Lu)
06- Comer pão dormido. (Zete)
07- Não usar o que se quer esperando uma ocasião especial. (Hanna)
08- Sofrer por amor. (Hanna)
09- Ter um ninho de desamor². (Hanna)
10- Ouvir tecnobrega³ e melody (Moni, Marcelo e Lu)
11- Cantar no luau músicas do passado que foram exaustivamente executadas a ponto de não se agüentar ouvir. (Moni)
12- Fazer audiência de "Maria da Penha". (Rosane e uma outra "menina")
13- Emprestar dinheiro para os outros. (Ribamar)
14- Ter que ceder pela harmonia do grupo, do relacionamento, da família, do bem comum. Querer chutar o balde e ter que ser “a conciliadora”. (Moni, Hanna e Lu)
15- Me importar com gente que não gosta de mim. (Lu)
16- Ter minha solteirice criticada por mulher casada e infeliz. (Moni e Hanna)
17- Importar-me com o que pensam/falam de mim. (Moni e Lu)
18- Importar-me com a minha posição na lista de amizade da Zete. Importante é estar na lista. (Lu)
19- Aceitar piadinhas sem graça que me ofendem. (Moni)
20- Deixar de realizar meus sonhos. (Lu e todos)
21- Superficialidades na amizade. (Moni e Lu)
22- Achar engraçado quando me chamam de Hanna Montana. (Hanna)
23- Ter que explicar que não gosto que me chamem de Hanna Montana. (Hanna)
24- Que me chamem pela primeira metade do meu nome (Moni)
25- Homem ruim (Moni)
26- Estabelecer longo diálogo com interlocutor desinteressante e mesmo entediada ter que demonstrar interesse. (Moni)
27- Ter que recorrer a história da arte para explicar/justificar minha produção artística. (Moni)
28- A programação da TV aberta. (Moni e Lu)
29- Ouvir a Moni e o Jeferson filosofando sobre o Show de Trumam. (Todos, menos a Moni e o Jeferson)
30- Homem que me dá “toquinho”. (amiga anônima do Flávio)
31- Cumplicidade masculina: homens unidos jamais serão vencidos! (Lu)
32- Esperar séculos para dar a “segunda”. (Cristina, Hanna e Lu)
33- Rir quando o amigo conta piada sem graça só para agradar. (Sírley)
34- Quando sugerem soluções ineficientes para problemas já solucionados. (Moni e Lu)
35- Pessoas que não se dispõe a fazer ou não sabem fazer e dão palpites infundados. (Moni, Lu e Hanna)
36- Ouvir a pergunta: é Sírley ou Sirley? (Sírley)
37- Não valorizarem a eficiência do maçarico para fazer o fogo do churrasco. (Moni)
38- Ter que fazer outra coisa totalmente contrária a que você ta com vontade naquele momento. (Sírley)
39- Ter que ver os amigos tomarem uma gelada quando você ta tomando remédio (Sírley)
40- Pessoas que insistem em perguntar o meu nome e não aceitam que é LU para os íntimos e para todos. (Lu)
41- Gente que vive cansada. (Lu)
42- Gente sem esperança que não acredita no futuro. (Moni)
43- Gente que força ser simpática só pra agradar todo mundo. (Lu)
44- Pessoas de camisa de bloco, bermuda e chinelo na boate. (Lu e Ribamar)
45- Ser procurada em festas por pessoas que querem falar de trabalho. (Lu, Ribamar, Hanna e Jeferson)
46- Pessoas que descontam nos outros os seus problemas, sobretudos amorosos. (Lu)
Olha quem postou na lista:
47- Fingir que está tudo bem para que os filhos sejam felizes enquanto eu me "lasco" emocionalmente. (Kedma - Comentário em 18/09/2009)
48- Fingir que não vejo minha amiga dar em cima do meu namorado e fingir que não vejo ele dar bola pra ela. (Ana Lúcia - Curitiba - PR - Cometário em 18/09/2009)
49- Mãe que finge que acredita que a filha é virgem e não deixa a coisa "rolar". (Tuca - Botucatu - Comentário em 19/09/2009)
50- Comprar faca e mangueira para a casa - Moni - Comentário em 20/09/2009 - * Você precisa ler o comentário porque esse deveria ser o primeiro item da lista* (4)
51- Para o maldito cigarro *Livrou-se do vício*. (Um menino lerdo de Santa Catarina - comentário em 22/09/2009)
52- Para a D. Maria, apelido da esposa do cara, que fica enchendo o saco e chamando o pobre de XATO. Detalhe: Ele diz: "Não gosta, manda embora". (Comentário em 22/09/2009)
53- Não poder ultrapassar quem dirige a 20km/h 0uvindo brega rachado e nem é velho suficiente para ter a desculpa por dirigir como um velho.
54- Trabalhar duro num projeto, pra que perto do fim seu chefe desconsidere tudo que você fez, contrate alguém de fora a quem ele paga melhor do que a você, para fazer algo que você faz bem melhor. (Comentário postado em 29/09/2009, pela Tami que mora aqui em Macapá).
55- Me éstressar para conciliar dívidas que não posso pagar e fazer mais dívidas para desestressar. Tami e Lu (Tami comentou em 01/10 e eu me icluí nessa)
56- Ouvir gente de fora falar mal de macapá. E pior ainda: ouvir macapaense falar mal de macapá. Ame-a ou deixe-a, meu filho. E se ganha seu dinheirinhu aqui pelo menos respeite os 'nativos' que pagam impostos pra cidade ser melhor... temculpaeu se roubam metade pra sua cidade natal? Tami e Lu (Tami comentou em 01/10)
*CONCORDO EM GÊNERO, NÚMERO E GRAU!
Glossário:

1- Xula de açaí – Última água o açaí, quando a maior parte do sabor já saiu e a polpa está muito rala. É realmente muito ruim!

2- Ninho de desamor – Criei essa palavra para criar um paralelo ao Ninho do amor, já que um ninho de amor tem que estar sempre ocupado e o meu está na maioria das vezes vazio.

3- Variação do brega, ritmo apreciado na região e que é exaustivamente tocado em qualquer lugar que se respire em Laranjal do Jari.


4 - * Comentário da Moni na íntegra: Lú, pior é q a lista toda começou com uma cota q ñ está incluída. Zete e eu estávamos fazendo a salada de abacaxi p almoço, qdo eu disse q ñ tinha outra faca pq isso era minha cota esgotada, assim como mangueira p regar planta, já q roubam todas q eu compro. Então a 1ª cota deveria ser: "Comprar faca e mangueira p minha casa". O que aconteceu foi q eu fiquei tão comovida com a xula de açaí, banana passada e pão dormido da Zete q ñ deu p competir. Inclui aí, gêmea. Bjs.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Passeio na Cachoeira * Com Fotos*

Como é bom ter coisas para contar. Sejam elas alegres ou tristes. Como diria o Rei Roberto: “O importante é que emoções eu vivi...” Então... O passeio na Cachoeira de Santo Antonio (06/09), foi simplesmente maravilhoso! Estava tudo muito perfeito: o meu dono, os filhos TPM (Thiago, Paulo e Marcos), a “futura (??) nora Jessica”, os amiguinhos Ted e Ribamar, as amiguinhas Cris, o gato Jeferson, a Sirley com o maridão e as 3 meninas mais gatas do barco e a minha irmã gêmea Moni, tão idêntica a mim que até nós duas nos confundimos sobre quem é quem. Fizemos tudo que foi possível para que o passeio fosse bem tradicional ou muito especial. A Moni levou o livro da Danuza Leão, dizendo ela que seria necessário para que tivéssemos etiqueta durante o passeio. Não sei de onde ela tirou que alguém poderia precisar de etiqueta e regras no nosso passeio, resumindo... abandonamos o tal livro que foi imediatamente adotado pelo Ted que se descobriu amigo de infância da Danuza. Eu preparei uma deliciosa e “típica farofa de frango”, item indispensável nesse tipo de passeio. A Moni achou que a “coisa” tinha que ser o mais real possível, então levou uma lata de Leite Ninho, porque segundo ela, farofeiro que se preza, carrega a farofa na lata de leite e bem prensada. *risos*. Penso eu que devia ser uma tática de provocação dos antigos que consiste em, abrir a lata quando as pessoas menos esperam e espalhar o aroma da iguaria pelo ar, deixando todos com água na boca. Na verdade, levamos nosso “farnel” porque a cachoeira, felizmente, ainda é um local rústico e inexplorado comercialmente. Graças a Deus ainda não tem por lá aquelas barracas de cachorro quente, das malditas batatas fritas, hambúrgueres gordurosos ou “espetinhos de gato”. No barco tinha até um DJ, que tocava do famigerado brega ao insuportável funk do créu, na verdade, quando as pessoas estão bebendo e dançando, o ritmo e a letra é o que menos importa, nada como umas latas de cerveja para entorpecer ouvidos e mentes. Moni disse que Paulo Freire reviraria no caixão se a visse rebolando ao som do tecno brega, ora irmã, talvez até o pobre do Paulo Freire, se vivo fosse e estivesse no barco, se juntaria a essa turma de professores, pedagogos, anônimos, conhecidos, e a essa humilde servidora do judiciário e se arriscaria balançar seu corpo ao som do carimbó, que tocou algumas vezes, bom, pelo menos esse, é um ritmo típico e cultural da região. Vi muitas quedas de água e de corpos. Muitas pessoas caíram e se machucaram, inclusive essa que vos escreve, na verdade eu nem caí, “enfiei” o pé entre duas pedras: no meio do caminho tinha uma pedra, uma não... duas! Não houve ferimento externo, mas meu joelho deu sinal de vida de novo e me lembrou que existe, juntamente com todos os ligamentos que o acompanham. Vim para Macapá no dia 07, feriado, e fui à Unimed, o ortopedista, Dr. Rassi, na hora mandou “engessar” minha “linda” perna da altura da coxa até canela. Hum. Não gostei! Ou melhor: ODIEI! Mas como é para o meu bem... Ta bom, eu aceito! Fiquei triste porque esse incidente me deixa fora da minha rotina, ta... você vai dizer: mas a rotina é estressante e eu imediatamente retruco: a rotina é um mal necessário! Mas voltemos ao passeio: Não vejo a hora de estar bem, totalmente recuperada para voltar àquele lugar maravilhoso. Fiquei encantada, inebriada, extasiada com o que vi!! Hoje estava relembrando toda aquela beleza e imediatamente lembrei-me de agradecer a Deus. Como somos pequenos, além de não sermos reconhecedores da benignidade de Deus em nos conceder a natureza, ainda fazemos o “desfavor” de não preservar, a maior prova disso tive por lá mesmo ao ver que, a maioria das pessoas jogava seu lixo no meio de toda aquela exuberância sem se incomodar com o meio ambiente. Aos poucos, latas de cerveja, garrafas pets, embalagens de alimentos e sacolas plásticas, iam se integrando à paisagem, deixando tudo com uma cara de “O Homem Passou Aqui”, e, a julgar pelo tempo que esses resíduos levarão para se decompor, por muitos e muitos anos a passagem dessas “personas non gratas” ficará registrada naquele local. Lembrando que, a natureza fica muda, mas no momento oportuno ela dá sua resposta.
Falemos novamente do barco: eu nunca havia feito uma viagem nos moldes do povo amazônida, adorei as redes penduradas lado a lado, as pessoas todas “juntas e misturadas” num único local. A pessoa que prende e o que é preso, os que ensinam e os que são ensinados, os evangélicos “santos” e os mundanos “pecadores”, as boas esposas e as amantes mais que boas: todos dividindo o mesmo espaço democraticamente. Isso sim é Fantástico!
Quero que você veja as fotos da minha família, dos meus amigos, na natureza, do barco, enfim... do passeio e depois me diga se você não ficou morrendo de inveja. Vou aproveitar os dias “de molho” para, ler, pintar e escrever mais pra você. Na próxima postagem fotos da pernoca engessada, do Balneário Sombra da Mata e mais fotos da cachoeira. Um grande beijo da Feia.
Saindo de Laranjal do Jari

Monte Dourado
Paisagem pelo caminho
Olha que maravilha de solidão!

Sirley, Cris, Moni, Ted e euzinha

Eu, Ribamar, Ted (com a Danuza nas mãos) e Jeferson

Olha a família aí... "norinha", Thiago, o dono da Feia, a própria, Marcos e Paulo

Euzinha, Moni e Cris com a "latinha" abrindo os trabalhos
Moni, eu, Ted, Cris e no fundão o dono da Lu e o Rapinha

Olha as redes: que espetáculo de cores

Provando da farofa (hummmm.....tava uma "diliça")

Achei linda essa casinha perdida no meio da natureza

Vilarejo Vila Nova
Olha essa aparência de paz e tranquilidade

Vila Nova

Finalmente: Chegamos na Cachoeira Santo Antonio







Na próxima postagem tem mais... Beijosssss

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Adeus Jê. Boa viagem amiga!

Jê, veja como Deus faz as coisas: Ele fez com que eu machucasse minha perna e viesse para Macapá para que, quando você partisse, eu estivesse aqui para te dar meu último adeus. E assim foi: Machuquei-me no domingo e cheguei na segunda, soube da sua passagem na terça-feira bem cedo e pude estar com você para te prestar minha homenagem. Jê, não vou esquecer-me de você nunca! Amiga alegre, que sempre me falava da necessidade de ser feliz. Lembra que você sempre dizia que não estava nem aí para a opinião das pessoas? Amava isso em você. A sinceridade, honestidade e autenticidade sempre foram suas qualidades mais marcantes. É impossível não lembrar as tardes de sexta no Jet’s Bar. Você cantando Doce Vampiro no videokê. Você cantava bem! Nossas idas às festas dançantes. Você dançava bem! Nossos almoços, os encontros com a Eliane e com o Verê. Você amava bem! Nunca... nunca mesmo te vi fazer mal a alguém. Sabe Jê, eu admirava a sua coragem de ser feliz, a sua despreocupação com as hipócritas de plantão, a sua maneira única de ser. As festas não serão mais as mesmas sem você. Quanta energia, quanta disposição, quanta pressa de aproveitar o tempo. Não tem como não lembrar a sua predileção pela cor rosa, o quadro que pintei pra você retratava bem isso. Você adorava combinar tudo. Estar sempre bem vestida e bem arrumada pra você era fundamental. Mulher vaidosa, cheirosa. Mulher de muitas bolsas, de muitos sapatos e bijuterias. Espere... você que está me lendo não pense que a Jê era só isso... Minha amiga Jê era mulher guerreira, funcionária dedicada, mãe amorosa e amiga verdadeira. Mulher que não fugia da luta, que não levava desaforo pra casa, que não tinha medo e nem vergonha de assumir suas posturas diante de determinadas situações, que não tinha papas na língua, que tinha coragem de dizer: EU SOU ASSIM E DAÍ? Essa era a Jê. Jê fashion. Jê Coragem. Jê amor! Sabe amiga, uma coisa me deixa bem tranqüila na nossa amizade: todas as vezes que nos encontrávamos ou nos falávamos pelo telefone, nós sempre dizíamos uma à outra: EU TE AMO! Hoje eu vi o quanto é importante falar eu te amo para as pessoas enquanto elas estão conosco. Amiga, eu sei que você adorou tudo hoje na capela, viu quanta gente? Você lotou aquele lugar menina. Foi tudo muito lindo. E a homenagem do Coral do TJAP? Eles foram lá só pra cantar pra você. Aposto que você estava vendo tudo e pensando: Parei o Tribunal! Olha, fazia tempo que eu não via tanto carro junto para um mesmo evento... Até os microônibus do TRE estavam lá pra levar o pessoal. Viu como você é importante amiga? Ninguém vai te esquecer minha linda. Você estará sempre presente em nossas lembranças, aliás, nas nossas melhores lembranças. Não vou chorar mais e nem ficar extremamente triste. Sei que você não gostaria disso. Você é sinônimo de alegria. Você é sinônimo de sorriso. Você é sinônimo de amor.


Vai com Deus querida amiga! BOA VIAGEM!